Avançar para o conteúdo principal

Deputados do PS questionaram o governo sobre requalificação da escola Grão Vasco

«Ex. ma Sr.ª Presidente da Assembleia da República
A escola 2,3 Grão Vasco, de Viseu, com 964 alunos no corrente ano lectivo, tem estado, nos últimos meses, na ordem do dia, por boas e por más razões. As boas apontam a escola como uma das que obteve melhor avaliação a nível nacional, que importa realçar, pois é o resultado do grande envolvimento da direcção e de todos os profissionais que ali desempenham as suas funções e de uma excelente interacção entre todos os actores. Por exemplo, a escola Grão Vasco, obteve resultados superiores, aos da média nacional, em todas as provas de avaliação externa realizadas em 2010/11 (provas aferidas e exames nacionais de 9º ano), tem sido convidada por variadas entidades, nomeadamente DGIDC e CNE, para apresentação das boas práticas na integração de alunos com necessidades educativas especiais e alunos estrangeiros e no ano lectivo transacto foi a instituição do centro do país escolhida para acolher a iniciativa "o SEF vai à escola".
As más razões têm a ver com a elevada degradação que as suas instalações apresentam e a falta de acessibilidades interiores, sobretudo, porque essas condições sempre afectam a qualidade do processo de ensino aprendizagem, pese embora todo o esforço efectuado pelos profissionais envolvidos.
Quer os pais, através dos seus órgãos próprios, quer a direcção fizeram no último ano lectivo diversas diligências no sentido de ser encontrada uma solução para este problema que, inclusivamente, passou por uma reunião entre a direcção da escola e o anterior governo que, ao reunir com os responsáveis da escola e deputados socialistas, compreendeu bem a necessidade e urgência das obras de recuperação e renovação. Os parlamentares visitaram as instalações e fizeram um levantamento exaustivo das diferentes situações recorrendo mesmo à recolha de imagens.
Porém, como se sabe, o anterior governo foi derrubado por uma aliança parlamentar negativa que culminou com eleições legislativas e a formação de um novo governo PSD/CDS de maioria absoluta.
Não podendo, portanto, realizar em 18 meses um compromisso para 4 anos, e aguardando com forte expectativa a decisão daqueles que são agora governo e outrora oposição, tendo em conta a proliferação de inúmeras declarações enfáticas que nesse sentido realizaram, nomeadamente os actuais ministro e secretários de estado, respetivamente, Paulo Portas, Almeida Henriques, José Cesário, os deputados subscritores perguntam ao governo através do ministério da educação e ciência:
1. Qual a metodologia e o cronograma que o Governo tem para a resolução urgente deste grave problema que afecta a escola 2,3 Grão Vasco, de Viseu.
Palácio de São Bento, quarta-feira, 21 de Setembro de 2011
Deputado(a)s
ACÁCIO PINTO(PS)
JOSÉ JUNQUEIRO(PS)
ELZA PAIS(PS)»

Mensagens populares deste blogue

Sermos David e Rafael, acalma-nos? Não, mas ampara-nos e torna-nos mais humanos!

  As palavras, essas, estão todas ditas. Todas. Mas continua a faltar-nos, a faltar-me, a compreensão. Uma explicação que seja. Só uma, para tão cruel desenlace. Da antiguidade até ao agora, o que é que ainda não foi dito? O que é que falta dizer? Nada e tudo. E aqui continuamos, longe, muito distantes, de encontrar a chave que nos abra a porta deste paradoxo. Bem sei que, quiçá, essa procura é uma impossibilidade. Que não existe qualquer via de acesso aos insondáveis desígnios. Da vida e da morte. Dos tempos de viver e de morrer. Não existe. E quando esses intentos acontecem em idades prematuras? Em idades temporãs? Tenras? Quando os olhos brilham? Quando os sonhos semeados estão a germinar? Aí, tudo colapsa. É a revolta. É o caos. Sermos David e Rafael, nestes tempos cruéis, não nos acalma. Sermos comunidade, não nos sossega. Partilharmos a dor da família, não nos apazigua. Sermos solidários, não nos aquieta. Bem sei que não. Mas, sejamos tudo isso, pois ainda é o q...

JANEIRA: A FAMA QUE VEM DE LONGE!

Agostinho Oliveira, António Oliveira, Agostinho Oliveira. Avô, filho, neto. Três gerações com um mesmo denominador: negócios, empreendedorismo. Avelal, esse, é o lugar da casa comum. O avô, Agostinho Oliveira, conheci-o há mais de meio século, início dos anos 70. Sempre bonacheirão e com uma palavra bem-disposta para todos quantos se lhe dirigiam. Clientes ou meros observadores. Fosse quem fosse. Até para os miúdos, como era o meu caso, ele tinha sempre uma graçola para dizer. Vendia sementes de nabo que levava em sacos de pano para a feira. Para os medir, utilizava umas pequenas caixas cúbicas de madeira. Fossem temporões ou serôdios, sementes de nabo era com ele! Na feira de Aguiar da Beira, montava a sua bancada, que não ocupava mais de um metro quadrado, mesmo ao lado dos relógios, anéis e cordões de ouro do senhor Pereirinha, e com o cruzeiro dos centenários à ilharga. O pai, António Oliveira, conheci-o mais tardiamente. Já nos meus tempos de adolescência, depois da revolu...

Ivon Défayes: partiu um bom gigante.

  Ivon Défayes: um bom gigante!  Conheci-o em finais dos anos oitenta. Alto e espadaúdo. Suíço de gema. Do cantão do Valais. De Leytron.  Professor de profissão, Ivon Défayes era meigo, afável e dado. Deixava sempre à entrada da porta qualquer laivo de superioridade ou de arrogância e gostava de interagir, de comunicar. Gostava de uma boa conversa sobre Portugal e sobre a terra que o recebeu de braços abertos, a pitoresca aldeia do Tojal, que ele adotara também como sua pela união com a Ana. Ivon Défayes era genuinamente bom, um verdadeiro cidadão do mundo, da globalidade, mas sempre um intransigente cultor do respeito pela biodiversidade, pelo ambiente, pelas idiossincrasias locais, que ele pensava e respeitava no seu mais ínfimo pormenor. Bem me lembro, aliás, das especificidades sobre os sons da noite que ele escrutinava, vindos da floresta, da mata dos Penedinhos Brancos – das aves, dos batráquios e dos insetos – em algumas noites de verão, junto ao rio Sátão. B...