Depois do Livro venenoso , Eduardo Arimateia oferece-nos A lesma arrasta-se , mais uma incursão na poesia, com a mesma escrita metafórica e ousada. E, se no seu primeiro livro bebemos o ‘veneno’, servido em doses elevadas, agora também não é só a ‘lesma’ que se arrasta. Somos rojados para quotidianos informes e confrontados com os confins de memórias profundas. Para audiências nuas a passados que tantas vezes nos assolam e nos atolam o pensamento. E é neste dédalo da vida que nos vamos movendo, quais lesmas, em busca da intangível felicidade. São versos inconformados e inconformistas, ácidos. São olhares do avesso, traçados de viés, oblíquos, que se esvaem pelos poros de uma vida crua. Cruel? Aqui e ali a doçura, mais adiante a nostalgia e além os indecifráveis e arcanos saberes do tempo. Arimateia é mesmo assim! É uma caixa. Uma bateria de sons. De palavras que se libertam em compassos imprevisíveis. De vozes fundas de seres que nos habitam nas entranhas e que se libertam em...
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