O cabeça de lista do PS às eleições europeias de 25 de maio, Francisco Assis, esteve no distrito de Viseu, no primeiro dia de campanha eleitoral, acompanhado por José Junqueiro, também candidato nestas eleições ao parlamento europeu.
O dia começou em Lamego com uma visita ás caves da Raposeira seguido de um almoço, muito participado, num restaurante local, onde no final intervieram Manuel Ferreira, presidente da concelhia, João Azevedo, presidente da federação, José Junqueiro, candidato ao PE e, a encerrar, o cabeça de lista Francisco Assis.
A caravana rumou logo de seguida para Resende onde visitou a Cermouros, empresa de comercialização de cerejas, e de seguida Francisco Assis foi recebido no salão nobre da câmara municipal de Resende, completamente cheio, onde intervieram Manuel Trindade, presidente da câmara, António Borges, presidente da assembleia municipal e Francisco Assis.
São Pedro do Sul foi a próxima paragem para uma visita aos balneários rainha dona Amélia, dom Afonso Henriques e também às ruínas do antigo balneário e ao hotel Inatel palace, em que o presidente da câmara, Vítor Figueiredo, vereadores e muitos socialistas quiseram marcar presença e manifestar à caravana a sua vontade de mudança.
Logo após foi Nelas a receber a caravana socialista com forte entusiasmo e com o auditório municipal a encher com socialistas e apoiantes da candidatura da mudança. Usaram da palavra João Azevedo, José Junqueiro, Borges da Silva, presidente da câmara e Francisco Assis.
O dia encerrou com uma sessão comício que se realizou no auditório do IPV (instituto politécnico de Viseu), a abarrotar. Aqui juntou-se a Francisco Assis o presidente da câmara municipal de Sintra, Basílio Horta, para intervir na sessão onde fez uma crítica contundente à governação de direita.
Para além de Basílio Horta intervieram em Viseu João Azevedo, José Junqueiro e Francisco Assis.
Deixo três notícias da lusa a propósito das intervenções de Assis, de Basílio e de Junqueiro no distrito de Viseu:
LUSA (12 maio) [sobre Francisco Assis]:
O cabeça
de lista do PS ao Parlamento Europeu disse hoje estar "cada vez mais
convencido" de uma vitória clara nas europeias contra a coligação de
direita que tem pautado a sua atuação por "muita propaganda, mentira e
mistificação".
"Vamos
ganhar. Estou cada vez mais confiante e convencido disso. E não sou dado a
excessos (…). Mas estou cada vez mais convencido que vamos ter uma vitória
clara nestas eleições europeias, que com isso talvez contribuamos já para mudar
a Europa, mas contribuiremos decerto para começar a mudar já o nosso
país", disse Assis num comício em Viseu, no final do primeiro dia oficial
da campanha.
Portugal,
declarou o socialista, "está cansado" da "linha de orientação
política" de um Governo "extremista e radical" que motiva
habituais votantes em PSD e CDS a procurar outros partidos onde votar, disse
Assis, exemplificando com um popular com quem contactou esta tarde.
"Ainda
há felizmente, em Portugal e na Europa, uma direita que tem uma noção da
decência relativamente próxima da nossa", reconheceu o candidato
socialista.
O
‘número um’ do PS ao Parlamento Europeu alertou ainda o lotado auditório do
Instituto Politécnico de Viseu para "uma das ideias mais perigosas"
que PSD e CDS-PP "querem colocar na sociedade", a "demonização
do investimento público”.
"Quando
falam em empreendedorismo (…) falam parecendo ignorar que por detrás de
qualquer empreendedor tem de estar um bom sistema de ensino, um bom sistema de
ensino superior, um bom sistema de investigação científica, um conjunto de
infraestruturas fundamentais", alertou.
Paulo
Rangel, cabeça de lista da coligação de direita, quer "apagar de um
momento para o outro" com um "labelo demagógico de despesismo"
todas as infraestruturas e condições criadas para a investigação e
desenvolvimento, disse ainda Francisco Assis.
"Essa
ideia do despesismo é das ideias mais perigosas que se está a querer colocar na
sociedade portuguesa. Quando falam em despesismo querem por em causa toda e
qualquer intervenção do Estado, toda e qualquer intervenção pública",
sublinhou o candidato a o hemiciclo europeu.
O
socialista reiterou também críticas a PCP e BE, que, acusa, gastam demasiado
tempo a atacar o PS e deviam centrar as suas atenções no executivo liderado por
Pedro Passos Coelho.
"É
politicamente falso e eticamente indigno propagandear a ideia que não há
diferença entre o PS e este Governo", sustentou.
Numa
intervenção de cerca de 30 minutos, Assis falou da necessidade de,
posteriormente ao sufrágio para o Parlamento Europeu, a Comissão Europeia ficar
nas mãos de Martin Schulz, situação que "só por si vai induzir grandes
mudanças políticas no espaço europeu".
Na
Europa, Portugal não pode ser "subserviente, quieto e calado" e
"incapaz de defender os seus interesses e projetar a sua visão",
lembrou Francisco Assis, que pediu também um "verdadeiro sobressalto
democrático" no espaço europeu.
LUSA (12 maio) [sobre Basílio Horta]:
O presidente
da Câmara de Sintra defendeu hoje que o PS não pode ter uma vitória qualquer
nas europeias, porque esse triunfo tem de significar o primeiro dia da vitória
de 2015 e um "basta" deste Governo.
Basílio
Horta falava no comício da campanha europeia do PS em Viseu, num discurso em
que criticou a política de privatizações do Governo e condenou as consequências
políticas resultantes da linha da chanceler germânica, Angela Merkel.
"Temos
de lutar em nome de todos aqueles que querem um Portugal mais justo, com
equidade, com decência, onde as pessoas tenham paz de consciência (mesmo os
ricos). O dia 25 de maio é o primeiro dia da vitória de 2015 [legislativas] e
não pode ser uma vitória qualquer, tem de ser uma vitória onde o povo português
diga chega, basta", declarou Basílio Horta a terminar o seu discurso,
perante uma prolongada salva de palmas.
Falando
antes do cabeça de lista socialista, Francisco Assis, e antes dos dirigentes do
PS José Junqueiro e João Azevedo, o ex-presidente da AICEP (Agência de Investimento
para o Comércio Externo de Portugal) atacou duramente a política de
privatizações do atual Governo e a "debilidade" do poder do Estado na
economia portuguesa.
"Qual
é a empresa nacional grande que hoje temos em Portugal? O que é feito da PT
integrada na Oi, o que é feito da EDP comprada pelos chineses, o que é feito da
Cimpor comprada pelos brasileiros? E não falei da REN ou da Galp, mas podemos
multiplicar os exemplos. Onde está hoje a bandeira nacional a flutuar nas
fábricas?", questionou o antigo deputado do CDS e do PS.
Neste
contexto, Basílio Horta deixou uma nova série de perguntas sobre as
consequências sociais da política do Governo: "Que papel pode ter hoje o
Estado na economia, quando privatizou cegamente os seus maiores ativos
estratégicos? Será este o Estado que os portugueses querem?",
interrogou-se, antes de manifestar a convicção de que os portugueses
"querem um Estado que se paute por princípios de humanidade e de
justiça".
Na
perspetiva do presidente da Câmara de Sintra, os portugueses rejeitam "uma
sociedade em que os pobres são cada vez mais pobres e os ricos são cada vez
mais ricos". "Cortam-se pensões de mil euros a reformados - e as
empresas que pagam impostos na Holanda ou nas Bahamas, e aqueles que têm
milhões de lucro, que sacrifícios são-lhes pedidos? Vivem com a consciência
tranquila? Podemos dizer que há paz em Portugal? A paz não é só a ausência de
conflitos na rua, é sobretudo a paz nas consciências", rematou, num
discurso com uma forte carga democrata-cristã.
Basílio
Horta considerou depois uma "mistificação" dizer-se que Portugal teve
uma saída limpa do programa de ajustamento, deixando neste ponto, novamente, um
conjunto de questões.
"Mas
estamos a sair do programa à custa de quem e estamos a sair para onde? Estamos
a sair para o desenvolvimento ou para a continuação da pobreza e para a
continuação do aumento dos impostos? Se o Tribunal Constitucional exercer a sua
função, nós é que vamos pagar com mais impostos?", perguntou, usando um
tom de discurso inflamado.
Antes,
José Junqueiro tinha criticado indiretamente Cavaco Silva quando fez o elogio
de Basílio Horta, que não foi recentemente condecorado pelo atual chefe de
Estado, ao contrário do que aconteceu com o seu sucessor na AICEP Pedro Reis.
"Não
sendo eu Presidente da República, quero agradecer-lhe por tudo aquilo que fez
pelo país", declarou o vice-presidente da bancada socialista, dirigindo-se
a Basílio Horta.
LUSA (12 de maio) [sobre José Junqueiro]:
LUSA (12 de maio) [sobre José Junqueiro]:
O
dirigente socialista José Junqueiro afirmou hoje que 25 de maio será o dia da
libertação da maioria de direita e comparou o Conselho de Ministros extraordinário
de sábado a uma novela chamada "Casa dos enganos".
José
Junqueiro, candidato em 13.º lugar na lista europeia socialista, falava numa
sessão pública da campanha do PS em Nelas, antes da intervenção do cabeça de
lista Francisco Assis.
"Aqueles
que não puderam assistir às cerimónias dos 40 anos do 25 de Abril têm agora uma
nova oportunidade de o celebrar no dia 25 de maio. Dia 25 de maio será o dia da
libertação da maioria de direita na União Europeia e em Portugal",
sustentou José Junqueiro.
Depois,
o vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS criticou a convocação pelo Governo
de um Conselho de Ministros extraordinário para o próximo sábado.
"No dia 17 há um Conselho de Ministros extraordinário, que coincide com a Convenção Novo Rumo do PS. É mais uma das sucessivas gravações feitas pelo Governo para telenovelas. Dia 17 é mais um número de uma conhecida novela portuguesa, a ‘Casa dos enganos’", comentou José Junqueiro.
"No dia 17 há um Conselho de Ministros extraordinário, que coincide com a Convenção Novo Rumo do PS. É mais uma das sucessivas gravações feitas pelo Governo para telenovelas. Dia 17 é mais um número de uma conhecida novela portuguesa, a ‘Casa dos enganos’", comentou José Junqueiro.