Avançar para o conteúdo principal

Helena Rebelo representou o Grupo Parlamentar do PS no dia internacional do Enfermeiro

No Dia Internacional do Enfermeiro, 12 de Maio, a Deputada Helena Rebelo participou em representação do grupo parlamentar do Partido Socialista, numa iniciativa do Departamento de Enfermagem da Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Setúbal. Em debate o lema que este ano o Conselho Internacional de Enfermeiros escolheu: “Combater a Desigualdade em Saúde: Aumentar o Acesso e a Equidade”
Dirigido a enfermeiros, estudantes de enfermagem, docentes e população em geral, o encontro teve grande adesão. Num momento em que a discussão se centra na falta de médicos, a Ministra da Saúde, Ana Jorge, em entrevista recente, referiu que é necessária uma alteração do modelo de prestação de cuidados dizendo “Hoje a saúde não se faz só com médicos, a prestação, prevenção e acompanhamento de doentes crónicos, faz-se com equipas multiprofissionais – o que aumenta a capacidade de resposta e diminui a necessidade de consulta médica”.
Na sua intervenção a Deputada Helena Rebelo fez uma breve abordagem histórica do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e a necessidade da sua manutenção, recordando os princípios consignados na Constituição da República Portuguesa, no artigo 64º e que no ponto um diz que,” Todos têm direito à protecção da saúde e o dever de a defender e promover” e no ponto dois, que “O direito à protecção da saúde é realizado através de um Serviço Nacional de Saúde Universal, Geral e tendo em conta as condições económicas e sociais dos cidadãos, tendencialmente gratuito”.
O SNS, criado em 1979, através da Lei nº 56, pelo então Ministro dos Assuntos Sociais, António Arnaut, contempla no seu artigo 4º que: “O acesso ao SNS, é garantido a todos os cidadãos, independentemente da sua condição económica ou social”.
Sendo o SNS um serviço público de reconhecida qualidade e um instrumento de justiça e coesão social é imperiosa a necessidade de o mantermos, como garante da acessibilidade e equidade. Com base nestes pressupostos a acção do governo socialista tem-se empenhado em garantir a sua sustentabilidade financeira, quer através do combate ao desperdício, quer através da reorganização e modernização dos serviços, melhor aproveitamento das capacidades instaladas e políticas que promovem o uso racional de medicamentos, nomeadamente o aumento significativo da quota de mercado dos medicamentos genéricos que passou de 8% em 2004, para 20% em 2010. Medidas que promovem uma gestão mais rigorosa dos recursos e assim a eficiência, mantendo a qualidade dos serviços.
O envelhecimento populacional com as subsequentes multipatologias, o aumento das doenças crónicas e o elevado ritmo na inovação tecnológica (medicamentos e equipamentos), exigem uma criteriosa gestão dos recursos, sendo a inovação responsável pelo aumento da despesa em mais de 50%.
Citando a Ministra da Saúde “A despesa em Saúde representa, antes de mais, um investimento no bem-estar dos cidadãos”. Indicadores como a Taxa de Mortalidade Infantil de 3,3 e o aumento da Esperança Média de Vida à Nascença, actualmente de 75 Anos - Homens e 81 Anos - Mulheres, que nos colocam entre os melhores do mundo, são demonstrativos dos bons resultados deste investimento.

Mensagens populares deste blogue

Sermos David e Rafael, acalma-nos? Não, mas ampara-nos e torna-nos mais humanos!

  As palavras, essas, estão todas ditas. Todas. Mas continua a faltar-nos, a faltar-me, a compreensão. Uma explicação que seja. Só uma, para tão cruel desenlace. Da antiguidade até ao agora, o que é que ainda não foi dito? O que é que falta dizer? Nada e tudo. E aqui continuamos, longe, muito distantes, de encontrar a chave que nos abra a porta deste paradoxo. Bem sei que, quiçá, essa procura é uma impossibilidade. Que não existe qualquer via de acesso aos insondáveis desígnios. Da vida e da morte. Dos tempos de viver e de morrer. Não existe. E quando esses intentos acontecem em idades prematuras? Em idades temporãs? Tenras? Quando os olhos brilham? Quando os sonhos semeados estão a germinar? Aí, tudo colapsa. É a revolta. É o caos. Sermos David e Rafael, nestes tempos cruéis, não nos acalma. Sermos comunidade, não nos sossega. Partilharmos a dor da família, não nos apazigua. Sermos solidários, não nos aquieta. Bem sei que não. Mas, sejamos tudo isso, pois ainda é o q...

JANEIRA: A FAMA QUE VEM DE LONGE!

Agostinho Oliveira, António Oliveira, Agostinho Oliveira. Avô, filho, neto. Três gerações com um mesmo denominador: negócios, empreendedorismo. Avelal, esse, é o lugar da casa comum. O avô, Agostinho Oliveira, conheci-o há mais de meio século, início dos anos 70. Sempre bonacheirão e com uma palavra bem-disposta para todos quantos se lhe dirigiam. Clientes ou meros observadores. Fosse quem fosse. Até para os miúdos, como era o meu caso, ele tinha sempre uma graçola para dizer. Vendia sementes de nabo que levava em sacos de pano para a feira. Para os medir, utilizava umas pequenas caixas cúbicas de madeira. Fossem temporões ou serôdios, sementes de nabo era com ele! Na feira de Aguiar da Beira, montava a sua bancada, que não ocupava mais de um metro quadrado, mesmo ao lado dos relógios, anéis e cordões de ouro do senhor Pereirinha, e com o cruzeiro dos centenários à ilharga. O pai, António Oliveira, conheci-o mais tardiamente. Já nos meus tempos de adolescência, depois da revolu...

Ivon Défayes: partiu um bom gigante.

  Ivon Défayes: um bom gigante!  Conheci-o em finais dos anos oitenta. Alto e espadaúdo. Suíço de gema. Do cantão do Valais. De Leytron.  Professor de profissão, Ivon Défayes era meigo, afável e dado. Deixava sempre à entrada da porta qualquer laivo de superioridade ou de arrogância e gostava de interagir, de comunicar. Gostava de uma boa conversa sobre Portugal e sobre a terra que o recebeu de braços abertos, a pitoresca aldeia do Tojal, que ele adotara também como sua pela união com a Ana. Ivon Défayes era genuinamente bom, um verdadeiro cidadão do mundo, da globalidade, mas sempre um intransigente cultor do respeito pela biodiversidade, pelo ambiente, pelas idiossincrasias locais, que ele pensava e respeitava no seu mais ínfimo pormenor. Bem me lembro, aliás, das especificidades sobre os sons da noite que ele escrutinava, vindos da floresta, da mata dos Penedinhos Brancos – das aves, dos batráquios e dos insetos – em algumas noites de verão, junto ao rio Sátão. B...