Transcrevemos aquilo que é dito no 2.º volume do Diccionário de Pinho Leal, Portugal Antigo e Moderno, editado em 1874 pela Livraria Editora de Mattos Moreira & Companhia para dar nota das fontes de Castelo Branco na segunda metade do século XIX.
Nesta obra composta por doze volumes, o autor aborda aspetos geográficos, estatísticos, corográficos, heráldicos, arqueológicos,
históricos, biográficos e etimológicos de “todas as cidades, villas e freguezias
de Portugal e de grande número de aldeias”.
Para além de se referir às fontes, Pinho Leal ainda acrescenta as suas qualidades para a saúde das pessoas e dos animais. Ora veja o texto que se segue com ortografia da época:
“Entre as varias fontes publicas d’esta cidade, ha uma, a distancia de
2 kilometros ao S., de aguas ferreas, muito recomendadas pelos medicos, para
certos padecimentos.
A fonte da Graça, de uma só bica, é de agua muito adstringente e dizem
que cura a dôr de pedra.
Na Deveza, existe um pôço, chamado da Páqueixada, cuja agua é boa,
segundo dizem, para a cura de inflammações dos olhos e tem a particularidade de fazer cahir immediatamente
as sanguessugas da garganta dos animaes que d’ella bebem.”