Letras e Conteúdos

Questionado pelo deputado do PS, Acácio Pinto, sobre as obras no museu de Lamego e a recuperação da casa Aristides Sousa Mendes, durante a audição na comissão de educação, ciência e cultura, na Assembleia da República, o Secretário de Estado da Cultura foi inequívoco e disse que a requalificação do museu não é para avançar, pese embora o projeto ter ficado concluído pelo governo anterior, mas tão só tentar-se-á encontrar financiamento para obras na cobertura. Muito pouco para aquilo que uma região, uma cidade e um museu merecem face ao seu espólio valiosíssimo, onde pontificam, entre outras, as primeiras pinturas de Grão Vasco e a mais importante coleção portuguesa de tapeçarias flamengas. Quanto à casa Aristides Sousa Mendes, em Cabanas de Viriato, Carregal do Sal, comprometeu-se com obras urgentes para estancar a degradação. Ficam os factos.

Pergunta efetuada durante a audição ao secretário de estado da cultura, no âmbito da comissão de educação, ciência e cultura, no dia 20 de fevereiro, relativa às diligências desenvolvidas e a desenvolver para a recuperação da Casa do Passal, de Cabanas de Viriato, onde residiu Aristides de Sousa Mendes. Os homens valem pelas causas que abraçam e este homem, Aristides de Sousa Mendes, em resposta à sua consciência e em defesa do valor supremo da vida decidiu libertar da morte anunciada dezenas de milhares de cidadãos pelo gravoso facto, veja-se, de serem judeus.

No dia 26 de janeiro, no final do plenário, estive presente no salão nobre da Assembleia da República na sessão evocativa do Dia de Memória do Holocausto. Para além da presidente da Assembleia da República e dos deputados estiveram presentes inúmeros convidados entre os quais representantes de comunidades religiosas e embaixadores e membros do corpo diplomático acreditados em Portugal. A  sessão incluiu a leitura de poemas de Primo Levi e Paul Célan, por Jorge Silva Melo, e a projeção do documentário “Sob céus estranhos”, de Daniel Blaufuks, com uma explicação prévia do filme pelo realizador. Esta evocação surge na sequência da aprovação da Resolução de 28 de Janeiro de 2010 que “Consagra o dia 27 de Janeiro como Dia de Memória do Holocausto”, em que o Parlamento português assume o compromisso de “promover a memória e a educação sobre o Holocausto nas escolas e universidades, nas nossas comunidades e outras instituições, para que as gerações futuras po...