Lapa, terra onde se exprime a fé – II

[Texto de Abílio Carvalho*]

Nem só do culto intraportas do templo vive o dinamismo pastoral e devocional do Santuário da Lapa, nem mesmo só do culto vive um Santuário, pois tem de se compenetrar da missão que a Igreja lhe confia, nele reconhece e espera dele, como a evangelização, a caridade e a cultura.

Na verdade, como escreveu o Papa Francisco, o santuário tem grande valor eclesial simbólico e a peregrinação é genuína profissão de fé, pois a imersão no sagrado corrobora a esperança de sentir mais a proximidade de Deus, que abre o coração à confiança de sermos ouvidos e de vermos concretizados os desejos mais profundos. A piedade popular, expressão da espontânea atividade missionária do povo de Deus, ali encontra lugar privilegiado para exprimir a oração, devoção e entrega à misericórdia de Deus inculturadas na vida. Desde os primórdios a peregrinação foi concebida especialmente para os lugares onde Jesus viveu, anunciou o amor do Pai e, sobretudo, onde deixou o túmulo vazio como sinal tangível da ressurreição. Depois, os peregrinos rumaram a lugares onde, segundo as tradições, estão os túmulos dos Apóstolos. E a peregrinação abraçou lugares onde a piedade popular experimenta a presença da Mãe de Deus e dos Santos. Assim, o santuário é peculiar sinal da fé dos crentes, que aí topam a dimensão basilar da existência crente, experimentam de modo profundo a proximidade de Deus, a ternura de Maria e a companhia dos Santos – experiência espiritual a não desvalorizar, sob pena de se mortificar a ação do Espírito Santo e a vida de graça.

Alguns santuários fizeram e fazem parte da vida das pessoas, famílias e comunidades a ponto de terem plasmado a identidade de gerações, chegando a incidir na história de algumas nações.

O afluxo de peregrinos, a oração espontânea do povo alternada com a celebração litúrgica, a obtenção de graças por parte de inúmeros crentes e a beleza destes lugares mostram como os santuários exprimem ensejo insubstituível de evangelização. E, a par da crise de fé que afeta o mundo, são percebidos como espaços sagrados rumo aos quais se pode peregrinar para fruir dum momento de descanso, silêncio e contemplação na vida dos nossos dias.

Um desejo latente faz surgir em muitos a nostalgia de Deus; e o santuário é verdadeiro refúgio para se redescobrirem a si mesmos e reencontrarem força para a conversão. Podem os fiéis, no Santuário, receber apoio para a sua caminhada na paróquia e na comunidade cristã. Esta osmose entre o peregrino no Santuário e a vida quotidiana é valiosa ajuda para a pastoral, permitindo revigorar o compromisso de evangelização mediante testemunho mais convicto. E caminhar para o santuário e participar na espiritualidade que ele exprime são gestos evangelizadores que merecem ser valorizados pelo seu intenso valor pastoral.

Portanto, de sua natureza, o santuário é lugar sagrado onde a proclamação da Palavra de Deus, a celebração dos Sacramentos, em particular da Reconciliação e da Eucaristia, e o testemunho da caridade exprimem o compromisso da Igreja com a evangelização; e carateriza-se como lugar de evangelização, onde do primeiro anúncio à celebração dos mistérios se torna manifesto o poder da ação com que a misericórdia de Deus age na vida das pessoas.

Pela espiritualidade de cada santuário, os peregrinos são guiados com a “pedagogia de evangelização” rumo a um compromisso cada vez mais responsável na sua formação cristã e no testemunho de caridade que dele deriva. Ademais, o santuário contribui para o compromisso catequético da comunidade cristã, pois, transmitindo em coerência com os tempos a mensagem que deu início à sua fundação, enriquece a vida dos crentes, oferecendo-lhes as motivações para maduro e consciente empenho na fé. E o santuário escancara as portas aos doentes, às pessoas com deficiências e, sobretudo, aos pobres, marginalizados, refugiados e migrantes.

É, pois o santuário chamado a desempenhar um papel na evangelização da sociedade e a Igreja está chamada a valorizar pastoralmente as moções do coração que se exprimem através das peregrinações ao Santuário e a outros lugares de devoção. (cf Sanctuarium in Ecclesia, 2017).

Com base em considerandos destes, os responsáveis pelo Santuário da Lapa entenderam que este precisava duma polifacetada envolvente que facilitasse a sua missão piedosa e pastoral, bem como a sua função cultural e social e episodicamente uma função de ensino. Por isso, em jeito de apontamento aqui ficam algumas referências físicas da envolvente. 

 

O Colégio

A 13 de julho de 1654, a pedido dos padres jesuítas, o Senado da Câmara de Caria doou-lhes um lote de terreno baldio situado junto à igreja e cujo destino era a implantação da casa dos padres. A obra não foi concretizada de imediato por via da escassez de recursos, pelo que foi necessário esperar mais de 30 anos para que a obra fosse lançada.

A planta do Colégio foi, em 1883, enviada a Roma a fim de obter a devida aprovação, tendo vindo, após o veredicto, a ser benzida e lançada a primeira pedra a 28 de junho de 1685. As obras, que decorreram sob a orientação do Padre António Cordeiro, prolongaram-se por algumas dezenas de anos. E o edifício de forma quadrangular que se desenvolve em dois pisos a norte e três a sul, com pátio interior, exibe forma arquitetónica singela e de boas cantarias.

Em 1714, dado o edifício por acabado e funcional, tiveram início as aulas de Latim e vieram, posteriormente, as aulas de Teologia, em consequência dum legado do capitão João Marques Luzeiro, que impunha a ministração de tais aulas. Para tanto, carecia-se de salas de aula e de alojamentos, o que levou a que o plano da casa, inicialmente pensada só para residência dos padres, um austero edifício, fosse transformado para o desempenho da função escolar.    

Foram, pois, estas as razões que fundamentaram a construção do Colégio: a necessidade dum edifício onde pudessem habitar mais padres em correspondência ao cada vez maior número de romeiros; e a necessidade de espaço para dar as aulas solicitadas, tendo em conta que, nesse tempo, eram os alunos que procuravam os professores.

Em 1759, o Marques do Pombal expulsou os jesuítas do país, passando o Colégio e o Santuário a constituir propriedade do Governo até que, em 1793, Dona Maria I doou tudo por esmola ao Bispo de Lamego. Não obstante, após a expulsão dos jesuítas, o Colégio esteve praticamente abandonado durante mais de 100 anos. Entretanto, em 1892, Dom António da Trindade Vasconcelos Pereira de Melo, Bispo de Lamego, com a ajuda do Cónego Francisco de Carvalho Arruda, Vigário Geral da Diocese, instituiu um novo Colégio a funcionar nas instalações do antigo, sob a direção de três padres diocesanos. Tal instituição funcionou e deu frutos – tendo tido como aluno, entre 1897 e 1899, o famoso escritor Aquilino Ribeiro – até ao advento do regime republicano em 1910, que vibrou o golpe de misericórdia ao ensino na Lapa.

Na década de 50 do século XX, Dom João da Silva Campos Neves, Bispo de Lamego, pensando no imóvel para colónia de férias dos seminaristas diocesanos, ordenou obras de recuperação, restauro e adaptação. Contudo, pela efemeridade da ideia, as obras, que já iam avançadas, foram adiadas sine die, entrando o edifício na situação de abandono e em transe degradativo.

A degradação e inutilidade do Colégio foram uma realidade que cessou em 1994, data em que foi decidido proceder à sua restauração com vista ao acolhimento e apoio aos peregrinos, não se prevendo mais a utilização escolar a que fora destinado. Com efeito, a reitoria, na perspetiva de rendibilização dos imóveis dos Santuário, promoveu obras de recuperação e adaptação a acolhimento de peregrinos e a outras atividades de feição pastoral, social e cultural. Pelo menos, não tem a tez do abandono e presta valioso serviço à comunidade, aliás na senda do que inicialmente parece ter estado previsto: residência dos padres e albergue de romeiros.

 

Os Miradouros

Não será talvez esta a designação mais adequada à função que tinham os quatro templetes alpendrados, levantados em lugares equidistantes da igreja do Santuário quando os jesuítas já tinham a Lapa em grande projeção no país e no mundo e cuja localização se efetua de acordo com os pontos cardeais, ajudando cada um deles a definir o quadrilátero lapino. Tem o nome duma entidade hagiológica ou do local donde provinha grupo significativo de peregrinos.

De cada um se avista o Santuário – por isso se designam por miradouros (dali se mira o Santuário, não uma paisagem qualquer) – e junto deles, conforme a proveniência, os romeiros ou peregrinos arvoravam a sua procissão penitencial sob o signo da respetiva cruz paroquial e da bandeira do orago, a que se juntavam outras, e caminhavam processionalmente para a igreja em cumprimento do voto coletivo e participar na Santa Missa ou noutro ato de culto apropriado. 

Hoje só o Miradouro de Lamego ou da Senhora da Piedade, a poente, serve de ponto de levantamento de procissões, que marcham de frente para o templo lapino. O Miradouro de Forca ou de São Tiago (de 1672), a norte, enquadra, com o cruzeiro adjacente e o novo monumento escultórico, o parque de estacionamento e o Largo da Feira, atualmente dedicados ao Padre Manuel Vieira dos Santos, capelão e reitor do Santuário, falecido em janeiro de 1994. Tal homenagem decorre de deliberação do Município de Sernancelhe, que o homenageou a 13 de maio de 2001, com sessão solene no local e inauguração de monumento alusivo.

Restam os miradouros de Trancoso ou da Senhora da Guia (de 1626), a nascente, e o de Aguiar da Beira ou de São Domingos, a sul, hoje já desenvencilhados do matagal que os asfixiava.  

 

A Capela Setecentista

Foi doada por um habitante de Quintela, o Senhor Vasco Lemos, que a adquiriu juntamente com uma quinta de feição agrícola. Transferida pedra a pedra para o local onde presentemente se encontra, além de servir eventualmente para alguns atos de culto, enquadra o recinto onde se celebram as missas campais e outros atos de culto com participação de muitos peregrinos, separando-o do parque de merendas contíguo. Porém, atualmente, a missa campal já não se celebra usualmente em altar em frente à capela, mas em altar implantado em estrutura própria na encosta adjacente à estrada variante ao recinto e ao aglomerado urbano da Lapa.  

O local foi evolução natural do sítio onde começaram a celebrar-se missas campais em altar provisório de granito ajeitado pelo Padre Vieira, por dificuldades de instalação para as mesmas frente à igreja ou no largo fronteiriço ao edifício do Colégio. E o trajeto peregrinacional passou a ser: levantamento de procissão por paróquia ou grupo de paróquias junto ao Miradouro da Senhora da Piedade, romagem ao Santuário, procissão geral com o andor de Nossa Senhora da Lapa do Santuário para o local da Missa, celebração da Missa (e/ou eventualmente outros atos de culto) e procissão do Adeus.            

 

O Pelourinho, a Casa da Câmara e Cadeia e a Fonte dos Clérigos

O Pelourinho e a casa da Câmara com a Cadeia são elementos que simbolizam e testemunham a autonomia municipal da Lapa. Com efeito, a Lapa cresceu em importância, vindo a rivalizar momentaneamente com santuários como o de Santa Maria de Cárquere, o da Senhora dos Remédios de Lamego e até o de Santiago de Compostela, projetando o seu nome em igrejas, capelas e localidades, cidades pelo mundo e uma diocese. A isto respondeu o rei Dom João V em 18 de julho de 1740, emitindo, a partir de Queluz, portaria que elevou a Lapa categoria de vila, ficando a constituir com Quintela o concelho de Lapa, sob a proteção do Barão de Moçâmedes, tronco dos Condes da Lapa. E funcionou até à sua extinção, em 1855, ano em que se agravou o declínio ocasionado pela expulsão dos jesuítas, com a autonomia reconhecida aos demais concelhos, zelando pela coisa pública, administrando o património e fazendo justiça. 

O Pelourinho, da segunda metade do século XVIII (subsequente à elevação de Lapa à categoria de vila), de equilibradas linhas, em estrutura granítica, ergue-se apoiado na plataforma de quatro degraus octogonais, lisos sem qualquer rebordo. Do último degrau, de talha simples, sobe até à altura de três metros a coluna de forma octogonal, desprovida de base. São lisas as faces e é servida a sua constituição por duas peças de volume desigual sendo a última (e mais pequena) solidária com o capitel, formado por rebordo tórico octogonal assente em barra pouco saliente.

O remate é lavrado em espiras na superfície de bolbo com oito volutas, em correspondência com as faces do fuste. A parte superior do remate tem a forma de corolo de feição graciosa, tipo de pinha embolada, com inserção vegetalista vindo a ser encimada de folhagem complementar. Tem por pináculo uma haste vertical de ferro, onde uma dupla verguinha atravessa em jeito de catavento. Na extremidade desta haste, situa-se a cruz floretada nos quatro pontos terminais.

O imóvel da Casa da Câmara, cujos baixos serviam de cadeia, está situado a poucos metros do pelourinho. Chegou a um estado lastimoso de ruina, restando a frontaria e parte das paredes laterais e posteriores, que eram feitas de pedra de boa qualidade e bem aparelhada. A sua função de cárcere público está bem patente nas quatro janelas quadradas e gradeadas, divididas duas por cada piso. No centro do edifício, em pleno segundo piso, situa-se a antiga entrada, acessível através duma escada exterior. E é digno de especial atenção o frontal triangular emoldurado que se situa a meio da empena sobre a fachada, no qual se veem em escudo as armas heráldicas dos Vasconcelos, subpujada por coronel de três florões encimado por uma vieira.  

O interesse da reitoria pela recuperação e conservação do património cultural e arquitetónico da Lapa induziu a reabilitação do imóvel e a implantação da funcionalidade museológica pondo à disposição visual dos visitantes muito do acervo pictórico, escultórico – com destaque para os ex-votos (pequenos quadrinhos com imagem e relato de graças obtidas sobretudo através da Senhora e do Menino) – e de pratas e paramentaria que ao longo do tempo enditou o Santuário.

Emblemática é também a Fonte dos Clérigos, belo espécime arquitetónico-escultórico, obra de 1734 e conhecida como uma das nascentes do rio Vouga, a par das fontes das lavadeiras para trás do fraguedo que emoldura o lastro da igreja e da situada em lameira, ora inculta, assinalada por um pedrão, não perto da igreja. A fonte surgiu da necessidade de fornecer de água os romeiros, tendo-se-lhe juntado mais tarde outras para abastecer de água a localidade e os visitantes – água boa que emparceira em qualidade com a farinha usada no fabrico do pão alvo, em tempos resultante da moenda do trigo de diversas provenientes, oferecido pelos romeiros.

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Outros aspetos

Nas últimas décadas, passou por ali, graças principalmente a Município e à reitoria, a onda da recuperação, reabilitação e reordenamento que possibilitou o melhoramento em casario, largos, praças e ruas, bem como estradas, algumas com faixa de ciclovia, a variante à localidade, o reempedramento da praça central enquadrada pelo Santuário e o Colégio. Foi restaurada a residência onde vivia o Padre Vieira dos Santos. E destacam-se o novo Largo da Feira e o parque de estacionamento automóvel em torno do Miradouro de São Tiago.

Está a Lapa com muitas condições – faltam sempre algumas – para acolher as pessoas que vêm de perto e de longe, sobretudo ao fim de semana, em peregrinação, em devoção privada, por curiosidade, turismo ou por salutar teimosia religiosa. Todavia, é de frisar que, a par das muitas iniciativas da reitoria ou por esta acolhidas, permanecem na memória crente da Lapa, as jornadas peregrinacionais de 10 de junho, Memória do Anjo de Portugal e véspera de São Barnabé, e de 15 de agosto, Assunção de Nossa Senhora – ambas precedidas de novena de oração, pregação e meditação, frequentada por cerca da centena de pessoas (Há quem faça meia novena). Além destas, há lugar para a peregrinação das gentes do Minho/ que tradicionalmente era a 8 de setembro, um pouco à boleia da Senhora dos Remédios, Lamego, e que passou ao 1.º domingo de setembro e depois ao 3.º domingo do mesmo mês.

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Concluindo

Por certo, para sustentar e reforçar a vitalidade da Lapa, será conveniente a implantação de mais estruturas de apoio como: hotel, pousada ou albergaria, centro de congressos, centro médico, farmácia – promovidas em termos complementares por quem já disponha de estruturas similares noutros lugares. Se calhar, a Lapa merece tudo o que tem e muito mais.

A título de curiosidade e para proveito espiritual de quem o desejar, transcrevo duas orações conexas com a Lapa e a titular do seu Santuário.


Oração do V Centenário

Ó Virgem da Lapa, mensageira de Deus junto do homem pecador! Mãe da Igreja, que guiais os povos para o reino de Cristo Senhor!

Vós, que há 500 anos aparecestes em imagem humilde e pequenina à pastora Joana e, do vale ao monte e do monte ao vale, inspirastes a vocação missionária de Portugal; Vós, que, do seio da Vossa lapinha, dais testemunho do Deus forte e acolhedor; Vós, que na gruta rochosa sois firme suporte da Igreja peregrina;

Sede sempre a Estrela que brilha nas trevas da nossa vida. Volvei para nós o Vosso olhar bondoso e aceitai os nossos rogos.

Na lapa da Vossa proteção maternal, nós encontramos refúgio e conforto.

Não desprezeis as nossas súplicas em nossas tribulações. Mas aceitai a nossa saudação de filhos e o preito singelo do nosso louvor.

Advogada nossa, sede-nos propícia e alcançai-nos a dignidade de obtermos as promessas de Jesus, Vosso Divino Filho, o Único Salvador.

Ouvi-nos, ó Virgem da Lapa, ó misericordiosa, ó clemente, ó piedosa, ó sempre Virgem Maria, ó Mãe da nossa confiança! 

Nossa Senhora da Lapa, rogai por nós e dai a paz ao Mundo!

Nossa Senhora da Lapa, rogai por nós e protegei as nossas famílias!

Nossa Senhora da Lapa, rogai por nós e fazei-nos tementes a Deus!

Ámen.


Oração do Peregrino

Nossa Senhora da Lapa, Vós que aparecestes em imagem humilde à pastora Joana e lhe destes o dom da fala e, na gruta rochosa, há mais de 500 anos, sois firme apoio da Igreja peregrina e fizestes descer tantas graças de Deus sobre a pobre humanidade, sede sempre a estrela que brilha nas trevas da nossa vida.

Mãe de Deus e nossa Mãe, aceitai a nossa saudação de filhos e o preito singelo do nosso louvor.

Mãe de misericórdia, intercedei por nós junto do Vosso Filho Jesus, para obtermos o perdão das nossas culpas.

Mãe admirável, volvei para nós o Vosso olhar bondoso e atendei-nos em todas as nossas necessidades.

Não desprezeis as nossas súplicas em nossas tribulações.

Advogada nossa, sede-nos propícia e alcançai-nos a dignidade de obtermos as promessas de Jesus, Vosso Divino Filho, o Único Salvador.

Nossa Senhora da Lapa, nós temos confiança em Vós. Dai a paz ao mundo, protegei as nossas famílias, amparai-nos em horas de aflição e robustecei a nossa fé e alcançai-nos a graça da perseverança final.

Ámen.

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