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(Opinião) Congresso das exportações

O aumento de 15,7% das exportações portuguesas em 2010 é um forte e bom indicador de que Portugal está a trilhar um percurso de recuperação da crise económico internacional que assolou a Europa e Mundo.
Na base destes resultados estão um conjunto de políticas do Governo bem interpretadas pelos agentes económicos e melhor coordenadas e dinamizadas pela AICEP que permitiram a diversificação dos mercados e o aumento da incorporação de tecnologia nos produtos exportados.
E ainda no recente Congresso das Exportações, o mais importante evento alguma vez realizado no nosso país neste âmbito, o Primeiro-Ministro teve a oportunidade de anunciar que o Governo vai criar novos instrumentos que possibilitem, ainda mais, a dinamização das exportações portuguesas, como sejam a criação de novos seguros de crédito, a manutenção das linhas de crédito comercial (mais 275 milhões de Euros) e a simplificação de processos para reduzir custos administrativos.
As exportações serão, pois, uma das áreas fundamentais para, em 2011, permitirem alavancar o desenvolvimento económico ao longo do período de ajustamento orçamental que Portugal tem que efectuar para garantir a credibilidade e o financiamento internacional da nossa economia.
Em suma, os números das exportações, mas também os da economia e da execução fiscal em Janeiro (aumento de 15% quer nos impostos directos, sobre o rendimento, como nos impostos sobre o consumo) começam a trazer à tona que o Governo está a conseguir dar passos seguros na defesa da economia e de Portugal e no afastamento, cada vez mais consistente, da entrada em Portugal dos fundos internacionais que a direita e o PSD tanto reclamaram e reclamam.

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