A EN 229 entre Viseu e Sátão é uma via completamente
congestionada de trânsito, situação que atinge a rutura nos meses de verão, em
que, entre estas duas localidades, diariamente, e nomeadamente durante a manhã
e ao final da tarde, os condutores são confrontados com quilómetros intermináveis
de filas. São cerca de dez mil veículos por dia.
Este é um daqueles problemas sobre o qual as autarquias já
se pronunciaram (câmaras, assembleias municipais e juntas de freguesia), com
aprovação unânime de moções e de tomadas de posição, e que, igualmente,
congrega a unanimidade de opiniões de todos quantos diária ou esporadicamente
passam nesta via que serve inúmeros concelhos dos distritos de Viseu e da
Guarda.
A situação, de ‘engarrafamento’ permanente de trânsito, nada
melhorou com as obras de requalificação do piso, de semaforização, e de traçado
que foram levadas a cabo. Desde sempre se soube que a solução para o problema,
e que está assumida por todos, era a da construção de uma nova via, designada
de variante à EN 229 entre Sátão e Viseu.
O que é facto é que, pese embora o processo estar em curso
desde 2011, desde o governo do PS, e neste momento com a avaliação ambiental já
desenvolvida e concluída há cerca de dois anos, nada se sabe sobre atual o estado
da arte que não sejam declarações avulsas e completamente incoerentes, por
parte da tutela.
Por exemplo, a uma pergunta ao governo, sobre a situação
desta nova ligação, colocada pelos deputados do PS de Viseu, em 21 de fevereiro
de 2013, foi respondido pelo ministro da economia, em 18 de julho de 2013, que
“a prioridade de materialização da ligação em causa encontra-se a ser avaliada
no âmbito do Plano de Proximidade 2014”.
Já por seu lado o secretário de estado dos transportes,
Sérgio Monteiro, segundo a comunicação social do mês de julho passado, disse
que esta ligação deve contar com a participação das câmaras de Viseu e de Sátão
e até dos agentes económicos, situação que causou estranheza uma vez que se
trata de uma estrada nacional.
Aliás, estas declarações de Sérgio Monteiro mais não
significam do que manobras dilatórias para fazer de conta que está a fazer
alguma coisa.
Mas o importante neste momento é que o governo responda, se
tem a exata noção da situação caótica que se vive nesta via, se o tal plano de
proximidade de 2014 já está elaborado e se esta variante consta, ou seja, que
diga quando começa a execução da obra. Tudo o mais é conversa da treta!
Acácio Pinto
Diário de Viseu