Avançar para o conteúdo principal

PS questiona Governo sobre estratégia ferroviária para Centro do país

Foto: Rua Direita
LUSA - 2014.11.04 - Os deputados socialistas José Junqueiro, Elza Pais, Acácio Pinto e Ana Paula Vitorino solicitaram hoje ao Governo que esclareça concretamente que estratégia tem definida para a região Centro do país em matéria de ferrovia.
Num requerimento endereçado ao ministro da Economia, Pires de Lima, os deputados socialistas perguntam que conceito está definido para o "ramal de Viseu" e se será construído o corredor Aveiro-Salamanca.
Pretendem ainda saber se o Governo vai ou não intervir na requalificação na linha da Beira Alta.
"Vai ou não existir uma estação ferroviária em Viseu? A existir, estará ligada a que corredor ferroviário?", questionam também.
No pedido de esclarecimentos ao Governo, os quatro deputados socialistas solicitam ainda ser informados "em que rubrica e em que documento se encontra consignada a verba necessária".
José Junqueiro, Elza Pais, Acácio Pinto e Ana Paula Vitorino acreditam que está, mais uma vez, lançada publicamente uma enorme confusão sobre a matéria da ferrovia.
"Fala o Governo no ‘ramal de Viseu’, mas nada refere quanto ao corredor ferroviário Aveiro-Viseu-Salamanca, nem tão pouco, em matéria de requalificação, à linha da Beira Alta", apontam.
Aludem ainda à "Plataforma da A25" - constituída pelos autarcas PSD de Guarda, Viseu e Aveiro - que "fez anunciar que tinha consensualizado uma solução para o país, nomeadamente para as regiões centro-norte: um corredor ferroviário de raiz, em linha com a opinião do Governo anterior".
No entanto, "em paralelo, este Governo, falou em 1.500 milhões de euros para aplicar neste projeto da ferrovia, mas não se consegue ver definido, em concreto, em nenhum quadro oficial, esta verba".
"As dúvidas atingem os agentes económicos, nomeadamente o Conselho Empresarial do Centro", concluem.

CMM // SSS

Mensagens populares deste blogue

Sermos David e Rafael, acalma-nos? Não, mas ampara-nos e torna-nos mais humanos!

  As palavras, essas, estão todas ditas. Todas. Mas continua a faltar-nos, a faltar-me, a compreensão. Uma explicação que seja. Só uma, para tão cruel desenlace. Da antiguidade até ao agora, o que é que ainda não foi dito? O que é que falta dizer? Nada e tudo. E aqui continuamos, longe, muito distantes, de encontrar a chave que nos abra a porta deste paradoxo. Bem sei que, quiçá, essa procura é uma impossibilidade. Que não existe qualquer via de acesso aos insondáveis desígnios. Da vida e da morte. Dos tempos de viver e de morrer. Não existe. E quando esses intentos acontecem em idades prematuras? Em idades temporãs? Tenras? Quando os olhos brilham? Quando os sonhos semeados estão a germinar? Aí, tudo colapsa. É a revolta. É o caos. Sermos David e Rafael, nestes tempos cruéis, não nos acalma. Sermos comunidade, não nos sossega. Partilharmos a dor da família, não nos apazigua. Sermos solidários, não nos aquieta. Bem sei que não. Mas, sejamos tudo isso, pois ainda é o q...

Frontal, genuíno, prestável: era assim o António Figueiredo Pina!

  Conheci-o no final dos anos 70. Trabalhava numa loja comercial, onde se vendia de tudo um pouco. Numa loja localizada na rua principal de Sátão, nas imediações do Foto Bela e do Café Sátão. Ali bem ao lado da barbearia, por Garret conhecida, e em frente da Papelaria Jota. Depois, ainda na rua principal, deslocou-se para o cruzamento de Rio de Moinhos, onde prosseguiu a sua atividade e onde se consolidou como comerciante de referência. Onde lançou e desenvolveu a marca que era conhecida em todo o concelho, a Casa Pina, recheando a sua loja de uma multiplicidade de ferramentas, tintas e artefactos. Sim, falo do António Figueiredo Pina. Do Pinita, como era tratado por tantos amigos e com quem estive, há cerca de um mês e meio, em sua casa. Conheceu-me e eu senti-me reconfortado, conforto que, naquele momento, creio que foi recíproco. - És o Acácio - disse, olhando-me nos olhos. Olhar que gravei e que guardo! Quem nunca entrou na sua loja para comprar fosse lá o que fosse? Naquel...

Ivon Défayes: partiu um bom gigante.

  Ivon Défayes: um bom gigante!  Conheci-o em finais dos anos oitenta. Alto e espadaúdo. Suíço de gema. Do cantão do Valais. De Leytron.  Professor de profissão, Ivon Défayes era meigo, afável e dado. Deixava sempre à entrada da porta qualquer laivo de superioridade ou de arrogância e gostava de interagir, de comunicar. Gostava de uma boa conversa sobre Portugal e sobre a terra que o recebeu de braços abertos, a pitoresca aldeia do Tojal, que ele adotara também como sua pela união com a Ana. Ivon Défayes era genuinamente bom, um verdadeiro cidadão do mundo, da globalidade, mas sempre um intransigente cultor do respeito pela biodiversidade, pelo ambiente, pelas idiossincrasias locais, que ele pensava e respeitava no seu mais ínfimo pormenor. Bem me lembro, aliás, das especificidades sobre os sons da noite que ele escrutinava, vindos da floresta, da mata dos Penedinhos Brancos – das aves, dos batráquios e dos insetos – em algumas noites de verão, junto ao rio Sátão. B...