Avançar para o conteúdo principal

Deputados do PS reuniram com empresários das Caldas da Felgueira

«Os Deputados José Junqueiro e Acácio Pinto, acompanhados dos Vereadores do PS, Adelino Amaral e Hélder Ambrósio deslocaram-se às Caldas da Felgueira, concelho de Nelas, a convite de empresários locais, com o objectivo de os ouvir sobre os problemas que afectam as suas actividades económicas.
As termas são estruturantes para a vida local, mas há variantes complementares e decisivas que estão dependentes de decisões do Governo e da Câmara Municipal.
Depois de uma reunião introdutória, efectuou-se uma visita ao complexo, onde se constatou o esforço de modernização, o aumento das suas valências e a elevada qualificação dos seus recursos humanos. Com laboratório próprio, a qualidade da água e a garantia das melhores condições higieno-sanitárias são permanentemente aferidas em todo o complexo. As termas são o maior operador privado termal a nível nacional, ocupam o quarto lugar em número de aquistas, e são as que têm maior frequência de jovens, cerca de 25% do total em Portugal. As unidades hoteleiras e os vários apartamentos residenciais existentes dão resposta às necessidades de alojamento dos frequentadores e turistas.
Relativamente ao Governo, a retirada dos reembolsos aos utentes das termas, agora decididos pelo Ministro da Saúde, tem um impacto muito negativo com efeitos recessivos no sector e é um sinal negativo para o desenvolvimento do interior. Por outro lado, o traçado definitivo para o corredor do IC37, bem como a realização da obra, são outras duas realidades que influenciarão o futuro das termas e do próprio concelho de Nelas.
No que respeita à autarquia, as queixas sobre a falta de investimento foram demonstradas durante uma visita a pé aos locais considerados estratégicos. A falta de passeios, de pavimentação de ruas, de limpeza, bem como a ausência de guardas de protecção na estrada ou iluminação adequada são problemas que somam à falta de corredores para actividade pedestre de manutenção (caminhadas), parques infantis, espaços sociais, zonas de estacionamento e mesmo limpeza da ribeira. Não existe qualquer transporte de serviço público que permita um acesso à sede do concelho e aos recursos aí instalados.
No fundo, o que gostariam de ter era um projecto de reabilitação e urbanização das Caldas da Felgueira, com enquadramento para actividades sociais e comunitárias complementares, tal como uma dinâmica de mobilidade e aproveitamento de programas comunitários específicos.O compromisso dos Deputados foi o de questionar o Governo sobre os apoios directos aos tratamentos prescritos aos aquistas e ao calendário para a construção do IC37 com uma análise do seu trajecto definitivo.
Quanto às questões autárquicas, fora da competência da Assembleia da República, o Vereador Adelino Amaral assumiu o compromisso de levar os problemas apresentados à discussão do executivo camarário.»
(Texto: blog Gota de Água; Fotos: L&C)

Mensagens populares deste blogue

Sermos David e Rafael, acalma-nos? Não, mas ampara-nos e torna-nos mais humanos!

  As palavras, essas, estão todas ditas. Todas. Mas continua a faltar-nos, a faltar-me, a compreensão. Uma explicação que seja. Só uma, para tão cruel desenlace. Da antiguidade até ao agora, o que é que ainda não foi dito? O que é que falta dizer? Nada e tudo. E aqui continuamos, longe, muito distantes, de encontrar a chave que nos abra a porta deste paradoxo. Bem sei que, quiçá, essa procura é uma impossibilidade. Que não existe qualquer via de acesso aos insondáveis desígnios. Da vida e da morte. Dos tempos de viver e de morrer. Não existe. E quando esses intentos acontecem em idades prematuras? Em idades temporãs? Tenras? Quando os olhos brilham? Quando os sonhos semeados estão a germinar? Aí, tudo colapsa. É a revolta. É o caos. Sermos David e Rafael, nestes tempos cruéis, não nos acalma. Sermos comunidade, não nos sossega. Partilharmos a dor da família, não nos apazigua. Sermos solidários, não nos aquieta. Bem sei que não. Mas, sejamos tudo isso, pois ainda é o q...

JANEIRA: A FAMA QUE VEM DE LONGE!

Agostinho Oliveira, António Oliveira, Agostinho Oliveira. Avô, filho, neto. Três gerações com um mesmo denominador: negócios, empreendedorismo. Avelal, esse, é o lugar da casa comum. O avô, Agostinho Oliveira, conheci-o há mais de meio século, início dos anos 70. Sempre bonacheirão e com uma palavra bem-disposta para todos quantos se lhe dirigiam. Clientes ou meros observadores. Fosse quem fosse. Até para os miúdos, como era o meu caso, ele tinha sempre uma graçola para dizer. Vendia sementes de nabo que levava em sacos de pano para a feira. Para os medir, utilizava umas pequenas caixas cúbicas de madeira. Fossem temporões ou serôdios, sementes de nabo era com ele! Na feira de Aguiar da Beira, montava a sua bancada, que não ocupava mais de um metro quadrado, mesmo ao lado dos relógios, anéis e cordões de ouro do senhor Pereirinha, e com o cruzeiro dos centenários à ilharga. O pai, António Oliveira, conheci-o mais tardiamente. Já nos meus tempos de adolescência, depois da revolu...

Ivon Défayes: partiu um bom gigante.

  Ivon Défayes: um bom gigante!  Conheci-o em finais dos anos oitenta. Alto e espadaúdo. Suíço de gema. Do cantão do Valais. De Leytron.  Professor de profissão, Ivon Défayes era meigo, afável e dado. Deixava sempre à entrada da porta qualquer laivo de superioridade ou de arrogância e gostava de interagir, de comunicar. Gostava de uma boa conversa sobre Portugal e sobre a terra que o recebeu de braços abertos, a pitoresca aldeia do Tojal, que ele adotara também como sua pela união com a Ana. Ivon Défayes era genuinamente bom, um verdadeiro cidadão do mundo, da globalidade, mas sempre um intransigente cultor do respeito pela biodiversidade, pelo ambiente, pelas idiossincrasias locais, que ele pensava e respeitava no seu mais ínfimo pormenor. Bem me lembro, aliás, das especificidades sobre os sons da noite que ele escrutinava, vindos da floresta, da mata dos Penedinhos Brancos – das aves, dos batráquios e dos insetos – em algumas noites de verão, junto ao rio Sátão. B...