Se há uma marca distintiva destes quase três anos de Nuno Crato na educação ela é a de uma marcada opção ideológica de ataque ao serviço nacional de educação e à escola pública. Com este governo, a escola pública tornou-se elitista, tornou-se menos inclusiva e reprodutora das desigualdades sociais, na linha do “back to basics”. Estamos a assistir, aliás, a uma deriva neoliberal em torno da privatização da educação e do cheque ensino, em nome de uma liberdade de escolha que o não é. Se alguma liberdade, esta opção, encerra é a das escolas escolherem os seus alunos e nunca o inverso. No ensino básico e secundário aumentou-se o número de alunos por turma, estreitou-se o currículo, assistimos a cortes inadmissíveis nos recursos para a educação especial, efetuaram-se alterações dos programas e definiram-se metas curriculares em completo contraciclo. O PISA, entre outros estudos internacionais, demonstraram e demonstram que estávamos no bom caminho e que se de alguma coisa precisáva...
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