Não quis ser premonitório na semana passada quando me referi às toupeiras, deixando no ar que elas iriam continuar, escondidas, a fuçar na lama, pese embora Sócrates ter sido completa e absolutamente ilibado no processo Freeport.
Pois aí está preto no branco. Vejam-se os títulos de alguns jornais, as colunas de opinião de uns quantos inquisidores e as sub-reptícias insinuações de uns tantos.
É que arquiva-se mas diz-se que não houve tempo para fazer umas diligências. Que, ao fim de mais de 6 anos, ficaram umas perguntazinhas por fazer. Pelo menos 27 a Sócrates e 10 e Pedro Silva Pereira. Que, que, que…
Tudo isto para quê? Para que a suspeita permaneça no ar e uma vez que não conseguiram nenhum facto que corroborasse as teses das “suas” cartas anónimas há que deixar poeira no ar e nuvens de fumo a pairar…
O que eles parece que não sabem (mas não saberão melhor que qualquer um de nós?) é que com estes expedientes sinuosos, numa linha que reputo de intelectualmente desonesta, está-se a aprofundar o fosso entre eleitores e eleitos e a fragilizar a credibilidade dos cidadãos nas suas instituições.
Mas ninguém se esqueça que muitas vezes a pedrada na lama não atinge o alvo pretendido mas, sim, os autores da pedrada.