Por: Acácio Pinto
Localizado na freguesia de Paião, no concelho da Figueira da
Foz, o Mosteiro de Santa Maria de Seiça, reclassificado como Monumento Nacional
em 2023, cuja origem remonta ao século XII, ao tempo de D. Afonso Henriques,
está pronto para viver uma nova vida, depois de uma aposta autárquica, do
Município da Figueira da Foz, na sua recuperação e cuja inauguração teve lugar
no dia 24 de janeiro de 2024.
Após décadas e décadas de abandono, a decisão municipal de o
adquirir e de o recuperar exemplarmente merece não só o nosso aplauso como,
igualmente, deverá merecer um olhar atento de todos os agentes políticos
territoriais, pela importância que estes investimentos no património material
e, concomitantemente, no imaterial que, no caso, também não vai deixar de ser efetuado.
Não é pelo turismo de massas, mas é pelas mais-valias
económicas e paisagísticas e, já agora, habituemo-nos também a olhar para estas
obras como âncoras que estimulam a nossa autoestima coletiva.
Não sou um expert em património, em arquitetura, em
recuperação de monumentos. Sou um mero peregrinador que aprecia, sobremaneira,
ser confrontado com áreas espaciais harmoniosas, com património secular que me
conta histórias de monges ou de freiras que se entregaram durante séculos a
causas em que acreditaram, que me deixa imaginar as vidas duras de comunidades
organizadas sob a batuta cíclica de uma Natureza tantas vezes inclemente com os
mais desvalidos.
O mosteiro merece uma visita? Não tenho qualquer dúvida em
dizê-lo e em afiançar que a expectativa não será gorada.
Aos meus olhos a recuperação ficou esplêndida! Aguardemos agora os conteúdos, o recheio novo deste espaço secular!
LINK: Marta Pereira da Costa