Avançar para o conteúdo principal

A Chave Para Rebecca, de Ken Follet: Valeu a pena, apesar de um final com cenas muito inverossímeis

 


Ken Follet traz-nos neste seu A Chave para Rebecca uma trama passada nos anos 40, durante a Segunda Guerra Mundial, tendo o Egito e mais concretamente o Cairo como o principal centro dos acontecimentos.

É um romace forte, bem estruturado, que envolve as forças britâncias, de um lado, e as tropas alemãs, onde pontificava Rommel, do outro.

No centro do romance está a espionagem, os agentes infiltrados e todo o trabalho que é feito por estes pivots junto do inimigo, seja a troco de dinheiro seja a troco de convicções fortes radicadas em questões de ordem nacionalista.

Pelo meio há uma ação intensa, muito bem urdida, envolvendo mulheres, de parte a parte, em jogos de sedução para tentarem atingir os objetivos de descoberta de segredos militares, ou os códigos de transmissão das mensagens, que pudessem conferir vantagem a uma das partes.

E o romance vai sempre em crescendo, com diversas imprevisibilidades que apanham os leitores de frente ou de cernelha e o confrontam com desenlaces reveladores da enorme criatividade do seu autor num jogo permanente de abrir novas vias para esta trama empolgante.

Eis, porém, que, chegados aproximadamente às ultimas oitenta páginas, na minha opinião, somos confrontados com uma trama que, de tão urdida e de tanto querer ser inesperada e imprevisível, se torna fastidiosa, cheia de improbabilidades, de inverossimilhanças e de uma urdidura que consumimos sem o sumo que nos alimentou até ali.

O fim era adivinhado, desde o início, mas só chegar lá após fazer-nos passar por oitenta páginas de leitura seca não foi a melhor opção.

O livro era muito melhor se tivesse terminado, com o mesmo fim, antes daquele “suplício” final de termos sido marionetas nas mãos do autor.

De qualquer modo: valeu a pena!

Antes deste tinha lido A Queda dos Gigantes que tinha adorado.

Título: A Chave Para Rebecca

Autor: Ken Follet

Editora: Editorial Presença

Páginas: 382

Acácio Pinto | junho de 2024

Mensagens populares deste blogue

Frontal, genuíno, prestável: era assim o António Figueiredo Pina!

  Conheci-o no final dos anos 70. Trabalhava numa loja comercial, onde se vendia de tudo um pouco. Numa loja localizada na rua principal de Sátão, nas imediações do Foto Bela e do Café Sátão. Ali bem ao lado da barbearia, por Garret conhecida, e em frente da Papelaria Jota. Depois, ainda na rua principal, deslocou-se para o cruzamento de Rio de Moinhos, onde prosseguiu a sua atividade e onde se consolidou como comerciante de referência. Onde lançou e desenvolveu a marca que era conhecida em todo o concelho, a Casa Pina, recheando a sua loja de uma multiplicidade de ferramentas, tintas e artefactos. Sim, falo do António Figueiredo Pina. Do Pinita, como era tratado por tantos amigos e com quem estive, há cerca de um mês e meio, em sua casa. Conheceu-me e eu senti-me reconfortado, conforto que, naquele momento, creio que foi recíproco. - És o Acácio - disse, olhando-me nos olhos. Olhar que gravei e que guardo! Quem nunca entrou na sua loja para comprar fosse lá o que fosse? Naquele ba

"Sátão: 50 Anos de Liberdade" foi ao Preço Certo

O livro " Sátão: 50 Anos de Liberdade " foi ao programa Preço Certo. Este programa vai diariamente para o ar na RTP 1 sob a batuta de Fernando Mendes. Foi pela mão de Maria Conceição Loureiro, que participou no programa que foi para o ar nesta segunda-feira, dia 2 de setembro, que o livro foi oferecido a Fernando Mendes, o apresentador deste popular programa televisivo que há várias décadas está a ser emitido. O livro, da autoria de Acácio Pinto, que trata dos últimos 50 anos de vida autárquica no concelho de Sátão, foi oferecido à participante no concurso pela Junta de Freguesia de Mioma, freguesia onde reside.

RÃS - SÁTÃO: FESTA DE NOSSO SENHOR DOS CAMINHOS, DIA 26 DE MAIO

A tradicional festa de NOSSO SENHOR DOS CAMINHOS, em Rãs, concelho de Sátão, decorrerá, este ano, no dia 26 de maio, domingo da Santíssima Trindade. Estão todos convidados para se associarem a uma das maiores, senão mesmo a maior, romaria da beira, que tem na procissão e nos andores os elementos mais característicos. Nasci, cresci e vivi quase 30 anos em Rãs, onde ainda hoje, semanalmente, me desloco por lá residirem os meus pais e por razões telúricas e emocionais. Altar da capela de Nosso Senhor dos Caminhos Altar da capela da Senhora dos Verdes