Avançar para o conteúdo principal

Visita dos deputados do PS ao CRI e à CDT de Viseu

Os deputados do Partido Socialista eleitos pelo Círculo Eleitoral de Viseu, Acácio Pinto, José Rui Cruz e Helena Rebelo, efectuaram no dia 7 de Fevereiro uma visita ao Centro de Respostas Integradas (CRI) de Viseu. Estes Centros vieram substituir os CAT’s (Centros de Atendimento a Toxicodependentes), desenvolvem a sua intervenção no âmbito da Prevenção, Tratamento, Reinserção e Redução de Riscos e Minimização de Danos.
O Centro de Respostas Integradas de Viseu é constituído por 25 Profissionais, alocados a 4 equipas – Prevenção, Tratamento, Reinserção e Redução de Riscos e Minimização de Danos e a sua abrangência territorial de acção são 14 concelhos do Distrito de Viseu – sub-região Dão-Lafões: Carregal do Sal, Castro Daire, Mangualde, Mortágua, Nelas, Oliveira de Frades, Penalva do Castelo, Sátão, Santa Comba Dão, São Pedro do Sul, Tondela, Vila Nova de Paiva, Viseu e Vouzela. É tutelado pelo Ministério da Saúde através do Instituto da Droga e Toxicodependência (IDT), que tem como missão “Promover a redução do consumo de drogas lícitas e ilícitas, bem como a diminuição das toxicodependências”.
Os deputados, recebidos pelo Delegado Regional do Centro, Dr. Carlos Ramalheira e pela Directora do CRI de Viseu, Dr.ª Catarina Durão, puderam constatar a profunda remodelação operada nas instalações onde funciona a Equipa de Tratamento e Reinserção, na Rua Cândido dos Reis, em Viseu. As recentes obras de requalificação, que ascenderam a mais de 170 000 euros, vieram conferir maior dignidade aos utentes (cerca de 600) e profissionais desta instituição, que apresentava evidentes sinais de degradação. A intervenção do CRI, não se resume ao tratamento, mas também à prevenção, redução de riscos e minimização de danos, através de intervenção comunitária com o Programa de Respostas Integradas, implementação do programa “Eu e os Outros”, em meio escolar e recentemente com o funcionamento do Gabinete CLICK – Gabinete de avaliação, acompanhamento e intervenção preventiva, destinados a jovens com inícios de consumo de substâncias psico-activas, no âmbito da prevenção selectiva e indicada.
A Comissão para a Dissuasão da Toxicodependência (CDT), que tem na direcção a Dr.ª Anabela Almeida e Dr.ª Regina Coimbra foi também visitada pelos deputados. A esta comissão são referenciados os consumidores de substâncias psico-activas, na sequência da aplicação da Lei de descriminalização do consumo de drogas. Ali fomos informados que o número de processos instaurados em 2009, foi de cerca de 300, ligeiramente inferior ao do ano anterior.
A complexidade do fenómeno das toxicodependências exige respostas integradas, nas diferentes dimensões: saúde, apoio familiar, social, etc. Foi com satisfação que os deputados verificaram que esta problemática tem em Viseu um conjunto de profissionais qualificados e habilitados a dar resposta às diferentes necessidades.

Mensagens populares deste blogue

Sermos David e Rafael, acalma-nos? Não, mas ampara-nos e torna-nos mais humanos!

  As palavras, essas, estão todas ditas. Todas. Mas continua a faltar-nos, a faltar-me, a compreensão. Uma explicação que seja. Só uma, para tão cruel desenlace. Da antiguidade até ao agora, o que é que ainda não foi dito? O que é que falta dizer? Nada e tudo. E aqui continuamos, longe, muito distantes, de encontrar a chave que nos abra a porta deste paradoxo. Bem sei que, quiçá, essa procura é uma impossibilidade. Que não existe qualquer via de acesso aos insondáveis desígnios. Da vida e da morte. Dos tempos de viver e de morrer. Não existe. E quando esses intentos acontecem em idades prematuras? Em idades temporãs? Tenras? Quando os olhos brilham? Quando os sonhos semeados estão a germinar? Aí, tudo colapsa. É a revolta. É o caos. Sermos David e Rafael, nestes tempos cruéis, não nos acalma. Sermos comunidade, não nos sossega. Partilharmos a dor da família, não nos apazigua. Sermos solidários, não nos aquieta. Bem sei que não. Mas, sejamos tudo isso, pois ainda é o q...

JANEIRA: A FAMA QUE VEM DE LONGE!

Agostinho Oliveira, António Oliveira, Agostinho Oliveira. Avô, filho, neto. Três gerações com um mesmo denominador: negócios, empreendedorismo. Avelal, esse, é o lugar da casa comum. O avô, Agostinho Oliveira, conheci-o há mais de meio século, início dos anos 70. Sempre bonacheirão e com uma palavra bem-disposta para todos quantos se lhe dirigiam. Clientes ou meros observadores. Fosse quem fosse. Até para os miúdos, como era o meu caso, ele tinha sempre uma graçola para dizer. Vendia sementes de nabo que levava em sacos de pano para a feira. Para os medir, utilizava umas pequenas caixas cúbicas de madeira. Fossem temporões ou serôdios, sementes de nabo era com ele! Na feira de Aguiar da Beira, montava a sua bancada, que não ocupava mais de um metro quadrado, mesmo ao lado dos relógios, anéis e cordões de ouro do senhor Pereirinha, e com o cruzeiro dos centenários à ilharga. O pai, António Oliveira, conheci-o mais tardiamente. Já nos meus tempos de adolescência, depois da revolu...

Ivon Défayes: partiu um bom gigante.

  Ivon Défayes: um bom gigante!  Conheci-o em finais dos anos oitenta. Alto e espadaúdo. Suíço de gema. Do cantão do Valais. De Leytron.  Professor de profissão, Ivon Défayes era meigo, afável e dado. Deixava sempre à entrada da porta qualquer laivo de superioridade ou de arrogância e gostava de interagir, de comunicar. Gostava de uma boa conversa sobre Portugal e sobre a terra que o recebeu de braços abertos, a pitoresca aldeia do Tojal, que ele adotara também como sua pela união com a Ana. Ivon Défayes era genuinamente bom, um verdadeiro cidadão do mundo, da globalidade, mas sempre um intransigente cultor do respeito pela biodiversidade, pelo ambiente, pelas idiossincrasias locais, que ele pensava e respeitava no seu mais ínfimo pormenor. Bem me lembro, aliás, das especificidades sobre os sons da noite que ele escrutinava, vindos da floresta, da mata dos Penedinhos Brancos – das aves, dos batráquios e dos insetos – em algumas noites de verão, junto ao rio Sátão. B...