No tempo de Sá Carneiro estávamos habituados a um PPD com um corpo de ideias claras e responsáveis para Portugal e para os portugueses. Concordássemos ou não com elas.
Agora com Passos Coelho vivemos tempos bem diferentes. As ideias são somatórios da voracidade dos ideários neoliberais. E isso ficou bem traduzido na proposta de revisão constitucional que ele nos apresentou. Uma proposta que passa essencialmente por desmantelar o serviço nacional de saúde, a segurança social e a escola pública.
Agora, para além de tudo isso, com o comício do Pontal, ficámos também esclarecidos quanto aos reais objectivos de Passos Coelho para o país: criar uma crise política e provocar eleições antecipadas. Lançar o país em mais uma campanha eleitoral e em mais um ano de inactividade e de reformas nulas. Ou então ensaiar um sádico número de teatro!
Afinal, aquele líder responsável e patriota de há escassos meses atrás, como ele se quis “vender”, e que até pediu desculpa aos portugueses, rapidamente soçobrou aos apelos mais altos da finança e da ganância de distribuir o orçamento de estado em vez dos reais interesses nacionais!
Ficámos bem esclarecidos sobre a dimensão de estado desta vaga do PSD que afinal mais parece (é) comandada à distância qual papagaio tonto sem qualquer rumo consistente!
Já se dizia na antiguidade que nunca haverá bom vento para quem não tem uma estratégia clara e um rumo consequente para onde ir!
(in: Jornal do Centro)
(in: Jornal do Centro)