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A mostrar mensagens de novembro, 2024

Ecos da apresentação de O Leitor de Dicionários em Cinfães

Foram vários os textos publicados na sequência da apresentação, no dia 22 de novembro, do livro O Leitor de Dicionários, em Cinfães. Deixamos aqui, para memória futura, os textos que a Rádio Montemuro e a Câmara Municipal de Cinfães publicaram. Rádio Montemuro : «Acácio Pinto, apresentou no passado dia 22 de novembro, a sua mais recente obra  “O Leitor de Dicionários” , na Biblioteca Municipal de Cinfães. O autor, ex-Governador Civil e ex-deputado, insere nesta sua obra ambientes e pormenores, alusivos ao Concelho de Cinfães, como a serra de Montemuro, o rio Bestança, a Gralheira, ou os Bombeiros de Cinfães, entre outros, como dá nota Serafim Rodrigues, vice-presidente da Câmara Municipal de Cinfães, que fez a apresentação da obra, deixando o repto de que  “Um grande final, mesmo dramático, faz um grande livro”. Armando Mourisco, edil cinfanense enalteceu o trabalho de Acácio Pinto, salientando o seu contributo ao serviço público. Por sua vez, o autor desvendou alguns po...

Acabou de sair a 2.ª Edição de O Leitor de Dicionários

  Face à excelente recetividade que o romance  O Leitorde Dicionários  tem vindo a obter junto do público, tivemos de efetuar uma 2.ª edição. A apresentação do livro teve lugar no dia 13 de outubro no cineteatro municipal de Sátão, ante uma plateia que encheu por completo a sala. Registe-se que na sessão de apresentação do livro em Cinfães, já foi disponibilizada aos leitores a 2.ª edição. Nesta, o autor procedeu à correção de alguns pormenores. Para além de dois lapsos, foi alterado o nome da empresa de transporte de passageiros que operava em Fornos de Algodres. Não era “Bernardinos” mas sim Amândio Paraiso e Filhos. Assim sendo, agradecemos, expressamente, aos vários leitores que fizeram chegar essa observação. Recorde-se que O Leitor de Dicionários foi a obra vencedora do Prémio Literário Cónego Albano Martins de Sousa 2024. Este prémio, que o autor,  Acácio Pinto , já havia ganhado em 2022, com   O Volframista , é promovido pela Câmara Municipal de ...

O Leitor de Dicionários foi apresentado em Cinfães

  O Leitor de Dicionários foi apresentado, no dia 22 de novembro, na Biblioteca Municipal de Cinfães. Este romance de Acácio Pinto, que tem como cenário espacial, em grande parte da obra, a Serra do Montemuro, o vale do rio Bestança, a aldeia da Gralheira e tantos outros locais de paisagens idílicas, não poderia deixar de efetuar uma passagem por Cinfães, o concelho a que as mesmas pertencem. Com a sala cheia, depois da música, interpretada por jovens artistas da Academia de Artes de Cinfães, foi a vez de Serafim Rodrigues, o vice-presidente da câmara, efetuar a uma excelente apresentação da obra, da qual leu alguns excertos, nomeadamente referentes ao concelho, enaltecendo a qualidade da mesma e o seu final imprevisível. Armando Mourisco, o presidente da autarquia cinfanense, de seguida, aludiu à importância que a leitura tem para a escrita e para a qualidade da comunicação. Traçou igualmente uma sucinta nota biográfica do autor, nomeadamente enquanto governador civil de Vi...

Aquilino Ribeiro no meio do colóquio sobre o fogo nas serras da Lapa e de Leomil

Aquilino Ribeiro, esse mago da literatura portuguesa da primeira metade do século XX, é incontornável, quando se trata de falar das suas (nossas) Terras do Demo. Vem isto a propósito do colóquio que teve lugar neste domingo , 17 de novembro, na Casa das Novenas, na Lapa , concelho de Sernancelhe. O tema em debate era precisamente "História do Fogo nas Serras da Lapa e de Leomil". Bem, mas regressemos a Aquilino. Foi a Eleonora Monaci, da Universidade Nova, de Lisboa, que o trouxe ao colóquio através de uma breve análise de duas obras. Uma de Aquilino Ribeiro, Quando os Lobos Uivam , obra de 1958, e outra de Adriano Carvalho, O Regime Florestal de Serpins , esta de 1911. E porquê, esta obra de Serpins, no concelho da Lousã? Pois bem, pelo facto de Aquilino, aquando do processo que o Estado Novo lhe moveu devido à escrita do seu livro, que haveria de ser censurado, ter referido, em sua defesa, que se havia inspirado para o escrever, precisamente, naquilo que se passara em Serpi...

Opinião de Joaquim Alexandre Rodrigues sobre "O Leitor de Dicionários"

  Crónica de Joaquim Alexandre Rodrigues publicada no Blog OLHO DE GATO  e no Jornal do Centro «Alberto da Silva Gomes gostava tanto de palavras que inventava jogos com elas. Quando andava no liceu, pegava na quinta edição do  Dicionário de Língua Portuguesa , da Porto Editora, abria-o ao calhas numa das suas 1556 páginas, e procurava nela a palavra mais comprida. O rapaz, durante uns tempos, não conseguiu achar nenhuma com mais de vinte e uma letras. Quando encontrou “otorrinolaringologista”, com as suas portentosas vinte e duas letras, teve uma epifania. Entendamo-nos, eram outros tempos, sem net, sem o sr. Google, sem “inteligência” artificial, sem formiguinhas amáveis a fazerem verbetes na Wikipédia sobre todos os assuntos, incluindo sobre palavras quilométricas. Agora, num segundo, acha-se facilmente a maior palavra em português — “pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico” — que se refere a uma pessoa com uma doença nos pulmões por ter respirado cinzas vulc...

Museu de Pintura Naïf de Sátão: uma ideia de Hermínio Marques Ferreira

  Está concluído e em fase de instalação, inauguração e de abertura ao público o Museu de Pintura Naïf de Sátão , que se localiza nas Pedrosas, aldeia natal do doador da coleção, Hermínio Marques Ferreira. Este museu, propriedade da Câmara Municipal de Sátão, resultou da requalificação e ampliação de uma casa senhorial que foi, igualmente, doada por Hermínio Ferreira e que irá albergar todas as obras de pintura naïf que este satense, falecido em junho de 2019, colecionou. Hermínio Ferreira viveu os últimos anos no concelho de Sátão, em Lamas de Ferreira de Aves, na Casa do Paço, que integra uma vasta quinta agroflorestal. Foi professor de Economia na Universidade Católica, tendo como seu colega, o também docente na mesma universidade, Cavaco Silva e esteve ligado, na década de oitenta, à criação do CISF, que liderou, banco de empresas que veio a ser absorvido pelo BCP – Banco Comercial Português. A este propósito, deixamos a nossa opinião, de que falta, por parte do município...

Meia-Noite ou O Princípio do Mundo: Um livro arrebatador!

  Meia-Noite ou O Princípio do Mundo: Um livro arrebatador! Nunca tinha lido nenhum livro de Richard Zimler. Nunca. “Meia-Noite ou o Princípio do Mundo” foi o primeiro. E que lição ele me deu! Que bela oração ele me proporcionou (nos proporciona) ao longo de mais de quinhentas suculentas páginas de magnífica prosa narrativa! Que demonstração de tolerância. Até com aqueles que nos escravizam. Nos ferem a dignidade. Um livro de combate às injustiças e de apelo à essência da natureza humana. De demonstração das nossas fragilidades e incertezas. Dos nossos erros e da importância que os consignemos ao passado. Da impossibilidade de sermos seres perfeitos. Que belo romance. Que belas histórias o autor nos proporciona nas primeiras décadas do século XIX. No Porto, durante as invasões francesas, e em Londres e Nova Iorque. Em tempos de perseguição aos judeus em Portugal. Em tempos da escravatura africana que enxameou, sobretudo, o sul dos Estados Unidos da América. É uma narrativ...

Divagação a propósito da exposição de fotografias de Nuno Furet, sobre os arrozais do Baixo Mondego

  Sou um consumidor frequente de exposições. Das mais diversas exposições, nomeadamente de pintura e de fotografia. Vem esta minha divagação a propósito da última exposição que visitei. Uma exposição de fotografia, de Nuno Furet , que está patente ao público no CAE – Centro de Artes e Espetáculos da Figueira da Foz . O seu título é “Um ano nos arrozais do Baixo Mondego - Uma deambulação fotográfica”. E, para além da ideia que originou as fotografias, de que gostei particularmente, um ano em torno de uma realidade, que nos mostra as rotações e as translações da inexorabilidade do tempo que passa, em repetências cósmicas, aquilo que me levou a este texto tem a ver com o processo expositivo. Concretamente, quero destacar o facto de as fotos nos serem apresentadas sem qualquer cobertura de vidro/acrílico. E será que esse aspeto merecia uma nota? Merecia esta crónica? A minha resposta é sim. Direi mesmo que faz toda a diferença. Aquele ‘ruído’ que a iluminação normalmente pr...

Antigamente, os defuntos lambiam os figos!

  Antigamente os defuntos lambiam os figos! Fosse qual fosse a ancestral causa, a verdade é que os jovens e os adultos mais sugestionáveis, na Beira Alta, deixavam de comer figos a partir do dia 1 de novembro. A causa era simples, os defuntos, precisamente, nessa noite, iam lambê-los, quais demónios em busca das suas presas.  De facto, já não eram muitos os figos vindimos que existiam nas figueiras, mas havia sempre algumas que exibiam alguns apetecíveis exemplares, sobretudo quando as chuvas não eram muito intensas durante o mês de outubro. Recorde-se que, por tradição, os dias 1 de novembro, Dia de Todos os Santos, e 2 de novembro, Dia dos Finados, eram dias de especiais idiossincrasias para as comunidades. Ia-se aos cemitérios, limpavam-se as campas e sepulturas dos familiares já falecidos, onde se colocavam arranjos florais feitos, essencialmente, com crisântemos e carvalhinhas – rituais que ainda hoje se cumprem – e, portanto, era um tempo de algum recolhimento e de l...