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Mensagens

A mostrar mensagens de agosto, 2023

Restaurante Olaias – Figueira da Foz: a boa gastronomia também pode estar rodeada de arte

  Há restaurantes que nos cativam à primeira, como foi o caso do Olaias, integrado no CAE (Centro de Artes e Espetáculos) da Figueira da Foz. Um restaurante que nos permite, antes ou depois da refeição, apreciar uma exposição de pintura ou escultura ali mesmo ao lado. Entrámos e, gradualmente, os nossos sentidos começaram a apreciar cada detalhe. Parámos para a visão esmiuçar cada pormenor, cada recanto, cada singularidade. Mas a mais-valia estava no conjunto. No aspeto global que o espaço apresenta. Porém, a cereja estava guardada para o fim, quando levantámos a cabeça e olhámos em frente, para poente, pela fachada envidraçada, confrontámo-nos com o verde do parque das Abadias e com os prédios atrás dos choupos e dos plátanos. Depois o serviço, de grande simpatia e enorme discrição. A ementa, essa, era diferenciadora. Podemos resumir a estratégia com a frase: aqui quem escolhe é o cliente. É que não houve aquela habitual intrusão do couvert, em que ainda mal nos sentámos e a...

Gosto da relatividade!

  Gosto da relatividade! Que estes tempos da hipermodernidade são muito conturbados e andam muitos agitados já todos nós sabemos. Os nervos andam à flor da pele. Todos nós nos confrontamos com respostas impulsivas. Com decisões sem qualquer racional. Com ataques de caráter. Com julgamentos sumaríssimos. Com condenações efetuadas no  largo do pelourinho . Há sempre aqueles que colocam tudo em causa. Que tudo questionam. Que tudo querem reverter. Que tudo querem reavaliar. Há assim como que uma onda de impulsos justicialistas a pairar no ar. A medida? O padrão de medida? Esse é o atual. O de agora. Querem medir o ontem com as ferramentas atuais e com o seu critério. Com os princípios de agora. De preferência, à luz dos seus valores. Querem efetuar a ablução do mundo com a sua água benta. São estátuas de homens e mulheres que devem ser decepadas. São pinturas que devem ser queimadas. São símbolos que devem ser renegados. São livros que devem ser reescritos. São nomenclatu...

Viseu: Meio sustento? Só mesmo no nome!

  Há idades em que já não é fácil sermos surpreendidos. Porém, há dias, deslocámo-nos a uma casa anunciada como de petiscos e mercearia, em Viseu, onde andávamos para ir há algum tempo. E andávamos para lá ir, veja-se bem, pelo seu nome. Aquela coisa de Meio Sustento andava a martelar-nos a cabeça. Meio-sustento-meio-sustento! Não tínhamos nenhuma recomendação, nem quaisquer referências sobre a qualidade dos petiscos/pratos ali cozinhados e servidos. Só uma evidência nos poderia satisfazer a curiosidade e, portanto, pés a caminho. Desde logo apreciámos o espaço. A forma como está organizado. Uma área inicial de exposições, com conservas, doçaria diversa e vinhos. Produtos múltiplos que nos enchem a mancha visual e nos obrigam a passar devagar pois o nosso palato começa-nos a refrear a marcha ante os imaginários paladares que nos vêm à boca. Depois, no interior, com um peculiar biombo/separador, passamos à sala dos petiscos/refeições, com uma decoração simples e sem exuberân...