Os deputados, José Junqueiro e Acácio Pinto, e a presidente da Concelhia do
PS, também deputada municipal, Adelaide Modesto, realizaram uma visita às
urgências do Hospital Central em Viseu que incluiu, no final, uma reunião de
trabalho com o Conselho de Administração.
Esta atividade inseriu-se no programa nacional definido por
António José Seguro para esta segunda-feira "Em Defesa do Serviço Nacional
de Saúde" (SNS). Nesta oportunidade, os deputados
agradecem a simpatia e colaboração do conselho de administração na pessoa do
seu presidente, Carlos Ermida.
A excelência profissional reconhecida a todos os que
trabalham neste hospital é uma mais-valia inelutável para o reconhecimento
público do bom desempenho que tem sido registado na última década.
Os problemas escrutinados reportam-se a uma excessiva
afluência dos utentes às urgências. São cerca de 160 mil por ano, cerca de 400
por dia, com picos de 800 em momentos críticos como o atual. O espaço de
atendimento é exíguo e os 800 m2 disponíveis precisam de ser, com urgência,
substancialmente aumentados, como acontece com hospitais da região, que têm uma
área de 3 mil m2.
Pese embora os casos mais graves terem uma resposta rápida e
adequada, o que é facto é que esta confluência excessiva de utentes representa
um constrangimento para os utentes.
A reorganização dos cuidados primários poderia contribuir
para uma redução efetiva desta afluência, porém estamos confrontados com um
efetivo desinvestimento, pelo governo, neste domínio. Refira-se, aliás, que as
USF (unidades de saúde familiar), criadas pelos governos do PS, desenvolvem uma
resposta mais adequada e contribuem para moderar o recurso às urgências.
As UCC (Unidades de Cuidados Continuados), criadas e
apoiadas pelos governos anteriores do
PS, precisam de uma reorientação estratégica no sentido de mais oportunidades
para a convalescença. Lamenta-se que as UCC de Vila Nova de Paiva e
Sernancelhe, prontas há muito tempo, ainda se encontrem encerradas por
desinvestimento do governo.
A falta de recursos humanos na urologia, na ortopedia e
neurocirurgia coloca dificuldades nestas especialidades. Note-se que nesta
última, o problema não está na abertura de vagas, mas no não preenchimento das
mesmas, facto que, sob o ponto de vista dos deputados, exige uma intervenção
estratégica da tutela.
A radioterapia assume-se como uma prioridade estruturante
para a definição e calendarização do Centro Oncológico (assunto que o governo
anterior já tinha assumido para Viseu). Acresce dizer, a este respeito, que
estudos técnicos, já do domínio público, apontam Viseu como centro estratégico
para a localização deste equipamento. Esta matéria tem sido acompanhada, desde
o início, pelos deputados do PS e fez
parte dos diversos programas eleitorais socialistas.
A necessidade de fazer substituir equipamentos, com muitos
anos de uso, por outros, novos e tecnologicamente mais evoluídos, exige
disponibilidade para investimento. Não é possível continuar a dar respostas,
cada vez mais eficazes, sem ter em conta o acesso à inovação.
As mais-valias do hospital central, segundo o CA, são
visíveis no aumento de cirurgias (+35%), baixando as listas de espera (-44%),
bem como o tempo médio de resposta que caiu de 6,9 para 1,9 meses. Os doentes
que não tinham resposta cirúrgica interna e eram enviados para o privado
diminui de 1038 em 2011 para 61 em 2013.
O ambulatório no hospital de Tondela, o outro elemento estruturante do centro
hospitalar, já atinge 60% da atividade cirúrgica e tem capacidades instaladas
para aumento de consultas diversificadas e dos serviços de fisioterapia que já
exerce em condições adequadas.
No final, conjuntamente com os vereadores João Paulo
Rebelo e Rosa Monteiro, foram feitas declarações à comunicação social. Os
deputados convidaram o presidente do CA para participar neste balanço. A
deputada Elza Pais encontrava-se em Moimenta da Beira numa ação do Parlamento
Jovem, mas ainda chegou em tempo útil para a reunião de balanço final feita com
os colegas.