Avançar para o conteúdo principal

Pergunta ao governo sobre acessibilidades ao concelho de São João da Pesqueira

«Ex. ma Sr.ª Presidente da Assembleia da República:
No âmbito do programa “Parlamento dos jovens” desloquei-me no dia 13 de janeiro ao Agrupamento de escolas deSão João da Pesqueira, para uma sessão com os alunos do ensino básico e secundário.
Como se sabe, o concelho de São da Pesqueira pertence ao distrito de Viseu, situa-se no coração do douro, uma região ímpar em termos paisagísticos, com uma economia centrada na agricultura, onde pontifica a produção de vinho, azeite, amêndoa e integra um território que a UNESCO classificou como património mundial da humanidade.
Nessa sessão, que decorreu no auditório municipal, estiveram presentes, para além de cerca de cem alunos, a diretora da escola e os professores responsáveis pelo projeto, bem como o presidente da câmara municipal de São João da Pesqueira.
No âmbito da apresentação efetuada eda contextualização das funções da assembleia da república surgiu no debate a questão das más acessibilidades no concelho, nomeadamente as relativas à EN 229 (entre Vilarouco e Penedono), à EN 222-3 (entre S.J.Pesqueira e Ferradosa) e à EN 222 (entre Bateira e São João da Pesqueira).
Para além disso foi ainda levantada a questão da nova ligação entreSão João da Pesqueira – Tabuaço – Armamar - A24 (nó de Valdigem), uma nova via, estruturante para os concelhos envolvidos e para a região, há muito ansiada por todos.
Importa aqui referir que esta éuma temática que há muito vem preocupando os deputados do PS eleitos pelo distrito de Viseu que, já na legislatura anterior, colocaram duas perguntas sobre a EN 222 (Pergunta nº73/XI/2 de 17.09.2010 – Reparação da EN 222, troço Bateiras- SJPesqueira; Pergunta nº 2208/XI/1 de 31.03.2010 – Reparação da EN 222) e já nesta legislatura colocaram a pergunta 1915/XII/2 de 25.04.2013 – Ligação do nó de Valdigem (A24) / Armamar / Tabuaço / SJPesqueira (anexa-se esta última pergunta e respetiva resposta do governo por ser desta legislatura).
Ora, face ao que precede e atendendo a que a situação das vias nacionais referidas continua por resolver, com as estradas em muito mau estado de circulação e que ainda nada se conhece, de concreto,sobre a nova ligação à A24, o deputado signatário vem, nos termos constitucionais e regimentais, através de vossa excelência, senhora presidente, solicitar ao ministro da economia os seguintes esclarecimentos:
1. O governo tem previstas intervenções de requalificação dos troços das estradas nacionais supra referenciadas – EN 229 (Vilarouco-Penedono), EN 222 (Bateiras-SJPesqueira) e EN 222-3 (SJPesqueira-Ferradosa)?
1.1. Em caso afirmativo, quais são os cronogramas de execução destas obras que em muito estão a prejudicar a circulação de pessoas e bens e a revelar-se prejudiciais ao tecido económico e empresarial local?
2. A execução da nova ligação entre São João da Pesqueira – Tabuaço – Armamar – A24 está incluída em algum plano de "obras de proximidade" do governo?
2.1. Em caso afirmativo qual éo cronograma de desenvolvimento e execução desta nova via?
Palácio de São Bento, quinta-feira, 16 de Janeiro de 2014
Deputado(a)s
ACÁCIO PINTO (PS)»

Mensagens populares deste blogue

Sermos David e Rafael, acalma-nos? Não, mas ampara-nos e torna-nos mais humanos!

  As palavras, essas, estão todas ditas. Todas. Mas continua a faltar-nos, a faltar-me, a compreensão. Uma explicação que seja. Só uma, para tão cruel desenlace. Da antiguidade até ao agora, o que é que ainda não foi dito? O que é que falta dizer? Nada e tudo. E aqui continuamos, longe, muito distantes, de encontrar a chave que nos abra a porta deste paradoxo. Bem sei que, quiçá, essa procura é uma impossibilidade. Que não existe qualquer via de acesso aos insondáveis desígnios. Da vida e da morte. Dos tempos de viver e de morrer. Não existe. E quando esses intentos acontecem em idades prematuras? Em idades temporãs? Tenras? Quando os olhos brilham? Quando os sonhos semeados estão a germinar? Aí, tudo colapsa. É a revolta. É o caos. Sermos David e Rafael, nestes tempos cruéis, não nos acalma. Sermos comunidade, não nos sossega. Partilharmos a dor da família, não nos apazigua. Sermos solidários, não nos aquieta. Bem sei que não. Mas, sejamos tudo isso, pois ainda é o q...

Frontal, genuíno, prestável: era assim o António Figueiredo Pina!

  Conheci-o no final dos anos 70. Trabalhava numa loja comercial, onde se vendia de tudo um pouco. Numa loja localizada na rua principal de Sátão, nas imediações do Foto Bela e do Café Sátão. Ali bem ao lado da barbearia, por Garret conhecida, e em frente da Papelaria Jota. Depois, ainda na rua principal, deslocou-se para o cruzamento de Rio de Moinhos, onde prosseguiu a sua atividade e onde se consolidou como comerciante de referência. Onde lançou e desenvolveu a marca que era conhecida em todo o concelho, a Casa Pina, recheando a sua loja de uma multiplicidade de ferramentas, tintas e artefactos. Sim, falo do António Figueiredo Pina. Do Pinita, como era tratado por tantos amigos e com quem estive, há cerca de um mês e meio, em sua casa. Conheceu-me e eu senti-me reconfortado, conforto que, naquele momento, creio que foi recíproco. - És o Acácio - disse, olhando-me nos olhos. Olhar que gravei e que guardo! Quem nunca entrou na sua loja para comprar fosse lá o que fosse? Naquel...

Ivon Défayes: partiu um bom gigante.

  Ivon Défayes: um bom gigante!  Conheci-o em finais dos anos oitenta. Alto e espadaúdo. Suíço de gema. Do cantão do Valais. De Leytron.  Professor de profissão, Ivon Défayes era meigo, afável e dado. Deixava sempre à entrada da porta qualquer laivo de superioridade ou de arrogância e gostava de interagir, de comunicar. Gostava de uma boa conversa sobre Portugal e sobre a terra que o recebeu de braços abertos, a pitoresca aldeia do Tojal, que ele adotara também como sua pela união com a Ana. Ivon Défayes era genuinamente bom, um verdadeiro cidadão do mundo, da globalidade, mas sempre um intransigente cultor do respeito pela biodiversidade, pelo ambiente, pelas idiossincrasias locais, que ele pensava e respeitava no seu mais ínfimo pormenor. Bem me lembro, aliás, das especificidades sobre os sons da noite que ele escrutinava, vindos da floresta, da mata dos Penedinhos Brancos – das aves, dos batráquios e dos insetos – em algumas noites de verão, junto ao rio Sátão. B...