Avançar para o conteúdo principal

Deputados do PS de Viseu e Coimbra questionaram governo em defesa da Autoestrada VISEU-COIMBRA

foto: asbeiras.pt

Senhora Presidente da Assembleia da República,
Os deputados do PS têm vindo sucessivamente a dar nota, há mais de dois anos e meio, da relevância e imprescindibilidade da autoestrada Viseu-Coimbra para o reforço da coesão territorial regional e como a via que conferirá coerência à rede de itinerários principais da região centro, que, como é sabido, sempre mereceu a atenção do anterior governo do PS, que chegou, mesmo, a lançar o seu concurso.
As iniciativas dos deputados do PS, nestes mais de dois anos e meio que este governo leva de funções, têm sido as mais diversas, quer através de intervenções públicas na região centro (Coimbra e Viseu) quer através de perguntas concretas dirigidas ao ministro da tutela sobre este itinerário principal, de substituição do atual IP3.
 Mas esta autoestrada, que será inequívoco fator de desenvolvimento dos territórios atravessados, não tem só merecido a atenção permanente dos deputados do PS. Também os autarcas de toda a região, através dos órgãos autárquicos locais ou intermunicipais, os agentes económicos de per si ou através das suas estruturas organizacionais, bem como as associações cívicas que têm como objeto a redução da sinistralidade rodoviária, não têm deixado de trazer, e bem, este assunto a debate e à ordem do dia, pois todos conhecem bem os condicionamentos de tráfego e a elevada perigosidade do atual IP3, o que agrava muito os custos de contexto.
Podemos, portanto, dizer que este relatório do grupo de trabalho, nomeado pelo Governo, ao assumir que o IP 3 é uma das vias prioritárias a executar neste plano 2014-2020 mais não faz do que assumir o óbvio, mas com atraso. Ou seja, com estas tergiversações, o governo o que fez foi adiar por mais de dois anos um processo sobre o qual ninguém, repetimos, ninguém tinha dúvidas sobre a sua absoluta prioridade.
É, pois, neste contexto que os deputados do PS, ora signatários, vêm nos termos constitucionais e regimentais solicitar, através de vossa excelência, ao ministro da economia resposta às seguintes questões:

1. Sendo o IP3 uma infraestrutura prioritária no relatório 2014-2010 do IEVA (infraestruturas de elevado valor acrescentado), qual é o cronograma concreto, que o governo tem, para a construção da autoestrada, com um traçado completamente novo, entre Coimbra e Viseu?
Palácio de São Bento, 31 de janeiro de 2014
Acácio Pinto, José Junqueiro, Mário Ruivo, Rui Duarte, Elza Pais e João Portugal»

Mensagens populares deste blogue

Sermos David e Rafael, acalma-nos? Não, mas ampara-nos e torna-nos mais humanos!

  As palavras, essas, estão todas ditas. Todas. Mas continua a faltar-nos, a faltar-me, a compreensão. Uma explicação que seja. Só uma, para tão cruel desenlace. Da antiguidade até ao agora, o que é que ainda não foi dito? O que é que falta dizer? Nada e tudo. E aqui continuamos, longe, muito distantes, de encontrar a chave que nos abra a porta deste paradoxo. Bem sei que, quiçá, essa procura é uma impossibilidade. Que não existe qualquer via de acesso aos insondáveis desígnios. Da vida e da morte. Dos tempos de viver e de morrer. Não existe. E quando esses intentos acontecem em idades prematuras? Em idades temporãs? Tenras? Quando os olhos brilham? Quando os sonhos semeados estão a germinar? Aí, tudo colapsa. É a revolta. É o caos. Sermos David e Rafael, nestes tempos cruéis, não nos acalma. Sermos comunidade, não nos sossega. Partilharmos a dor da família, não nos apazigua. Sermos solidários, não nos aquieta. Bem sei que não. Mas, sejamos tudo isso, pois ainda é o q...

JANEIRA: A FAMA QUE VEM DE LONGE!

Agostinho Oliveira, António Oliveira, Agostinho Oliveira. Avô, filho, neto. Três gerações com um mesmo denominador: negócios, empreendedorismo. Avelal, esse, é o lugar da casa comum. O avô, Agostinho Oliveira, conheci-o há mais de meio século, início dos anos 70. Sempre bonacheirão e com uma palavra bem-disposta para todos quantos se lhe dirigiam. Clientes ou meros observadores. Fosse quem fosse. Até para os miúdos, como era o meu caso, ele tinha sempre uma graçola para dizer. Vendia sementes de nabo que levava em sacos de pano para a feira. Para os medir, utilizava umas pequenas caixas cúbicas de madeira. Fossem temporões ou serôdios, sementes de nabo era com ele! Na feira de Aguiar da Beira, montava a sua bancada, que não ocupava mais de um metro quadrado, mesmo ao lado dos relógios, anéis e cordões de ouro do senhor Pereirinha, e com o cruzeiro dos centenários à ilharga. O pai, António Oliveira, conheci-o mais tardiamente. Já nos meus tempos de adolescência, depois da revolu...

Ivon Défayes: partiu um bom gigante.

  Ivon Défayes: um bom gigante!  Conheci-o em finais dos anos oitenta. Alto e espadaúdo. Suíço de gema. Do cantão do Valais. De Leytron.  Professor de profissão, Ivon Défayes era meigo, afável e dado. Deixava sempre à entrada da porta qualquer laivo de superioridade ou de arrogância e gostava de interagir, de comunicar. Gostava de uma boa conversa sobre Portugal e sobre a terra que o recebeu de braços abertos, a pitoresca aldeia do Tojal, que ele adotara também como sua pela união com a Ana. Ivon Défayes era genuinamente bom, um verdadeiro cidadão do mundo, da globalidade, mas sempre um intransigente cultor do respeito pela biodiversidade, pelo ambiente, pelas idiossincrasias locais, que ele pensava e respeitava no seu mais ínfimo pormenor. Bem me lembro, aliás, das especificidades sobre os sons da noite que ele escrutinava, vindos da floresta, da mata dos Penedinhos Brancos – das aves, dos batráquios e dos insetos – em algumas noites de verão, junto ao rio Sátão. B...