Já estávamos conversados quanto aos reais objectivos de Passos Coelho quanto à revisão constitucional. Ele quer uma constituição liberal, uma lei fundamental que lhe permita satisfazer os vorazes interesses económicos de uma direita ansiosa pelas privatizações da saúde e da segurança social.
Agora, ficámos também esclarecidos quanto aos seus reais objectivos para o país: criar uma crise política e provocar eleições antecipadas. Lançar o país em mais uma campanha eleitoral e em mais um ano de inactividade e de reformas nulas.
Foi isto que Passos Coelho disse de forma clara no Pontal.
Afinal, aquele líder responsável e patriota de há escassos meses atrás, como ele se quis “vender”, rapidamente soçobrou aos apelos mais altos da finança e da ganância em vez dos reais interesses nacionais!
Pois cá está quem actua e age segundo os interesses partidários e não segundo os superiores interesses da res pública, quem age sem a ética da responsabilidade.
Mas em política e em democracia o poder só se exerce depois de uma vitória eleitoral e essa compete ao povo português decidir a quem a dará.
E há uma coisa que o povo sabe, é que com o PS e com Sócrates não há cedências a lobby’s nem caminho facilitado para monopólios, não haverá a morte do Serviço Nacional de Saúde nem da Escola Pública, não haverá ruptura da Segurança Social nem despedimentos ultra-liberais.
E para além disso quem provoca as crises e prejudica o país para tentar chegar ao poder a qualquer custo não merece a confiança dos seus concidadãos!