Avançar para o conteúdo principal

UCC de Vila Nova de Paiva e de Sernancelhe continuam fechadas

As Unidades de Cuidados Continuados (UCC) de Sernancelhe e Vila Nova de Paiva vão continuar fechadas. As UCC têm estado a ser contactadas pelo Ministério da Saúde mas os deputados socialistas, eleitos pelo distrito, garantem que a abertura destas infraestruturas, destinadas a acolher doentes com recuperações prolongadas, vão continuar fechadas. José Junqueiro conta que os deputados do PS contactaram com o Ministério de Paulo Macedo sobre a abertura daquelas unidades “mas não obtivemos qualquer resposta pelo que deduzimos que as mesmas vão permanecer fechadas, apesar de estarem prontas a funcionar”. O presidente da Associação de Solidariedade Social do Alto Paiva confirma que a UCC “está pronta a funcionar, deduzimos que seja aberta em 2014 porque temos mantido contacto com a Administração Regional de Saúde, mas não temos ordem de abertura”. Carlos Ferreira adianta que a ASSAP “está a ter prejuízos porque temos que ir ligando os equipamentos, para se manterem funcionais, e temos gastos mas não somos ressarcidos por isso”. O deputado do PS lamenta que “equipamentos novos, prontos a servir as respetivas comunidades desde 2013, continuem sem qualquer utilização e riscos objetivos de deterioração”. No contato com o Ministério da Saúde os deputados socialistas manifestam confiança na criação de uma unidade de radioterapia no Centro Hospitalar Tondela Viseu. “Percebemos o compromisso assumido de dotar Viseu, dentro do conceito de centro oncológico, de uma unidade de radioterapia. Afirmou o governo, ter já conversado sobre o assunto com o presidente da câmara e, ainda que muito a custo, sempre a pensar nos HUC, disse estar a procurar parceiros para o efeito e uma solução para o edifício”. Junqueiro acredita que esta declaração será “um compromisso de honra que, a ser cumprido, será uma mais-valia para Viseu e a região, podendo transmitir a um universo de mais de 300 mil pessoas uma nova esperança”, nos cuidados oncológicos.
in. Correio Beirão (www.correiobeirao.pt)

Mensagens populares deste blogue

Sermos David e Rafael, acalma-nos? Não, mas ampara-nos e torna-nos mais humanos!

  As palavras, essas, estão todas ditas. Todas. Mas continua a faltar-nos, a faltar-me, a compreensão. Uma explicação que seja. Só uma, para tão cruel desenlace. Da antiguidade até ao agora, o que é que ainda não foi dito? O que é que falta dizer? Nada e tudo. E aqui continuamos, longe, muito distantes, de encontrar a chave que nos abra a porta deste paradoxo. Bem sei que, quiçá, essa procura é uma impossibilidade. Que não existe qualquer via de acesso aos insondáveis desígnios. Da vida e da morte. Dos tempos de viver e de morrer. Não existe. E quando esses intentos acontecem em idades prematuras? Em idades temporãs? Tenras? Quando os olhos brilham? Quando os sonhos semeados estão a germinar? Aí, tudo colapsa. É a revolta. É o caos. Sermos David e Rafael, nestes tempos cruéis, não nos acalma. Sermos comunidade, não nos sossega. Partilharmos a dor da família, não nos apazigua. Sermos solidários, não nos aquieta. Bem sei que não. Mas, sejamos tudo isso, pois ainda é o q...

Frontal, genuíno, prestável: era assim o António Figueiredo Pina!

  Conheci-o no final dos anos 70. Trabalhava numa loja comercial, onde se vendia de tudo um pouco. Numa loja localizada na rua principal de Sátão, nas imediações do Foto Bela e do Café Sátão. Ali bem ao lado da barbearia, por Garret conhecida, e em frente da Papelaria Jota. Depois, ainda na rua principal, deslocou-se para o cruzamento de Rio de Moinhos, onde prosseguiu a sua atividade e onde se consolidou como comerciante de referência. Onde lançou e desenvolveu a marca que era conhecida em todo o concelho, a Casa Pina, recheando a sua loja de uma multiplicidade de ferramentas, tintas e artefactos. Sim, falo do António Figueiredo Pina. Do Pinita, como era tratado por tantos amigos e com quem estive, há cerca de um mês e meio, em sua casa. Conheceu-me e eu senti-me reconfortado, conforto que, naquele momento, creio que foi recíproco. - És o Acácio - disse, olhando-me nos olhos. Olhar que gravei e que guardo! Quem nunca entrou na sua loja para comprar fosse lá o que fosse? Naquel...

Ivon Défayes: partiu um bom gigante.

  Ivon Défayes: um bom gigante!  Conheci-o em finais dos anos oitenta. Alto e espadaúdo. Suíço de gema. Do cantão do Valais. De Leytron.  Professor de profissão, Ivon Défayes era meigo, afável e dado. Deixava sempre à entrada da porta qualquer laivo de superioridade ou de arrogância e gostava de interagir, de comunicar. Gostava de uma boa conversa sobre Portugal e sobre a terra que o recebeu de braços abertos, a pitoresca aldeia do Tojal, que ele adotara também como sua pela união com a Ana. Ivon Défayes era genuinamente bom, um verdadeiro cidadão do mundo, da globalidade, mas sempre um intransigente cultor do respeito pela biodiversidade, pelo ambiente, pelas idiossincrasias locais, que ele pensava e respeitava no seu mais ínfimo pormenor. Bem me lembro, aliás, das especificidades sobre os sons da noite que ele escrutinava, vindos da floresta, da mata dos Penedinhos Brancos – das aves, dos batráquios e dos insetos – em algumas noites de verão, junto ao rio Sátão. B...