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Mensagens

A mostrar mensagens de janeiro, 2024

"A lesma arrasta-se": os versos inconformados e inconformistas de Arimateia

Depois do Livro venenoso , Eduardo Arimateia oferece-nos A lesma arrasta-se , mais uma incursão na poesia, com a mesma escrita metafórica e ousada. E, se no seu primeiro livro bebemos o ‘veneno’, servido em doses elevadas, agora também não é só a ‘lesma’ que se arrasta. Somos rojados para quotidianos informes e confrontados com os confins de memórias profundas. Para audiências nuas a passados que tantas vezes nos assolam e nos atolam o pensamento. E é neste dédalo da vida que nos vamos movendo, quais lesmas, em busca da intangível felicidade. São versos inconformados e inconformistas, ácidos. São olhares do avesso, traçados de viés, oblíquos, que se esvaem pelos poros de uma vida crua. Cruel? Aqui e ali a doçura, mais adiante a nostalgia e além os indecifráveis e arcanos saberes do tempo. Arimateia é mesmo assim! É uma caixa. Uma bateria de sons. De palavras que se libertam em compassos imprevisíveis. De vozes fundas de seres que nos habitam nas entranhas e que se libertam em...

Encruzado Branco 2022 da Quinta dos Carvalhiços foi medalha de ouro do Crédito Agrícola

  O vinho Quinta dos Carvalhiços Encruzado Doc Dão Branco 2022 foi um dos premiados com uma medalha de ouro na 10º edição do concurso de vinhos do Crédito Agrícola, iniciativa desenvolvida em parceria com a Associação dos Escanções de Portugal, numa cerimónia realizada hoje, na Estufa-Fria, em Lisboa. Nesta edição de 2023 do Concurso de Vinhos do Crédito Agrícola foram recebidos 246 vinhos – brancos, tintos e espumantes – que foram colocados à prova cega do júri por 99 produtores nacionais das várias regiões vitivinícolas do país, Clientes e Associados do Crédito Agrícola. Os vinhos Quinta dos Carvalhiços são produzidos e comercializados pela Fundação São José, cujas vinhas se localizam em São Miguel do Outeiro, Tondela. Já no concurso de 2023 dos Melhores Vinhos do Dão, promovido pela CVR Dão, havia igualmente recebido uma medalha de ouro com o seu Reserva Branco 2021.

Breve balanço sobre o livro O Volframista um ano após o lançamento

    A 22 de janeiro de 2023 foi efetuada a apresentação do livro O Volframista , vencedor do prémio literário Cónego Albano Martins de Sousa de 2022, numa sessão que teve lugar no Cineteatro Municipal de Sátão, evento organizado pela Câmara Municipal de Sátão, entidade promotora do concurso. Depois disso, foram inúmeras as apresentações que o livro foi tendo em diversos pontos do país, com destaque para o distrito de Viseu: Vila Nova de Paiva, Penalva do Castelo, Viseu, São Pedro do Sul, Mangualde, Aguiar da Beira e Lisboa. E, face a enorme procura, as edições foram-se sucedendo. A 2ª edição saiu em abril, e a 3ª em agosto. Um ano volvido, o livro já viajou, através da Wook e de compras diretas ao editor, para a generalidade dos distritos de Portugal Continental e para as regiões autónomas. Igualmente voou para inúmeros países da Europa, sobretudo, onde há grandes comunidades portuguesas, casos de França e Suiça. Impõe-se, igualmente, neste breve balanço, agradecer às ...

Breve retrospetiva sobre os meus 44 anos de serviço

  Em 1980, na Escola Preparatória de Paço de Arcos Cumpro hoje 44 anos de funções públicas, ao serviço do estado português. Corria o ano de 1980 quando, no dia 15 de janeiro, me apresentei na Escola Preparatória de Paço de Arcos, concelho de Oeiras, para trabalhar nos serviços de ação social escolar, onde fora colocado até 31 de agosto desse ano. Munido de um alvará passado pela Direção Escolar de Lisboa, subi a Avenida Voluntários da República, em Paço de Arcos, e, chegado à escola, fui recebido pelo presidente do conselho diretivo, de cujo nome não me recordo, e pelo senhor Costa, chefe da secretaria. Era Primeiro-Ministro, bem me lembro, Francisco Sá Carneiro e Ministro da Educação Vítor Crespo. Na pasta das Finanças e do Plano estava Aníbal Cavaco Silva. No ano letivo de 1980/81 seguiu-se uma ida para o concelho de Tabuaço, mais concretamente, para a mui altaneira e bonita aldeia de Valença do Douro, onde fui colocado, agora pela Direção Escolar de Viseu, no Jardim de I...

Aurelino Costa, um poeta que não se verga!

  Ser poeta é… É isto. É não ter fronteiras. É não ter limites. É assim como um ser do avesso. Um ser que só respeita a sua gramática. Uma gramática de emoções, de tempos inventados, de geografias invisíveis. De químicas que se digladiam em preces de uma esperança imorredoura. Ser poeta é… É isto. É um corpo que se despe. Que rasga as suas roupas transparentes. Que mostra a sua nudez com verbos por inventar. Que só se sabe, sempre, ofertar em doses de corpo inteiro. Ser poeta é… É magia que se nos entranha. É texto e são palavras em torvelinho. Palavras que nos vergastam o corpo dorido pelas adições do viver. É uma textura sem receita conhecida. Ser poeta é… É muito, mesmo muito, para além disto! Como gosto, Aurelino Costa, que continues um poeta indómito! E como te degustei na tua Casa e logradouro. Não sei se pelo palato, se pelos poros. Se pela pele, se pelo cheiro a erva tenra. Ou se, pelo odor à cama onde desabrocham as flores dos Jardins Suspensos da Babilónia! Títu...