Avançar para o conteúdo principal

Deputados PS Viseu questionam Governo sobre caminhos agrícolas

Os deputados do PS, Acácio Pinto, José Rui Cruz, Paulo Barradas e Helena Rebelo, questionaram o Governo, sobre caminhos agrícolas, nos seguintes termos:
«O Distrito de Viseu é uma região fortemente marcada pela actividade agrícola. De facto, ali encontramos territórios com produtos específicos e de excelência que vão desde o vinho à cereja, da floresta à castanha ou à maçã. Ainda assim, agricultura é, para muitos agricultores uma actividade de subsistência e representa para muitos concelhos uma percentagem maior da sua actividade económica. Por tal, necessita de toda a atenção do Estado de modo a poder aproveitar todos os recursos que lhe possam ser facultados para garantir a sua continuidade.
São conhecidas as dificuldades de circulação em muitas zonas agrícolas, que dificultam a actividade dos agricultores e que aumentam os custos das suas produções. Reconhecendo este condicionalismo, o Ministério da Agricultura abriu no PRODER um programa de candidaturas para “caminhos agrícolas”.
Ora, acontece que muitas freguesias do Distrito de Viseu, apresentaram candidaturas a esse programa, reconhecendo nele a oportunidade de promover o desenvolvimento regional nos seus territórios. Volvidos vários meses, essas candidaturas não têm recebido por parte dos serviços competentes, qualquer desfecho.
Considerando a importância fundamental que a maior mobilidade em território agrícola tem para a vida das populações que têm na agricultura a sua actividade económica e profissional, os deputados signatários vêm, através de Vª Excelência, Senhor Presidente, perguntar ao Senhor Ministro da Agricultura:
1. Se está previsto algum período próximo para a apreciação das candidaturas apresentadas ao PRODER que dizem respeito a caminhos agrícolas?»

Mensagens populares deste blogue

Sermos David e Rafael, acalma-nos? Não, mas ampara-nos e torna-nos mais humanos!

  As palavras, essas, estão todas ditas. Todas. Mas continua a faltar-nos, a faltar-me, a compreensão. Uma explicação que seja. Só uma, para tão cruel desenlace. Da antiguidade até ao agora, o que é que ainda não foi dito? O que é que falta dizer? Nada e tudo. E aqui continuamos, longe, muito distantes, de encontrar a chave que nos abra a porta deste paradoxo. Bem sei que, quiçá, essa procura é uma impossibilidade. Que não existe qualquer via de acesso aos insondáveis desígnios. Da vida e da morte. Dos tempos de viver e de morrer. Não existe. E quando esses intentos acontecem em idades prematuras? Em idades temporãs? Tenras? Quando os olhos brilham? Quando os sonhos semeados estão a germinar? Aí, tudo colapsa. É a revolta. É o caos. Sermos David e Rafael, nestes tempos cruéis, não nos acalma. Sermos comunidade, não nos sossega. Partilharmos a dor da família, não nos apazigua. Sermos solidários, não nos aquieta. Bem sei que não. Mas, sejamos tudo isso, pois ainda é o q...

JANEIRA: A FAMA QUE VEM DE LONGE!

Agostinho Oliveira, António Oliveira, Agostinho Oliveira. Avô, filho, neto. Três gerações com um mesmo denominador: negócios, empreendedorismo. Avelal, esse, é o lugar da casa comum. O avô, Agostinho Oliveira, conheci-o há mais de meio século, início dos anos 70. Sempre bonacheirão e com uma palavra bem-disposta para todos quantos se lhe dirigiam. Clientes ou meros observadores. Fosse quem fosse. Até para os miúdos, como era o meu caso, ele tinha sempre uma graçola para dizer. Vendia sementes de nabo que levava em sacos de pano para a feira. Para os medir, utilizava umas pequenas caixas cúbicas de madeira. Fossem temporões ou serôdios, sementes de nabo era com ele! Na feira de Aguiar da Beira, montava a sua bancada, que não ocupava mais de um metro quadrado, mesmo ao lado dos relógios, anéis e cordões de ouro do senhor Pereirinha, e com o cruzeiro dos centenários à ilharga. O pai, António Oliveira, conheci-o mais tardiamente. Já nos meus tempos de adolescência, depois da revolu...

Ivon Défayes: partiu um bom gigante.

  Ivon Défayes: um bom gigante!  Conheci-o em finais dos anos oitenta. Alto e espadaúdo. Suíço de gema. Do cantão do Valais. De Leytron.  Professor de profissão, Ivon Défayes era meigo, afável e dado. Deixava sempre à entrada da porta qualquer laivo de superioridade ou de arrogância e gostava de interagir, de comunicar. Gostava de uma boa conversa sobre Portugal e sobre a terra que o recebeu de braços abertos, a pitoresca aldeia do Tojal, que ele adotara também como sua pela união com a Ana. Ivon Défayes era genuinamente bom, um verdadeiro cidadão do mundo, da globalidade, mas sempre um intransigente cultor do respeito pela biodiversidade, pelo ambiente, pelas idiossincrasias locais, que ele pensava e respeitava no seu mais ínfimo pormenor. Bem me lembro, aliás, das especificidades sobre os sons da noite que ele escrutinava, vindos da floresta, da mata dos Penedinhos Brancos – das aves, dos batráquios e dos insetos – em algumas noites de verão, junto ao rio Sátão. B...