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CCP diz que corte no subsídio de Natal vai ser demolidor

(LUSA - 2011.06.30) O presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), João Vieira Lopes, considerou hoje que o corte de 50 por cento no subsídio de Natal vai ter um efeito demolidor no setor do comércio.
"O corte de 50 por cento no 13.º mês vai ter um efeito demolidor no comércio, especialmente nas categorias de produtos sazonais como o mobiliário, os eletrodomésticos, os automóveis e os briquedos", disse à agência Lusa Vieira Lopes.
O presidente da CCP disse ainda que a confederação do comércio está na espetativa de que venham a ser apresentadas medidas que promovam este setor.
"Esperamos medidas na área financeira, por exemplo, dado que as empresas deste setor têm muita dificuldade de acesso ao crédito", afirmou.
Vieira Lopes defendeu que, no âmbito das alterações fiscais que vão ser feitas, o setor do comércio precisa de uma "disciminação positiva", até porque é o único setor que está a criar emprego.
Na abertura do debate do Programa do Governo, o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, anunciou que o executivo vai adotar, apenas este ano, um imposto extraordinário em sede de IRS equivalente a 50 por cento do subsídio de Natal, no excedente do salário mínimo nacional.
Segundo o primeiro-ministro, além dos rendimentos do trabalho, serão atingidos todos os rendimentos das pessoas singulares, nomedamente os de capital.
A medida será detalhada nas próximas duas semanas e permitirá ao Estado arrecadar uma receita adicional de 800 milhões de euros.

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