Avançar para o conteúdo principal

Deputados do PS questionaram ministro da economia pelo facto de Sérgio Monteiro não receber o presidente de São Pedro do Sul

O presidente da câmara municipal de S. Pedo do Sul, Vítor Figueiredo, eleito com maioria absoluta pelos sampedrenses em 2013, tem, desde novembro desse ano, tentado marcar uma audiência com o secretário de estado das infraestruturas, transporte e comunicações, Sérgio Monteiro.
Infelizmente não tem conseguido, mesmo depois de contactos telefónicos que complementaram as solicitações formais via oficio. Assim, há mais de ano e meio que o autarca de S. Pedro do Sul espera uma resposta por parte do Governo.
Acresce o facto, e tem toda a pertinência lembrar, que os deputados do PS eleitos por Viseu também já tinham feito duas perguntas ao ministério da Economia sobre a requalificação da EN 16, entre as Termas de São Pedro do Sul e Vouzela, para dois destinatários.
A primeira, de abril de 2014, dirigida ao secretário de estado e a segunda, de outubro de 2014, dirigida ao ministro face à ausência de resposta de Sérgio Monteiro. Apesar do regimento impor 30 dias para os membros do governo responderem, até hoje nada.
Esta conduta é política e democraticamente inaceitável, mas é mais grave ainda quando vista à luz da atitude de que, a seguir, se dá nota.
É que o mesmo secretário de estado que não encontra agenda para receber o legítimo representante da autarquia de São Pedro do Sul, Vítor Figueiredo, foi lesto, muito lesto mesmo, em encontrar um “tempinho” para uma reunião com os seus companheiros do PSD de Mangualde, com direito a fotografia e tudo, conforme noticiou a comunicação social regional.
Neste contexto, ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais, os deputados do PS eleitos pelo círculo eleitoral perguntam ao senhor ministro da Economia:
1. Quando é que o senhor ministro vai instruir o seu secretário de estado, Sérgio Monteiro, para receber o presidente da câmara de S. Pedro do Sul?
2. Quando é que o senhor ministro tenciona mandar organizar a resposta às perguntas dos deputados supra referidos?
Palácio de são Bento, 1 de abril de 2015
José Junqueiro | Acácio Pinto | Elza Pais

Mensagens populares deste blogue

Sermos David e Rafael, acalma-nos? Não, mas ampara-nos e torna-nos mais humanos!

  As palavras, essas, estão todas ditas. Todas. Mas continua a faltar-nos, a faltar-me, a compreensão. Uma explicação que seja. Só uma, para tão cruel desenlace. Da antiguidade até ao agora, o que é que ainda não foi dito? O que é que falta dizer? Nada e tudo. E aqui continuamos, longe, muito distantes, de encontrar a chave que nos abra a porta deste paradoxo. Bem sei que, quiçá, essa procura é uma impossibilidade. Que não existe qualquer via de acesso aos insondáveis desígnios. Da vida e da morte. Dos tempos de viver e de morrer. Não existe. E quando esses intentos acontecem em idades prematuras? Em idades temporãs? Tenras? Quando os olhos brilham? Quando os sonhos semeados estão a germinar? Aí, tudo colapsa. É a revolta. É o caos. Sermos David e Rafael, nestes tempos cruéis, não nos acalma. Sermos comunidade, não nos sossega. Partilharmos a dor da família, não nos apazigua. Sermos solidários, não nos aquieta. Bem sei que não. Mas, sejamos tudo isso, pois ainda é o q...

Frontal, genuíno, prestável: era assim o António Figueiredo Pina!

  Conheci-o no final dos anos 70. Trabalhava numa loja comercial, onde se vendia de tudo um pouco. Numa loja localizada na rua principal de Sátão, nas imediações do Foto Bela e do Café Sátão. Ali bem ao lado da barbearia, por Garret conhecida, e em frente da Papelaria Jota. Depois, ainda na rua principal, deslocou-se para o cruzamento de Rio de Moinhos, onde prosseguiu a sua atividade e onde se consolidou como comerciante de referência. Onde lançou e desenvolveu a marca que era conhecida em todo o concelho, a Casa Pina, recheando a sua loja de uma multiplicidade de ferramentas, tintas e artefactos. Sim, falo do António Figueiredo Pina. Do Pinita, como era tratado por tantos amigos e com quem estive, há cerca de um mês e meio, em sua casa. Conheceu-me e eu senti-me reconfortado, conforto que, naquele momento, creio que foi recíproco. - És o Acácio - disse, olhando-me nos olhos. Olhar que gravei e que guardo! Quem nunca entrou na sua loja para comprar fosse lá o que fosse? Naquel...

Ivon Défayes: partiu um bom gigante.

  Ivon Défayes: um bom gigante!  Conheci-o em finais dos anos oitenta. Alto e espadaúdo. Suíço de gema. Do cantão do Valais. De Leytron.  Professor de profissão, Ivon Défayes era meigo, afável e dado. Deixava sempre à entrada da porta qualquer laivo de superioridade ou de arrogância e gostava de interagir, de comunicar. Gostava de uma boa conversa sobre Portugal e sobre a terra que o recebeu de braços abertos, a pitoresca aldeia do Tojal, que ele adotara também como sua pela união com a Ana. Ivon Défayes era genuinamente bom, um verdadeiro cidadão do mundo, da globalidade, mas sempre um intransigente cultor do respeito pela biodiversidade, pelo ambiente, pelas idiossincrasias locais, que ele pensava e respeitava no seu mais ínfimo pormenor. Bem me lembro, aliás, das especificidades sobre os sons da noite que ele escrutinava, vindos da floresta, da mata dos Penedinhos Brancos – das aves, dos batráquios e dos insetos – em algumas noites de verão, junto ao rio Sátão. B...