O Sexto Sentido é o último livro de poesia de Carlos Cruchinho.
No prefácio deste O Sexto Sentido, a Paula Cardoso refere
que “nos versos que encontramos nos capítulos da Audição Ativa, do Paladar
Gourmet, do Olfato Extravagante, da Visão Periférica e do Sem Tato [o autor]
mostra-nos a sua humanidade”.
E, de facto, assim é. O Carlos Cruchinho é um poeta que
esculpe os seus poemas através da humanidade que brota da sua alma. Dos valores
inteiros que circulam nas suas veias. Das marcas que traz incrustadas na sua
pele.
É um sonhador, quiçá, um utópico, um interpelador do mundo.
Com certeza, um poeta, genuíno, um intérprete de sinais, um construtor de
diálogos, quantas vezes monólogos, e de imperativos clamores: a ampulheta
inclemente / dita o tempo escasso / para uma última tirada / de dignidade
humana.
Temos, neste O Sexto Sentido, uma poesia universal, uma
oração pela salvação do mundo, um exercício de palavras ditas por uma voz
teimosa, que se não quer silenciar. Uma voz que se digladia neste tempo do
avesso e tão avesso a percorrer um leito natural.
As ilustrações dos capítulos são da responsabilidade da Ana
Verónica, uma designer gráfica de Viseu, com ilustrações em vários livros, e
que também merece uma nota positiva e pela positiva.
Parabéns Carlos Cruchinho.
Título: O SEXTO SENTIDO
Autor: CARLOS CRUCHINHO
Editora: OFICINA DA ESCRITA | 2024
Páginas: 60
Recensão: Acácio Pinto