Não conhecia esta faceta do amigo e conterrâneo Júlio Carvalho, a da escrita literária. Apesar de Júlio Carvalho, radicado há décadas em Cascais, ser natural do concelho de Sátão, tal como eu, mais concretamente de Rio de Moinhos, só privei com ele de uma forma mais próxima e intensa nos últimos anos, aquando da minha passagem pela Assembleia da República, onde o recebi e desde logo me apercebi de algumas das suas muitas paixões de vida. Pela história, pela marinha, pela música, pela azulejaria, pelo património, muito pelas artes! Percebi-o, desde a primeira hora, guloso pelo saber, pelo conhecimento, pela cultura, pela política e um homem sempre atento aos pormenores e aos recortes mais subtis de uma pintura ou de um contador feito de pau-santo, cujo escrutínio das especificidades e do estilo não lhe escapam. A sua paixão pela escrita, essa, só agora me foi revelada. E quando digo agora, digo há escassos meses. Júlio Carvalho confrontou-me com a sua escrita. Primeiro com um pe...