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Lúcio Campos, comandante distrital da ANPC, diz que o dispositivo do distrito de Viseu é o maior a nível nacional.

Assumiu funções as funções de Comandante Distrital da ANPC no dia 5 de agosto de 2013. Num dos verões mais problemáticos no que concerne aos incêndios florestais e consequentemente ao trabalho que tinha pela frente. Falamos de Lúcio Manuel Soeiro Marinho de Campos, de 50 anos de idade, tenente-coronel, que anteriormente era Comandante do 2º Batalhão de Infantaria da Brigada de Intervenção sediado no RI 14 de Viseu. 
Com ligações familiares ao Sátão, Lúcio Campos, foi substituir César Fonseca com quem mantém uma relação “muito boa e de grande amizade”. 
Lúcio Campos, a quem o presidente da ANPC, major general fez publicar em Diário da República de 11 de novembro o louvor 921/2015 pelos relevantes serviços prestados enquanto Comandante Distrital, é o convidado de hoje de DÃO E DEMO.
Dão e Demo: Está a exercer as funções de Comandante Operacional Distrital (CODIS) da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) desde agosto de 2013. Foi difícil a adaptação a esta estrutura multifacetada e com uma cultura e génese diferentes da instituição militar, donde veio?
Lúcio Campos: Apesar de diferente na sua cultura e na génese, penso que existem muitas convergências e similitudes entre esta estrutura (ANPC) e a Instituição Militar. Ambas têm como princípios orientadores valores como a cooperação, voluntarismo, camaradagem, lealdade, profissionalismo, competência, disponibilidade e espirito de sacrifício. Como tal, foi fácil a minha adaptação a esta nova realidade. Trabalha-se diariamente com pessoas, homens e mulheres, incansáveis e persistentes na procura do bem comum e no auxílio ao próximo. 
Como tem sido a sua relação e articulação com os diversos agentes de proteção civil, nomeadamente com os bombeiros, a GNR, as autarquias e os sapadores florestais?
Penso que boa e isso tem-se revelado muito útil e proveitoso. São realizadas periodicamente reuniões com a participação de todos estes agentes de proteção civil e tem-se procurado trabalhar em rede, implementando medidas e realizando no terreno ações de sensibilização conjuntas, no sentido de alertar as pessoas para a necessidade de evitarem comportamentos de risco e cumprirem com a legislação em vigor, no sentido de reduzir o número de ignições e consequentemente o número incêndios e área ardida.
A aposta que está a ser feita junto das escolas e dos jovens para, através destes, melhor chegar aos mais velhos, garantir uma cultura de segurança no futuro e fazer com que as boas práticas estejam cada vez mais enraizadas na sociedade portuguesa, tem-se revelado muito positiva e profícua...
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