Avançar para o conteúdo principal

Sátão: Colóquio sobre património religioso foi um êxito

O colóquio “Património religioso, fé, arte e cultura”, que teve lugar nesta sexta-feira, dia 27 de janeiro, concitou uma elevada participação dos satenses o que proporcionou uma completa enchente do auditório da Casa da Cultura de Sátão.
Na mesa estiveram Maria de Fátima Eusébio, do departamento dos bens culturais da diocese de Viseu, padre José Cardoso, pároco de Sátão e arcipreste do Dão e Carlos Paixão, professor do Agrupamento de Escolas de Sátão.
A conversa, moderada por Acácio Pinto, fluiu por diversas áreas, em torno do tema proposto, e pela voz dos convidados foram-se ouvindo várias ideias em torno da fé nos nossos dias e na influência que hoje têm na religiosidade, na arte sacra e participação dos fiéis nas festividades litúrgicas, sobretudo pela voz do padre José Cardoso.
Já Fátima Eusébio, de forma detalhada traçou um quadro, ainda que breve, face às circunstância, da vasta riqueza artística e patrimonial existente no concelho de Sátão, deixando, igualmente, algumas “dicas” a serem seguidas aquando de intervenções a efectuar nas capelas ou igrejas.
Carlos Paixão, deixando a sua visão de leigo, foi falando da importância do património e não se furtou em traçar um roteiro de locais do concelho que devem ser visitados por alguém que queira vir efectuar uma deslocação ao concelho com esse objectivo.
No final, várias pessoas, dentre o público presente, quiseram que os convidados aprofundassem alguns aspectos específicos do património religioso concelhio, colocando-lhes algumas questões.
Antes do início do colóquio intervieram a directora do Agrupamento, Helena Castro, e o presidente da Câmara de Sátão, Alexandre Vaz.
A organização deste colóquio foi do jornal digital Dão e Demo e do Agrupamento de Escolas de Sátão, tendo-se contado com o apoio da Câmara Municipal de Sátão, da Caixa Agrícola do Vale do Dão e do Alto Vouga, da rádio Alive FM e dos jornais Caminho e Gazeta de Sátão.
Fotos: Dão e Demo | Miguel Azevedo – Alive FM

Mensagens populares deste blogue

Sermos David e Rafael, acalma-nos? Não, mas ampara-nos e torna-nos mais humanos!

  As palavras, essas, estão todas ditas. Todas. Mas continua a faltar-nos, a faltar-me, a compreensão. Uma explicação que seja. Só uma, para tão cruel desenlace. Da antiguidade até ao agora, o que é que ainda não foi dito? O que é que falta dizer? Nada e tudo. E aqui continuamos, longe, muito distantes, de encontrar a chave que nos abra a porta deste paradoxo. Bem sei que, quiçá, essa procura é uma impossibilidade. Que não existe qualquer via de acesso aos insondáveis desígnios. Da vida e da morte. Dos tempos de viver e de morrer. Não existe. E quando esses intentos acontecem em idades prematuras? Em idades temporãs? Tenras? Quando os olhos brilham? Quando os sonhos semeados estão a germinar? Aí, tudo colapsa. É a revolta. É o caos. Sermos David e Rafael, nestes tempos cruéis, não nos acalma. Sermos comunidade, não nos sossega. Partilharmos a dor da família, não nos apazigua. Sermos solidários, não nos aquieta. Bem sei que não. Mas, sejamos tudo isso, pois ainda é o q...

JANEIRA: A FAMA QUE VEM DE LONGE!

Agostinho Oliveira, António Oliveira, Agostinho Oliveira. Avô, filho, neto. Três gerações com um mesmo denominador: negócios, empreendedorismo. Avelal, esse, é o lugar da casa comum. O avô, Agostinho Oliveira, conheci-o há mais de meio século, início dos anos 70. Sempre bonacheirão e com uma palavra bem-disposta para todos quantos se lhe dirigiam. Clientes ou meros observadores. Fosse quem fosse. Até para os miúdos, como era o meu caso, ele tinha sempre uma graçola para dizer. Vendia sementes de nabo que levava em sacos de pano para a feira. Para os medir, utilizava umas pequenas caixas cúbicas de madeira. Fossem temporões ou serôdios, sementes de nabo era com ele! Na feira de Aguiar da Beira, montava a sua bancada, que não ocupava mais de um metro quadrado, mesmo ao lado dos relógios, anéis e cordões de ouro do senhor Pereirinha, e com o cruzeiro dos centenários à ilharga. O pai, António Oliveira, conheci-o mais tardiamente. Já nos meus tempos de adolescência, depois da revolu...

Ivon Défayes: partiu um bom gigante.

  Ivon Défayes: um bom gigante!  Conheci-o em finais dos anos oitenta. Alto e espadaúdo. Suíço de gema. Do cantão do Valais. De Leytron.  Professor de profissão, Ivon Défayes era meigo, afável e dado. Deixava sempre à entrada da porta qualquer laivo de superioridade ou de arrogância e gostava de interagir, de comunicar. Gostava de uma boa conversa sobre Portugal e sobre a terra que o recebeu de braços abertos, a pitoresca aldeia do Tojal, que ele adotara também como sua pela união com a Ana. Ivon Défayes era genuinamente bom, um verdadeiro cidadão do mundo, da globalidade, mas sempre um intransigente cultor do respeito pela biodiversidade, pelo ambiente, pelas idiossincrasias locais, que ele pensava e respeitava no seu mais ínfimo pormenor. Bem me lembro, aliás, das especificidades sobre os sons da noite que ele escrutinava, vindos da floresta, da mata dos Penedinhos Brancos – das aves, dos batráquios e dos insetos – em algumas noites de verão, junto ao rio Sátão. B...