Mensagens

A mostrar mensagens de 2021

JOSÉ PEDRO PINTO vai lançar álbum de originais gravado no órgão de tubos da Igreja da Misericórdia de Viseu

Imagem
José Pedro Pinto (Foto: Gustavo Garcetti) O lançamento do álbum de originais, gravado no órgão de tubos da Igreja da Misericórdia de Viseu, composto e interpretado por José Pedro Pinto, vai ter lugar no próximo dia 13 de novembro a partir das 16h e 30 m. Tendo a Igreja da Misericórdia por palco, José Pedro Pinto vai tocar pela primeira vez em público todos os temas que integram o CD, que, no final do espetáculo, poderá ser adquirido. A ponta do véu já foi desvendada, com a divulgação de um videoclip com um dos temas do álbum, Anunciação, que poderá ser visto e ouvido no canal do Youtube do compositor . Filme MISERICÓRDIA terá estreia nos cinemas NOS do Forum Viseu Igualmente, no dia 13 de novembro, às 15h, nos cinemas NOS do Forum Viseu, terá a sua estreia o filme com o mesmo nome do álbum, Misericórdia. Este é um filme realizado por Gonçalo Loureiro, protagonizado por Teresa Queirós e com música de José Pedro Pinto. Este projeto, Misericórdia, é produzido em parceria com a Santa Casa

Gralheira, Cinfães: Do colmo por baixo do telhado até ao cabrito no forno!

Imagem
Situa-se no distrito de Viseu, no concelho de Cinfães, em plena serra do Montemuro e, à semelhança de todas as aldeias do interior, quiçá de todo o Portugal, é uma aldeia em perda de população e muito envelhecida. Abundam os idosos e sobram, vazios, os espaços, hoje calcetados, dos antigos terreiros onde a criançada corria e gritava. Ali fomos recentemente. A um dos dois restaurantes que todos os dias, mas sobretudo aos fins de semana, levam muitas pessoas à Gralheira. Aliás é na gastronomia que radica muito do dinamismo económico desta aldeia serrana. Além dos restaurantes há um negócio em torno dos enchidos e dos presuntos e do gado (vacas e cabras) que vai mantendo alguns habitantes ligados à terra. Comemos, no restaurante Encosta do Moinho (Foto da página do Facebook do restaurante), cabrito assado com batata assada no forno e arroz. Estava divinal. Disse-nos o senhor Amadeu que o segredo estava na qualidade da carne. "Estes cabritos são alimentados na serra". Porta

Quelha da Lapa, Sernancelhe: Há mais de 500 anos a "certificar" pecados do povo!

Imagem
Não, não remonta a 1917. Esse é o santuário de Fátima. Não, não remonta a 1858. Esse é o santuário de Nossa Senhora de Lourdes, no sul de França. Não, não remonta a 1531. Esse é o santuário de Nossa Senhora da Guadalupe, no México. Sim, remonta a 1498. Trata-se do santuário de Nossa Senhora da Lapa, localizado no concelho de Sernancelhe, diocese de Lamego. Falo de um santuário que, pese embora com a vetusta idade de 523 anos, continua pujante na alma de um povo que o sente em cada dia que passa, que o acarinha neste agora da vida que acontece. Nascido, como tantos outros, da fé das mulheres e dos homens, o santuário da Lapa foi, durante séculos, o grande santuário de Portugal e mesmo da Península, aí fazendo o contraponto com o de Santiago de Compostela. E se através dos mares nunca dantes navegados, os portugueses do século XV e XVI deram novos mundos ao mundo, descobrindo novas terras, por aqui, por esta Beira, por estas, hoje, Terras do Demo, nesses longínquos anos, a Jo

JANEIRA: A FAMA QUE VEM DE LONGE!

Imagem
Agostinho Oliveira, António Oliveira, Agostinho Oliveira. Avô, filho, neto. Três gerações com um mesmo denominador: negócios, empreendedorismo. Avelal, esse, é o lugar da casa comum. O avô, Agostinho Oliveira, conheci-o há mais de meio século, início dos anos 70. Sempre bonacheirão e com uma palavra bem-disposta para todos quantos se lhe dirigiam. Clientes ou meros observadores. Fosse quem fosse. Até para os miúdos, como era o meu caso, ele tinha sempre uma graçola para dizer. Vendia sementes de nabo que levava em sacos de pano para a feira. Para os medir, utilizava umas pequenas caixas cúbicas de madeira. Fossem temporões ou serôdios, sementes de nabo era com ele! Na feira de Aguiar da Beira, montava a sua bancada, que não ocupava mais de um metro quadrado, mesmo ao lado dos relógios, anéis e cordões de ouro do senhor Pereirinha, e com o cruzeiro dos centenários à ilharga. O pai, António Oliveira, conheci-o mais tardiamente. Já nos meus tempos de adolescência, depois da revolu

Vozes de Abril - Sátão

Imagem
Decorrem agora dois anos sobre um evento marcante que teve lugar na Casa da Cultura de Sátão: Vozes de Abril. Foi um evento promovido pelo jornal Digital Dão e Demo e que teve como objetivo dar voz a algumas vozes de Abril de 1974, ano da revolução dos cravos. Pela Casa da Cultura passaram vozes que foram testemunhos desses tempos, uma de Paulo Santos, que deu nota dos seus tempos da guerra colonial e outra de José Bernardino Figueiredo, que deu nota dos tempos conturbados que se viveram em Sátão por ocasião da revolução dos cravos. Mas a iniciativa não se ficou por aqui. Sob a coordenação de Elisabete Bárbara, professora e diretora do Agrupamento de Escolas de Aguiar da Beira, e de Paula Cardoso, técnica superior e ex-diretora do Museu Nacional de Grão Vasco, de Viseu, ouviram-se na Casa da Cultura músicas dos tempos da revolução, através do grupo Easypop, poesias, textos e coreografias de Abril, pela voz das coordenadoras do evento e por tantos outros colaboradores do Teatro Municipa

Lapa, terra onde se exprime a fé – II

Imagem
[Texto de Abílio Carvalho*] Nem só do culto intraportas do templo vive o dinamismo pastoral e devocional do Santuário da Lapa, nem mesmo só do culto vive um Santuário, pois tem de se compenetrar da missão que a Igreja lhe confia, nele reconhece e espera dele, como a evangelização, a caridade e a cultura. Na verdade, como escreveu o Papa Francisco, o santuário tem grande valor eclesial simbólico e a peregrinação é genuína profissão de fé, pois a imersão no sagrado corrobora a esperança de sentir mais a proximidade de Deus, que abre o coração à confiança de sermos ouvidos e de vermos concretizados os desejos mais profundos. A piedade popular, expressão da espontânea atividade missionária do povo de Deus, ali encontra lugar privilegiado para exprimir a oração, devoção e entrega à misericórdia de Deus inculturadas na vida. Desde os primórdios a peregrinação foi concebida especialmente para os lugares onde Jesus viveu, anunciou o amor do Pai e, sobretudo, onde deixou o túmulo vazio como s

ENTENDAM-SE!

Imagem
(Foto: observador.pt) “Vacina da AstraZeneca: Alemanha não quer idosos nas prioridades” (publico.pt – 31.01.2021). “Suécia junta-se aos que não recomendam vacina AstraZeneca a maiores de 65 anos” (tsf.pt – 2.02.2021). “DGS não recomenda vacina da AstraZeneca a pessoas com mais de 65 anos” (dnnoticias.pt – 8.02.2021). “A Direção-Geral da Saúde (DGS) anunciou hoje que vai permitir a utilização da vacina da AstraZeneca sem reservas a partir dos 18 anos” (jornaldenegocios.pt – 10.03.2021). “As autoridades de saúde portuguesas decidiram hoje suspender o uso da vacina da AstraZeneca contra a covid-19 por motivos de “precaução” e “saúde pública”” (inem.pt – 16.03.2021). “Alemanha deixou de a administrar a vacina da AstraZeneca a pessoas com menos de 60 anos” (rtp.pt – 31.03.2021). “Portugal suspende vacina da AstraZeneca para pessoas com menos de 60 anos” (sicnoticias.pt – 8.04.2021). “Reino Unido suspende vacina da AstraZeneca a menores de 30 anos” (jn.pt – 7.04.2021).

Jorge Coelho

Imagem
Privei com ele, de uma forma mais intensa, quando ele era Ministro do Equipamento Social, em 2000 e 2001, era eu chefe de gabinete de José Junqueiro, seu Secretário de Estado, de um governo liderado por António Guterres. Refiro-me, claro está, a Jorge Coelho, um mangualdense que hoje nos deixou, aos 66 anos de idade. Dele guardo a sua simpatia, a sua generosidade, a sua solidariedade, a sua amizade. Socialista dos quatro costados, Jorge Coelho era, quase sempre, a voz mais aguardada nos comícios do PS. Ele tinha o dom de empolgar os militantes e simpatizantes, sempre que intervinha. Eram palavras diretas, sem qualquer rebuço que não fosse o de ser bem interpretado por todos quantos o escutavam. Eram ideias claras, diretas, palavras de raiz popular, quantas vezes duras, quando tinha de ser, e integradas em discursos ditos em tom forte. Guardo, desse tempo, uma noite aziaga de março. Uma noite em que o homem, o ministro, numa decisão solitária, ousou não se esconder, não alijar res

António Almeida Henriques

Imagem
Foto: Facebook do Município de Viseu Costuma-se dizer que somos apanhados de surpresa e, quiçá, sem reação, quando as coisas acontecem sem data e sem hora predefinidas e programáveis. E se tal assim é para os muitos aspetos da vida também é para a morte. Porém, no caso da morte, a surpresa e a tristeza são incomensuráveis quando ela decide irromper e ceifar vidas extemporaneamente. Sim, bem sabemos que não há uma idade, um tempo, uma data para essa partida, mas, quando ela acontece muito aquém de uma chegada que nos habituámos a aceitar, o nosso questionamento não encontra uma resposta fácil e a teimosia, perante respostas de cariz mais religioso, é óbvia. Vem isto a propósito da morte de António Almeida Henriques, presidente da Câmara Municipal de Viseu, que aos 59 anos de idade, no pleno desempenho de funções eletivas e aprestando-se para mais uma pugna eleitoral, foi traiçoeiramente derrotado, muito aquém do tempo natural, por um vírus sem rosto e sem escrúpulos. Com ele prive

A propósito dos 250 anos da cidade de Castelo Branco: dois selos de há 50 anos e outros confinamentos!

Imagem
Os tempos eram outros. De outros confinamentos. Dos confinamentos circunscritos à aldeia. Ao terroir natal. Desconfinar? Isso era só de quando em vez para ir à vila ou à cidade. Só que esse desconfinamento só acontecia por imposição de uma inoportuna malina que nos batia à porta. Por lazer, isso era só para ir ao Sátão, à feira dos 20, onde se vendiam as vacas e se comprava uma nova junta para as sementeiras de outono, onde se comia melão e febras na brasa e os mais velhos bebiam vinho tinto, do pipio, pois para os miúdos era a laranjada. A Viseu? Era só de dois em dois anos, para ir à Feira Franca andar no carrossel! A Castendo? Só quando o rei fazia anos pares, para ir ao senhor Genésio, tratar da roupa para a Páscoa. Vem isto a propósito dos selos! Sim, colecionar selos era um passatempo adequado às sestas de verão, quando o calor abrasava ou às noites frias de inverno, à lareira, nesses confinamentos de outrora. E hoje, que Castelo Branco assinala os 250 anos de elevação a

Diferentes olhares sobre o nosso mundo

Imagem
[Texto de Abílio Louro de Carvalho | ideiaspoligraficas.blogspot.com] Deus criou o mundo; as criaturas povoam-no e usufruem dele. Os arquitetos desenham magistralmente o mundo; os engenheiros executam-no em boa segurança se não houver azar. Os filósofos pretendem interpretar o mundo; os políticos conduzem-no, às vezes bem mal, e poderiam transformá-lo. Os cientistas pesquisam o mundo e dão-no a conhecer; os técnicos mexem-no e remexem-no. Os agricultores e os mineiros revolvem o mundo; os operários completam-no e diversificam-no. Os artistas recriam e embelezam o mundo; os poetas sentem-no e cantam-no. Os geógrafos e os cosmógrafos descrevem o mundo sincronicamente; os historiadores narram-no ao longo dos milénios em notável, embora sempre discutível, diacronia. Os antropólogos explicam o lado humano do mundo; os sociólogos tentam entendê-lo e têm a veleidade de o avaliar. Os geólogos minam o mundo e pesquisam os seus lugares mais recônditos; os biólogos vivem-no e capt

Há 52 anos, Portugal sentiu o maior sismo desde 1755

Imagem
  [Texto de Louro de Carvalho - ideiaspoligraficas.blogspot.com] Na madrugada de 28 de fevereiro de 1969, Portugal Continental foi abalado pelo maior terramoto sentido na Europa depois de 1755 (Lisboa), com a morte de 13 pessoas (duas em consequência direta do abalo e 11 por consequência indireta, algumas acometidas de síncope), vários feridos e queda de casas. A população ficou assustada e muitas pessoas passaram a noite fora de casa apesar da chuva gelada. Foram 4 minutos de ansiedade – entre as 03:41 e as 03:45 – em que grande parte do país, em pânico, saiu para a rua meio despida ou em pijama. “Uma eternidade em breves segundos: Levará muito tempo a esquecer o pavor da última madrugada de fevereiro” – era um título de 1.ª página no DN do dia seguinte. E daquela madrugada dramática escrevia o JN: “Com a terra tremiam os homens e as mulheres que a povoam. Porque ontem só duas espécies de pessoas não tremeram, de novo os inconscientes e os mentirosos.”. O epicentro esteve no Oce

Vídeo sobre a região Dão e Demo, sobre as terras de Aquilino Ribeiro

Imagem
Um vídeo com música e imagem de José Pedro Pinto e texto de Acácio Pinto, que capta um olhar sobre uma região que se estende de Viseu a Moimenta da Beira, ou de Vila Nova de Paiva a Mangualde, ou ainda de Sernancelhe e Aguiar da Beira a Penalva do Castelo, passando pelo Sátão. Afinal, um olhar sobre alguns espaços da Geografia Sentimental de Aquilino Ribeiro! Pelas imagens, pela música e pelo texto vale a pena uma visualização! Mais vídeos em:  Vídeos Dão e Demo

Lapa, terra onde se exprime a fé – I

Imagem
[Texto de Louro de Carvalho que pode acompanhar em ideiaspoligraficas.blogspot.pt] O Santuário da Senhora da Lapa fica na freguesia de Quintela, do concelho de Sernancelhe que pertence à Diocese de Lamego e ao Distrito de Viseu. Este Santuário granítico, que remonta a 1498 (já vão 523 anos), alberga dentro um enorme penedo que faz uma gruta ou lapa, onde, como reza a história, ali foi encontrada uma imagem da Virgem Maria após mais de 500 anos escondida na gruta onde as irmãs perseguidas a depositaram. E o curioso é que pela abertura do penedo, que é muito estreito e sinuoso em altura, diz-se que passa o gordo e passa o magro, e parece que assim é com algum jeitinho na barriga. A Lapa é uma terra de fé, um sítio de mistério natural e de alcance transcendental. De qualquer ponto que o circunstante lance o olhar, de perto ou de longe, encontra como ponto de contacto ou a torre da igreja, um cruzeiro ou mesmo um dos quatro consagrados miradouros. Está a povoação situada quase no cimo da