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Mensagens

A mostrar mensagens de junho, 2025

Acácio Pinto | Podcast do Jornal do Centro à volta dos livros

Numa entrevista concedida ao Capitul'Aparte do Jornal do Centro, Acácio Pinto, entrevistado pelo jornalista Carlos Esteves, fala de livros e de literatura e dos seus livros, nomeadamente de O Leitor de Dicionários . O podcast pode ser ouvido aqui: CAPITUL'APARTE  ou aqui: SPOTIFY Sobre o livro, o autor aborda a "geografia sentimental", os lugares onde decorre toda a trama romanesca (nomeadamente Viseu, Sátão, Fornos de Algodres, Tondela, Serra do Montemuro, em Cinfães), e traça as características psicológicas de Alberto, a personagem principal, bem como o contexto social, político e educacional dos últimos anos do Estado Novo. São 34 minutos de conversa, onde também se fazem incursões na literatura e na sua relação com a realidade, bem como sobre os processos de escrita e de revisão dos livros que editou recentemente ( O Volframista e O Leitor de Dicionários). TAMBÉM AQUI

“A Baba do Lobo”: dos tempos loucos do volfrâmio à atualidade consumista

  “A Baba do Lobo”: dos tempos loucos do volfrâmio à atualidade consumista “A Baba do Lobo” é um espetáculo que partindo dos tempos loucos da exploração e comercialização de volfrâmio e de outros recursos, nos questiona sobre a atualidade, infrene, de consumo de recursos. E não haveria tempo mais próprio para esta coprodução subir à cena do que este tempo em que vivemos, de guerra e de incerteza mundiais. Em Portugal, outrora, esventrou-se a terra para dela extrair o volfrâmio, esse ouro negro tão necessário à indústria militar. Esse minério que tanta riqueza e tanta pobreza fez entre nós. Que tanto matou, com o pó da mina. Hoje, com os rearmamentos em curso, em todas as geografias, vai-se de novo ao ventre da terra, ao minério. Ao volfrâmio, mas também ao lítio, níquel, cobalto… e às célebres terras raras. Seja Segunda ou Primeira, do Leste ou do Sul, seja qual guerra for, já percebemos, lá estão os do costume à cata deles, dos recursos. Dos metálicos, dos não metálicos, d...

Rendiconta | 50 anos | 1975 – 2025

  Título: Rendiconta | 50 anos | 1975 – 2025 Autores: Alfredo da Silva Correia e Cláudia Correia Edição:  Letras e Conteúdos Direitos da edição:  Rendiconta Design gráfico:  The Calhau Paginação e impressão:  rioGráfica Depósito Legal: 548892/25 Edição: Junho de 2025 Idioma: Português Dimensões: 230 x 230 x 5 mm Encadernação: Capa mole Páginas: 80 Classificação: Livro comemorativo – 50 anos da empresa Rendiconta SINOPSE O livro  Rendiconta | 50 anos | 1975 – 2025  é um livro que visa traçar a história dos 50 anos de vida da empresa, desde o momento da sua criação (16 de junho de 1975), como gabinete técnico de economia e contabilidade até à atualidade, como empresa de contabilidade e de apoio à gestão. É um livro escrito pelo fundador, Alfredo da Silva Correia, usando as suas memórias, e pela filha, Cláudia Correia, também gerente da Rendiconta, com base em conversas com colaboradores, clientes e o presidente da ACICB – As...

Tradições de São João: Balões e fogueiras de rosmaninhos

  A noite de São João começava sempre à tarde, com uma ida à serra para apanhar rosmaninhos. Com o carro de mão, a sachola e uma corda, lá íamos nós caminho adiante, até à corga da Raposa apanhar os rosmaninhos floridos. Depois era acamá-los no carro, amarrá-los com a corda e fazer a viagem de regresso, não sem antes bebermos água na fonte das Perdizes. À noite, o caldo e as batatas com o conduto eram deglutidos com rapidez. A rua começava a encher-se e não podíamos perder pitada. Até porque tínhamos de ir ajudar o tio Fernando a lançar o balão que todos os anos lhe ajudávamos a fazer, colando o papel vegetal com farinha triga numa estrutura de canas e arame. Na boca do balão o tio Fernando colocava uma mecha, feita de serapilheira, embebida em petróleo. Depois era colocar o balão sobre uma fogueira, para que se fosse enchendo de fumo e só então era acesa a mecha para que o ar não arrefecesse e a sua rota fosse a maior possível. Como o vento de levante era dominante o bal...

Aprovado o quadro da Polícia Municipal de Sátão: 12 zeladores e 24 guardas

  Foi aprovado “o quadro da polícia municipal do concelho de Satam” constituído por “doze zeladores e vinte e quatro guardas campestres, remunerados somente com a parte que lhes competir no producto das multas”. Este quadro foi aprovado pelo Presidente do Conselho de Ministros, Ministro e Secretário de Estado dos Negócios do Reino e o Rei D. Manuel II entendeu por bem promulgar em 17 de junho de 1909.

Acácio Pinto venceu prémio literário das Bibliotecas Viseu Dão Lafões

  Acácio Pinto foi distinguido no dia 29 de maio com o prémio literário (prosa) relativo ao primeiro concurso de escrita criativa promovido pela Rede Intermunicipal de Bibliotecas Viseu Dão Lafões (RIBVDL). Vítor Figueiredo, na qualidade de presidente do Município de São Pedro do Sul e de vice-presidente da CIM Viseu Dão Lafões, foi o anfitrião deste momento que decorreu no antigo estabelecimento prisional local, exemplarmente requalificado para Biblioteca Municipal e Centro Cultural. O desafio colocado aos candidatos era escrever um texto original subordinado ao tema “Encantos da Nossa Terra”, com o objetivo de incentivar o gosto pela escrita e criação literária e de estimular a criatividade e imaginação através da escrita. O concurso dirigiu-se a todos os cidadãos interessados, desde que residissem no território da Comunidade Intermunicipal Viseu Dão Lafões e apresentassem textos originais em língua portuguesa em prosa ou em poesia. Acácio Pinto foi o vencedor desta prime...

Figueira da Foz | “A Corrida Mais Bonita de Portugal”? Sim. E no resto ano?

Foto: Município da Figueira da Foz “A Corrida Mais Bonita de Portugal”? Sim. E no resto ano? Concordo com o nome encontrado pela organização para traduzir, de forma apelativa, a corrida/caminhada que se realizou, pela segunda vez, neste fim de semana entre a Praia de Quiaios e a Figueira da Foz. Tratou-se de “A Corrida Mais Bonita de Portugal”. Porém, não compreendo a contradição que tal nome encerra. Trata-se mesmo de um paradoxo. Ou seja, a organização, a cargo do município da Figueira da Foz , adotou um nome (o melhor nome que poderia, sem dúvida!) só que inconsequente nos restantes dias do ano. E passo a explicar o meu ponto. Recuemos quatro anos, a 2021, quando por opção do município (não importa para aqui quem verdadeiramente tomou a decisão ou quem a executou), aquele percurso marginal, de rara e soberba beleza, entre a Murtinheira e o Farol, foi pavimentado. E, desde tal decisão, aquele trajeto, ou aquele trilho, que precisava de facto de uma requalificação, ficou exclu...

Acácio Pinto, em luta pela palavra

Texto de José Lapa , publicado no jornal Via Rápida , 15.05.2025  Nestas coisas da escrita, lembro-me muito de Adília Lopes: «Nada te turbe / Nada de espante ». Talvez a escrita se inicie aqui, apesar de ser difícil percebê-la na sua origem, lá bem no fundo das nossas motivações, desejos ou missões. Do fluxo memorial desagua-me também Vergílio Ferreira, logo ele que dizia ter vindo para se desassossegar e nos desassossegar: « Da minha língua vê-se o mar ». E, no desassossego, pulsa e vive a pátria, esse extenso domínio da língua, como escreveu Pessoa. Acácio Pinto, anda de escola em escola, a falar dos seus livros, nomeadamente dos últimos: O Volframista (2023) e  O Leitor de Dicionários (2024). Dois textos que marcam preocupações sociais e culturais do autor, ou seja, humanistas. Acácio Pinto, é um escritor de missão, por isso, e tenta semear a palavra e a leitura, como kit de sobrevivência para tempos sem espanto e onde a língua mirra tida por desnecessária, as tecnolo...

Crónica em três atos | Ato 1: Do que fomos, do que somos

  Desde a antiguidade que somos um povo de marinheiros. Um povo com vocação marítima. Ou não vivêssemos nós paredes meias com o mar imenso. Com essa autoestrada sem fim que outrora nos levou até aos novos mundos do Mundo. Somos um jardim à beira mar plantado neste sudoeste da Europa continental. Um território com múltiplos pés espalhados pelo oceano, que se nos oferta defronte, quais atlânticos arquipélagos tão nossos, quanto este retângulo tão deles. Uma terra múltipla e com uma alma infindamente grande. Podemos afirmar que somos uma nação milenar e una. Tão una! Sem ruturas identitárias. Com uma identidade plena. Todos identificados com os seus mais fortes símbolos. Simbolismos. Hino. Bandeira. Quiçá, cultura. Dentro da qual todos cabemos, à vontade. No passado, longo de séculos, fomos mais monárquicos. Hoje somos mais republicanos. Ontem estivemos subjugados e oprimidos. Agora vivemos sob os (bons) ditames do voto livre. Fomos governados por aqueles. E nestes tempos de pro...

Análise de "O Volframista" pelo Tiago Marques, aluno do 12.º ano, de Sátão

  No dia 7 de maio fui falar sobre o meu livro O Volframista à Biblioteca da Escola Secundária de Sátão, para uma turma do 12.º ano. Nesse dia decidi sortear pelos alunos um livro, tendo sido contemplado o Tiago Marques que agora me remeteu a sua análise. Um agradecimento ao Tiago Marques e às professoras que me convidaram para falar com os seus alunos. Eis a análise do Tiago: O Volframista, de Acácio Pinto, é um romance histórico que transporta o leitor para o Portugal rural da década de 1940, durante a Segunda Guerra Mundial. A obra centra-se na figura de Abel Fernandes, um trabalhador rural que, em busca de uma vida melhor, envolve-se no lucrativo e clandestino comércio de volfrâmio, mineral estratégico utilizado na indústria armamentista. A narrativa explora as consequências desse envolvimento, incluindo ascensão social, amores proibidos, corrupção e tragédias pessoais. Contexto histórico e enraizamento local A história é ambientada nas regiões rurais e mineiras de ...

Abordei o contexto histórico de O Volframista em congresso de ex-mineiros

A convite da organização efetuei no dia 31 de maio uma comunicação ao 3º Congresso da ATMU ( Associação dos ex-Trabalhadores das Minasde Urânio ). Esta iniciativa dos ex-mineiros teve lugar na Urgeiriça, Canas de Senhorim, concelho de Nelas, e contou com diversas intervenções de pessoas oriundas de diversas antigas minas. No meu caso, integrado no painel de História, abordei, a partir do romance O Volframista o contexto histórico político e social da corrida ao ouro negro que teve lugar em Portugal, nomeadamente aquando da Segunda Guerra Mundial. Não deixei de circunstanciar o contexto da exploração e da comercialização de volfrâmio por parte do governo de Salazar aos ingleses e aos alemães bem como o intenso negócio clandestino de volfrâmio no mercado paralelo. Deixei uma breve pincelada sobre o aumento da procura que está a ocorrer atualmente no mundo, deste metal, fruto da escalada armamentista que estamos a viver. Este congresso contou com a presença de Ferro Rodrigues no s...

Diz o povo. Provérbios de junho

  Junho, foice em punho. Junho calmoso, ano formoso. Para junho guarda um toco e uma pinha e a velha que o dizia guardados os tinha. Junho abafadiço sai a abelha do cortiço. PROVÉRBIOS NESTE SITE | E NESTE