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Mensagens

A mostrar mensagens de fevereiro, 2024

A apresentação do livro “A lesma arrasta-se”, de José Arimateia, foi este sábado em Viseu

  Foi uma delícia escutar o olhar do Francisco Mendes da Silva sobre A lesma arrasta-se , livro que teve a sua apresentação pública em Viseu, neste sábado dia 24 de fevereiro. No escuro do auditório do IPDJ as suas palavras transparentes, uma a uma, feitas frases, forneceram-nos mais uma chave de acesso à poesia do José Arimateia e às construções simbólicas que ela encerra. E a beleza da poesia (direi, arriscando, de toda a arte!) está precisamente aí. Está nos múltiplos olhares que proporciona e na beleza que cada um de nós sorve da mancha de cores, figuras, sons e silêncios que impregnam a narrativa poética. Está afinal, nas emoções que nos causa. No choque que nos transmite. As coordenadas de acesso do Francisco Mendes da Silva àquele território poético, confesso, não foram as minhas. Ele deu outras voltas, tão simples e tão poéticas! Fossem “Hammamet” ou “Don Brown Rice Cherry”, ou fossem o “Jardim da Sereia” ou “a senhora da limpeza” no elevador, fosse o que fosse, foram...

Mosteiro de Santa Maria de Seiça: Um bom exemplo de recuperação do património

  Por: Acácio Pinto Localizado na freguesia de Paião, no concelho da Figueira da Foz, o Mosteiro de Santa Maria de Seiça, reclassificado como Monumento Nacional em 2023, cuja origem remonta ao século XII, ao tempo de D. Afonso Henriques, está pronto para viver uma nova vida, depois de uma aposta autárquica, do Município da Figueira da Foz, na sua recuperação e cuja inauguração teve lugar no dia 24 de janeiro de 2024. Após décadas e décadas de abandono, a decisão municipal de o adquirir e de o recuperar exemplarmente merece não só o nosso aplauso como, igualmente, deverá merecer um olhar atento de todos os agentes políticos territoriais, pela importância que estes investimentos no património material e, concomitantemente, no imaterial que, no caso, também não vai deixar de ser efetuado. Não é pelo turismo de massas, mas é pelas mais-valias económicas e paisagísticas e, já agora, habituemo-nos também a olhar para estas obras como âncoras que estimulam a nossa autoestima coletiva....

A Revolta dos Pulgões: Um livro que é uma bela aula de biodiversidade

  Nesta sua segunda incursão pelos livros, o José Carlos Rocha traz-nos A Revolta dos Pulgões , um livro que foi apresentado no dia 13 de janeiro no cineteatro municipal de Sátão. Numa edição cuidada e com excelentes ilustrações, também do autor do texto, este livro conta-nos, em linguagem simples, a interação entre os diversos animais que acontece todos os dias nos diversos ecossistemas da Terra, neste caso, na quinta do Tio Inácio. Fala-nos da importância dos insetos, das toupeiras, dos sapos e de tantos outros animais que, num labor diário, cumprem a sua imprescindível função de elementos que integram uma cadeia alimentar e cuja importância para a biodiversidade é insubstituível. É um livro de feições pedagógicas – ou não fosse o seu autor professor de Ciências Naturais, no Agrupamento de Escola de Sátão – donde tiramos ensinamentos e lições, quais metáforas deste nosso tempo de vida competitiva e agitada. Recorde-se que o José Carlos Rocha foi o vencedor da 1ª edição do...

O César Luís Carvalho é um poeta sempre à procura

  Se dúvida eu tivesse de que o César é, sobretudo, um poeta, ela ter-se-ia dissipado, depois de ler o seu livro de poemas É o tempo… De facto ele é um poeta, embora nos diga logo a abrir “procuro poeta”. Mas, verdadeiramente, o que ele procura são palavras feitas versos. Ele é, afinal, um incansável “procurador” de sons e de tons, dos que melhor se casem com as fotografias com que ilustra cada poema. Damos, até, muitas vezes, por nós, a ler os versos das imagens, dos pormenores mais bucólicos e rurais ou mais urbanos e citadinos e a visualizar as sombras ou a luz e as cores das aguarelas dos poemas mais esculpidos ou mais lineares. O César é assim mesmo. Um teimoso “procurador” de sonhos. Um permanente “caminhador” em busca da sua utopia, “Pudera eu voar”. Da vida, onde “Só a verdade é perene!”. Mesmo em cada “nada” da vida ele procura a vida desse “nada”. Ele procura-se. Questiona-se. É artífice e artesão dessa partícula, por mais ínfima que seja. Que amassa e no-la ofert...