Estive no dia 22 de julho na FNAC de Viseu a convite de
Filipe Duarte, professor e o ideólogo deste excelente jogo para iPad, a assistir à
apresentação do mesmo ante uma plateia composta por muitos castrenses, dentre
alunos, professores, autarcas e interessados nestas novas iniciativas
tecnológicas.
Os parabéns é o mínimo que posso dar ao Filipe Duarte, aos
alunos do curso profissional de multimédia e a todos quantos colaboraram neste
magnífico projeto que para além da vertente lúdica, agarra o problema da
poluição do rio Paiva e cruza o saber teórico com a parte prática do fazer, que
cada vez mais deve ser uma realidade nas nossas escolas, ao contrário daquilo
que hoje muitos, com responsabilidades, pensam.
Espero e desejo que este seja mais um contributo para fazer
refletir os responsáveis no sentido de aprofundarem estas vertentes nas escolas
em vez de as reduzirem ou as extinguirem.
À margem da apresentação do jogo foi efetuada uma breve caracterização do rio Paiva, pela Associação de Defesa do Vale do Paiva e uma abordagem às potencialidades do 'mobile' pelo eng. João Amaral da u-concept.pt, que tem ajudado ao desenvolvimento deste jogo.
Dentre as inúmeras presenças na plateia destaco o presidente
da Câmara de Castro Daire, Fernando Carneiro, vereadores e presidente da
Assembleia Municipal e outros autarcas e ainda os dirigentes do Agrupamento de Escolas de Castro Daire e Associação de Pais.
Permito-me ainda transcrever, de seguida, a notícia da
responsabilidade da jornalista Ivone Barreira e publicada pelo JN no dia 22 de
julho:
«O primeiro jogo para iPad 100% português foi criado por
alunos do Secundário e nasceu no curso profissional de Multimédia da Escola de
Castro Daire. O jogo "SOS Rio Paiva" foi apresentado este domingo, na
FNAC do Palácio do Gelo, em Viseu, às 16 horas.
Alunos da Escola Secundária de Castro Daire criaram o jogo
O projeto partiu de uma ideia de Filipe Duarte, professor da
Escola Secundária de Castro Daire, que motivou e ajudou os alunos no decorrer
do projeto. Em entrevista ao JN, revelou que o jogo foi feito "um pouco
extra-aula".
A ideia central continua a ser a sensibilização para a não
poluição do rio Paiva, um curso de água que já foi o menos poluído da Europa.
Antes do lançamento do jogo no mercado, Filipe Duarte considerou que "as
expetativas são altas" e que os objetivos do projeto, de dar visibilidade
àquele rio, parecem estar a ser superados.
Para Filipe Duarte, o primeiro jogo para iPad criado numa
escola secundária é, também, uma forma de "contrariar o mau estereotipo da
formação profissional". O professor sublinha que "não é qualquer
aluno, inclusive universitário, que se pode gabar de ter feito um jogo para
dispositivos móveis".
O professor da Escola Secundária de Castro Daire considera
que este projeto é uma preparação para o mercado de trabalho que, todos os
dias, procura pessoas que saibam desenvolver aplicações para dispositivos
móveis. "Se fizemos tudo isto nos tempos livres, muito melhor faremos a
tempo inteiro", observou Filipe Duarte.
A versão para iPad foi a primeira meta a ser traçada e
concluída, mas o jogo também está disponível para as plataformas móveis iPhone
e Android e para PC, de forma gratuita. O jogo "SOS Rio Paiva" está
"em aprovação na App Store, a Loja online da Apple, para que se possa
fazer download de qualquer parte do mundo", explica Filipe Duarte. Uma
forma de levar, além-fronteiras, a preocupação com a qualdiade da água do rio
Paiva.
Para ajudar à promoção do jogo os alunos criaram um site na
Internet mas, o teste que o presidente da República, Cavaco Silva, fez ao Jogo
"SOS Rio Paiva" foi o passo decisivo para a visibilidade que o
projeto está a ganhar.
O jogo tem quatro níveis mas pode ainda evoluir. "Temos
algumas ideias para melhorar e enriquecer o "SOS Rio Paiva", diz
Filipe Duarte.
Segundo os autores do jogo, no "SOS Rio Paiva", o
jogador tem de ajudar uma lontra, animal que só se dá bem em águas límpidas, a
ultrapassar os obstáculos que se encontra ao longo do rio. Para obter pontos, a
lontra terá de comer os peixes (bogas e trutas) e não colidir com os
obstáculos.
"Existem outras ideias para outro jogo regional, como
por exemplo, o jogo do Bolo Podre". Mais uma vez haveria a possibilidade
de promover algo tradicional da região mas o professor lança "o desafio às
entidades locais" para apoiarem um projeto que poderia divulgar este
típico pão doce de Castro Daire.»