Avançar para o conteúdo principal

Manhouce - São Pedro do Sul: 1ª Feira da vitela de lafões, de 16 a 18 de maio

O presidente da câmara municipal de São Pedro do Sul, Vítor Figueiredo, com a presença de Isabel Silvestre e do seu magnífico grupo coral, do presidente da assembleia municipal, Vítor Barros, e do presidente da junta de freguesia, Carlos Alberto Laranjeira, procedeu no dia 16 de maio à abertura oficial da feira da vitela de lafões, em Manhouce, que decorrerá até dia 18.
Associaram-se também a este evento, para além de muita população, os deputados do PS, José Junqueiro e Acácio Pinto, a deputada do BE, Mariana Mortágua, os autarcas do concelho e da região, bem como a confraria dos gastrónomos da região de lafões.
Esta é uma importante iniciativa, de grande significado para a vitela de lafões e para os produtos endógenos da região, com a particularidade de se efetuar em Manhouce, num território de interior, bem marcado pela ruralidade, uma freguesia inserida num ambiente serrano e com paisagens paradisíacas, onde a serra da Freita e o rio Teixeira, com os seus vales profundamente encaixados, fazem a diferença para tantos amantes do turismo de natureza e dos desportos radicais.
O evento constou de um desfile de carros de vacas, carregados com carqueja e com ferramentas agrícolas, que se iniciou junto à igreja. Sempre acompanhado por muitas pessoas e pelo grupo coral de Manhouce, de Isabel Silvestre, sob orientação de Alexandrino Matos, o cortejo foi fazendo paragens, em locais com significado etnográfico, para escutar as magníficas vozes do grupo. Igualmente, durante o percurso, procedeu-se a uma demonstração, pelo presidente da junta de freguesia, de lavrar a terra, "à antiga", com vacas, bem como da lavagem de mantas no rio Teixeira, por lavadeiras de Manhouce, antes do cortejo terminar no largo da sede da Junta de Freguesia onde se efetuou uma visita aos stands ali existentes e onde decorrerá a feira.
A finalizar um lanche servido no chão, sobre mantas, encerrou este primeiro dia da feira da vitela de lafões.
Para os demais dias estão previstas chegas de bois, exposições de artesanato, concurso pecuário, animação musical.
Parabéns.

Mensagens populares deste blogue

Sermos David e Rafael, acalma-nos? Não, mas ampara-nos e torna-nos mais humanos!

  As palavras, essas, estão todas ditas. Todas. Mas continua a faltar-nos, a faltar-me, a compreensão. Uma explicação que seja. Só uma, para tão cruel desenlace. Da antiguidade até ao agora, o que é que ainda não foi dito? O que é que falta dizer? Nada e tudo. E aqui continuamos, longe, muito distantes, de encontrar a chave que nos abra a porta deste paradoxo. Bem sei que, quiçá, essa procura é uma impossibilidade. Que não existe qualquer via de acesso aos insondáveis desígnios. Da vida e da morte. Dos tempos de viver e de morrer. Não existe. E quando esses intentos acontecem em idades prematuras? Em idades temporãs? Tenras? Quando os olhos brilham? Quando os sonhos semeados estão a germinar? Aí, tudo colapsa. É a revolta. É o caos. Sermos David e Rafael, nestes tempos cruéis, não nos acalma. Sermos comunidade, não nos sossega. Partilharmos a dor da família, não nos apazigua. Sermos solidários, não nos aquieta. Bem sei que não. Mas, sejamos tudo isso, pois ainda é o q...

Frontal, genuíno, prestável: era assim o António Figueiredo Pina!

  Conheci-o no final dos anos 70. Trabalhava numa loja comercial, onde se vendia de tudo um pouco. Numa loja localizada na rua principal de Sátão, nas imediações do Foto Bela e do Café Sátão. Ali bem ao lado da barbearia, por Garret conhecida, e em frente da Papelaria Jota. Depois, ainda na rua principal, deslocou-se para o cruzamento de Rio de Moinhos, onde prosseguiu a sua atividade e onde se consolidou como comerciante de referência. Onde lançou e desenvolveu a marca que era conhecida em todo o concelho, a Casa Pina, recheando a sua loja de uma multiplicidade de ferramentas, tintas e artefactos. Sim, falo do António Figueiredo Pina. Do Pinita, como era tratado por tantos amigos e com quem estive, há cerca de um mês e meio, em sua casa. Conheceu-me e eu senti-me reconfortado, conforto que, naquele momento, creio que foi recíproco. - És o Acácio - disse, olhando-me nos olhos. Olhar que gravei e que guardo! Quem nunca entrou na sua loja para comprar fosse lá o que fosse? Naquel...

Ivon Défayes: partiu um bom gigante.

  Ivon Défayes: um bom gigante!  Conheci-o em finais dos anos oitenta. Alto e espadaúdo. Suíço de gema. Do cantão do Valais. De Leytron.  Professor de profissão, Ivon Défayes era meigo, afável e dado. Deixava sempre à entrada da porta qualquer laivo de superioridade ou de arrogância e gostava de interagir, de comunicar. Gostava de uma boa conversa sobre Portugal e sobre a terra que o recebeu de braços abertos, a pitoresca aldeia do Tojal, que ele adotara também como sua pela união com a Ana. Ivon Défayes era genuinamente bom, um verdadeiro cidadão do mundo, da globalidade, mas sempre um intransigente cultor do respeito pela biodiversidade, pelo ambiente, pelas idiossincrasias locais, que ele pensava e respeitava no seu mais ínfimo pormenor. Bem me lembro, aliás, das especificidades sobre os sons da noite que ele escrutinava, vindos da floresta, da mata dos Penedinhos Brancos – das aves, dos batráquios e dos insetos – em algumas noites de verão, junto ao rio Sátão. B...