Avançar para o conteúdo principal

Pergunta ao governo sobre a distribuição postal no bairro social de Paradinha

Os deputados do PS eleitos pelo círculo eleitoral de Viseu apresentaram no dia 6 de janeiro uma pergunta ao governo relacionada com a alegada falta de distribuição postal no bairro social de Paradinha devido a questões de segurança:
«Ex. ma Sr.ª Presidente da Assembleia da República
Segundo a edição de hoje do Diário de Viseu, cuja primeira página se anexa, também veiculada por muitos outros órgãos de comunicação social, os Correios vão deixar de entregar o correio no Bairro Social de Paradinha, na freguesia de S. Salvador, concelho de Viseu, citando, a comunicação social, as palavras do presidente da câmara municipal de Viseu, Fernando Ruas, na conferência de imprensa dada a 5 de janeiro, depois da reunião do executivo municipal.
O motivo avançado para esta alegada recusa em assegurar a distribuição postal naquele bairro prende-se com a insegurança ali existente, avançando mesmo a empresa com várias ameaças e tentativas de agressão de que foram alvo os carteiros que ali se deslocam.
Assim sendo e porque consideramos inadmissível que num estado de direito democrático possa haver áreas públicas interditas à distribuição postal e à normal fluidez de atividades quotidianas inerentes à interação social, vêm os signatários, nos termos constitucionais e regimentais, através de vossa excelência, solicitar ao ministro da Administração Interna, esclarecimento para as seguintes perguntas:
1. O alegado comportamento dos CTT tem fundamento?
2. Existem zonas do país onde o Estado não garante segurança aos seus cidadãos, no caso, aos distribuidores de correio?
3. Quais as diligências que o ministério irá tomar neste âmbito?
Palácio de São Bento, sexta-feira, 6 de Janeiro de 2012
Deputado(a)s
ACÁCIO PINTO(PS)
JOSÉ JUNQUEIRO(PS)
ELZA PAIS(PS)»

Mensagens populares deste blogue

Sermos David e Rafael, acalma-nos? Não, mas ampara-nos e torna-nos mais humanos!

  As palavras, essas, estão todas ditas. Todas. Mas continua a faltar-nos, a faltar-me, a compreensão. Uma explicação que seja. Só uma, para tão cruel desenlace. Da antiguidade até ao agora, o que é que ainda não foi dito? O que é que falta dizer? Nada e tudo. E aqui continuamos, longe, muito distantes, de encontrar a chave que nos abra a porta deste paradoxo. Bem sei que, quiçá, essa procura é uma impossibilidade. Que não existe qualquer via de acesso aos insondáveis desígnios. Da vida e da morte. Dos tempos de viver e de morrer. Não existe. E quando esses intentos acontecem em idades prematuras? Em idades temporãs? Tenras? Quando os olhos brilham? Quando os sonhos semeados estão a germinar? Aí, tudo colapsa. É a revolta. É o caos. Sermos David e Rafael, nestes tempos cruéis, não nos acalma. Sermos comunidade, não nos sossega. Partilharmos a dor da família, não nos apazigua. Sermos solidários, não nos aquieta. Bem sei que não. Mas, sejamos tudo isso, pois ainda é o q...

Frontal, genuíno, prestável: era assim o António Figueiredo Pina!

  Conheci-o no final dos anos 70. Trabalhava numa loja comercial, onde se vendia de tudo um pouco. Numa loja localizada na rua principal de Sátão, nas imediações do Foto Bela e do Café Sátão. Ali bem ao lado da barbearia, por Garret conhecida, e em frente da Papelaria Jota. Depois, ainda na rua principal, deslocou-se para o cruzamento de Rio de Moinhos, onde prosseguiu a sua atividade e onde se consolidou como comerciante de referência. Onde lançou e desenvolveu a marca que era conhecida em todo o concelho, a Casa Pina, recheando a sua loja de uma multiplicidade de ferramentas, tintas e artefactos. Sim, falo do António Figueiredo Pina. Do Pinita, como era tratado por tantos amigos e com quem estive, há cerca de um mês e meio, em sua casa. Conheceu-me e eu senti-me reconfortado, conforto que, naquele momento, creio que foi recíproco. - És o Acácio - disse, olhando-me nos olhos. Olhar que gravei e que guardo! Quem nunca entrou na sua loja para comprar fosse lá o que fosse? Naquel...

Ivon Défayes: partiu um bom gigante.

  Ivon Défayes: um bom gigante!  Conheci-o em finais dos anos oitenta. Alto e espadaúdo. Suíço de gema. Do cantão do Valais. De Leytron.  Professor de profissão, Ivon Défayes era meigo, afável e dado. Deixava sempre à entrada da porta qualquer laivo de superioridade ou de arrogância e gostava de interagir, de comunicar. Gostava de uma boa conversa sobre Portugal e sobre a terra que o recebeu de braços abertos, a pitoresca aldeia do Tojal, que ele adotara também como sua pela união com a Ana. Ivon Défayes era genuinamente bom, um verdadeiro cidadão do mundo, da globalidade, mas sempre um intransigente cultor do respeito pela biodiversidade, pelo ambiente, pelas idiossincrasias locais, que ele pensava e respeitava no seu mais ínfimo pormenor. Bem me lembro, aliás, das especificidades sobre os sons da noite que ele escrutinava, vindos da floresta, da mata dos Penedinhos Brancos – das aves, dos batráquios e dos insetos – em algumas noites de verão, junto ao rio Sátão. B...