Presidentes das Câmaras de Sátão e de Penalva do Castelo estão de costas voltadas por causa da justiça
Notícia DÃO E DEMO
A comunicação social regional levantou, nas últimas semanas, a questão da acessibilidade à justiça da população do concelho de Penalva do Castelo, que neste momento têm acesso à justiça através do Tribunal de Sátão, e que, segundo a comunicação social, a população de Penalva poderá regressar ao Tribunal de Mangualde, donde tinha saído aquando da última reforma judiciária.
Desafiado, na última Assembleia Municipal de Sátão, no dia 28 de abril, a esclarecer o que se passava, Alexandre Vaz disse que não tinha conhecimento oficialmente de qualquer alteração, mas avançou que a situação a ocorrer “só tem um intuito político” dizendo que a distância de Penalva ao Sátão é menor do que a Mangualde e que a Câmara de Sátão que “em tempos teve um autocarro entre Penalva e Sátão”, neste momento paga um táxi às pessoas de Penalva que queiram vir ao Tribunal de Sátão e para além disso há muito menos pendências em Sátão do que em Mangualde.
Portanto os três elementos mais importantes para Alexandre Vaz, no âmbito da justiça, estão reunidos em Sátão, “proximidade”, “melhor justiça” e “transportes” pelo que não compreenderá qualquer alteração à situação atual.
Quem não gostou destas declarações foi o presidente da Câmara Municipal de Penalva do Castelo. Confrontado, pela Alive FM, com as declarações de Alexandre Vaz, Francisco Carvalho devolve as acusações e diz que quando Alexandre Vaz “invoca motivos ele sabe do que está a falar, pois ele sabe que foi por motivos políticos que a população de Penalva do Castelo foi transferida da comarca de Mangualde para a de Sátão, uma vez que o senhor presidente da Câmara de Sátão disse em período eleitoral [eleições de 2013] que se lhe fechassem o Tribunal ele não seria candidato à Câmara de Sátão.”
E o presidente de Penalva disse mesmo que “ele e os seus companheiros de partido, o dr. Leonídio Monteiro e o PSD de Viseu fizeram tudo para cometer a maior injustiça ao concelho de Penalva do castelo.” Portanto quando “ele fala de motivos políticos ele sabe do que está a falar, porque sabe do modo como tratou esta transferência.”
Francisco Carvalho chegou mesmo ao ponto de dizer que “neste momento o dr. Vaz já não manda no município de Penalva do Castelo” uma vez que graças à vontade dos eleitores de Penalva em 2013, deixaram de ter um autarca que obedece ao autarca de Sátão e passaram a ter um independente.
Francisco Carvalho relembrou ainda nestas declarações à Alive FM que “foi aprovado por unanimidade na Assembleia Municipal de Penalva do Castelo ainda no mandato anterior que queriam pertencer à comarca de Mangualde e essa é a vontade que prevalece no concelho.”
Quanto às distâncias Francisco Carvalho acusou o seu homólogo de Sátão de não conhecer o concelho de Penalva do Castelo, pois “há freguesias que fazem o triplo dos quilómetros para irem à comarca de Sátão quando os não faziam para Mangualde.
Portanto, a polémica está lançada, aguardando-se, agora, as cenas dos próximos capítulos.