Avançar para o conteúdo principal

Deputados do PS visitaram a CERUTIL, em Sátão

José Junqueiro, José Arimateia, Acácio Pinto e Paulo Carvalhas
Os deputados do PS, José Junqueiro e Acácio Pinto, visitaram a CERÚTIL, em Sátão, concelho do distrito de Viseu, uma região bem do interior. A indústria pertence ao grupo Visabeira, um grupo com uma faturação superior a 550 milhões de euros.
A CERUTIL emprega 164 trabalhadores, 74% dos quais são mulheres. É uma empresa âncora, sendo o maior empregador privado no concelho, tendo-se constituído como pilar fundamental da economia local e regional, bem como um fator determinante para atenuar a regressão demográfica.
Fabrica artigos de uso doméstico, em grés fino, bem como louça de forno. A incorporação de componentes na matéria-prima tem, maioritariamente, origem nacional.
Produz 20 mil peças por dia, 5 milhões por ano, das quais exportou, em 2013, 94% para 23 países, com destaque para França, Itália, Inglaterra, U.S.A. e Alemanha. O volume de faturação é, atualmente de 7,2 milhões de euros e a sede fiscal da empresa é no Sátão.
A indústria conheceu fortes constrangimentos pelas políticas fiscais do governo ao ter aumentado, por exemplo, de 6% para 23% o IVA do gás e eletricidade, recursos energéticos fundamentais à produção, que pesa na fatura final. A acessibilidade a Viseu e A25 é medíocre, fator que dificulta o acesso desejado, em melhores condições, ao porto de Leixões.
A equipa técnica conta com quadros qualificados, responsáveis pelo planeamento, designer e produção, bem como trabalhadores com formação técnica e profissional adequada às exigências do desempenho. Uma parte da atividade, a mais pesada, é robotizada e corresponde a conceitos de tecnologia e inovação desenvolvidos pela equipa técnica.
A deslocação dos deputados a Sátão inseriu-se no contexto das conferências “Novo Rumo para Portugal” e, neste caso concreto, no âmbito da semana dedicada às propostas do PS para “Um Novo Desenvolvimento” e uma economia de esperança, de crescimento e emprego em Portugal. Tiveram em conta que o distrito de Viseu é um dos que conheceu maior aumento de desemprego e maior desertificou.
Contrariamente às políticas de austeridade e empobrecimento, promovidas pelo governo, os deputados do PS chamam a atenção para o facto de que o crescimento e criação de emprego está assente em indústrias e empresas mais competitivas e capazes de ter sucesso nos mercados internacionais, capacitando os nossos produtos e tecnologia, com base em recursos humanos altamente qualificados.
Os deputados do PS sublinham que é com exemplos destes, contrários às políticas de austeridade cega, que poderemos devolver a esperança aos cidadãos, demonstrar que uma crise só se ultrapassa com o crescimento e não com o empobrecimento. Criar uma nova confiança para um novo futuro é o desafio do PS, em que os deputados se inserem.
2014.03.24

Mensagens populares deste blogue

Sermos David e Rafael, acalma-nos? Não, mas ampara-nos e torna-nos mais humanos!

  As palavras, essas, estão todas ditas. Todas. Mas continua a faltar-nos, a faltar-me, a compreensão. Uma explicação que seja. Só uma, para tão cruel desenlace. Da antiguidade até ao agora, o que é que ainda não foi dito? O que é que falta dizer? Nada e tudo. E aqui continuamos, longe, muito distantes, de encontrar a chave que nos abra a porta deste paradoxo. Bem sei que, quiçá, essa procura é uma impossibilidade. Que não existe qualquer via de acesso aos insondáveis desígnios. Da vida e da morte. Dos tempos de viver e de morrer. Não existe. E quando esses intentos acontecem em idades prematuras? Em idades temporãs? Tenras? Quando os olhos brilham? Quando os sonhos semeados estão a germinar? Aí, tudo colapsa. É a revolta. É o caos. Sermos David e Rafael, nestes tempos cruéis, não nos acalma. Sermos comunidade, não nos sossega. Partilharmos a dor da família, não nos apazigua. Sermos solidários, não nos aquieta. Bem sei que não. Mas, sejamos tudo isso, pois ainda é o q...

JANEIRA: A FAMA QUE VEM DE LONGE!

Agostinho Oliveira, António Oliveira, Agostinho Oliveira. Avô, filho, neto. Três gerações com um mesmo denominador: negócios, empreendedorismo. Avelal, esse, é o lugar da casa comum. O avô, Agostinho Oliveira, conheci-o há mais de meio século, início dos anos 70. Sempre bonacheirão e com uma palavra bem-disposta para todos quantos se lhe dirigiam. Clientes ou meros observadores. Fosse quem fosse. Até para os miúdos, como era o meu caso, ele tinha sempre uma graçola para dizer. Vendia sementes de nabo que levava em sacos de pano para a feira. Para os medir, utilizava umas pequenas caixas cúbicas de madeira. Fossem temporões ou serôdios, sementes de nabo era com ele! Na feira de Aguiar da Beira, montava a sua bancada, que não ocupava mais de um metro quadrado, mesmo ao lado dos relógios, anéis e cordões de ouro do senhor Pereirinha, e com o cruzeiro dos centenários à ilharga. O pai, António Oliveira, conheci-o mais tardiamente. Já nos meus tempos de adolescência, depois da revolu...

Ivon Défayes: partiu um bom gigante.

  Ivon Défayes: um bom gigante!  Conheci-o em finais dos anos oitenta. Alto e espadaúdo. Suíço de gema. Do cantão do Valais. De Leytron.  Professor de profissão, Ivon Défayes era meigo, afável e dado. Deixava sempre à entrada da porta qualquer laivo de superioridade ou de arrogância e gostava de interagir, de comunicar. Gostava de uma boa conversa sobre Portugal e sobre a terra que o recebeu de braços abertos, a pitoresca aldeia do Tojal, que ele adotara também como sua pela união com a Ana. Ivon Défayes era genuinamente bom, um verdadeiro cidadão do mundo, da globalidade, mas sempre um intransigente cultor do respeito pela biodiversidade, pelo ambiente, pelas idiossincrasias locais, que ele pensava e respeitava no seu mais ínfimo pormenor. Bem me lembro, aliás, das especificidades sobre os sons da noite que ele escrutinava, vindos da floresta, da mata dos Penedinhos Brancos – das aves, dos batráquios e dos insetos – em algumas noites de verão, junto ao rio Sátão. B...