Nem o frio nem a neve, no alto da serra do Montemuro, impediram os deputados José Junqueiro e Acácio Pinto de se deslocarem ao
concelho de Cinfães, no dia 17 de fevereiro, onde reuniram com o novo presidente da câmara municipal, o
socialista Armando Mourisco, com o vice-presidente, Serafim Rodrigues e com o
vereador Pedro Semblano.
Na agenda estiveram os principais constrangimentos com que
se debate o concelho de Cinfães, um concelho inserido numa magnífica paisagem
de montanha, que se estende do Montemuro até ao rio Douro, e que, fruto dessa circunstância, se confronta com problemas a nível das acessibilidades.
E numa época em que o governo tanto fala de investimento em “infraestruturas
de elevado valor acrescentado” será importante lembrar que Cinfães precisa,
urgentemente, de um olhar atento nessa matéria, nomeadamente a nível do IC 35, da
ligação de Cinfães à A 4 e da requalificação de EN 225, ligando esta os
concelhos de Castro Daire, Cinfães, Arouca e Castelo de Paiva.
O anunciado encerramento e extinção de serviços também
mereceu uma forte preocupação por parte do presidente da câmara, nomeadamente no que
concerne à possibilidade de encerramento das Finanças do concelho, que seria um
rude golpe para as populações locais, e o encerramento já consumado da extensão
de saúde de Tendais, por falta de médicos, o que deixa mais indefesas as populações serranas,
envelhecidas, desta área do concelho. Impõe-se, a este propósito, que o ministério da saúde proceda à colocação de médicos no interior.
Mas foi também dada nota de iniciativas que o executivo tem em marcha. Partindo de uma realidade dura, um desemprego de cerca
de 28%, este executivo lançou políticas que visam
contrariar esta situação. Vai daí, tem em curso iniciativas de apoio à criação
de postos de trabalho e à fixação das populações, desde a cedência de lotes
para as empresas, à simplificação administrativa e isenção de taxas, pagamento
de seis salários mínimos a quem mantiver postos de trabalho durante três anos,
apoio aos recém-nascidos, dinamização dos produtos endógenos (fumeiro,
artesanato, vinho…), criação de eventos, dinamização do turismo rural e
abertura de um gabinete de apoio ao agricultor, ao investimento e aos fundos
comunitários.
É convicção dos autarcas que estas medidas, conjugadas com
uma forte atenção às políticas sociais, com um olhar atento para a cultura e o
património e com uma atenção especial às prioridades dos quadros comunitários
poderão reverter a situação e deixar marcas positivas no território e criando novas
oportunidades para os cinfanenses.
Desta reunião resultou o compromisso dos deputados
questionarem o governo no que concerne às preocupações que têm a ver com as
acessibilidades e com o encerramento de serviços.