Este domingo vamos ‘tomar a Bastilha’!

Este domingo vamos “tomar a Bastilha”. Literalmente. Vamos tomá-la também para dizermos à Europa que não. Que Portugal não merece, não pode, não tem que sofrer sanções, não tem que sofrer penalties por faltas cometidas, nem sequer fora da área, mas fora das quatro linhas. E ainda por cima, faltas cometidas por terceiros e assinaladas contra nós, que nos limitámos a jogar futebol reprimido, mas futebol limpo.
E é também por isso que vamos “tomar a Bastilha”.
Seremos, não onze, mas onze milhões de pelejadores a tomar a Bastilha, glorificando Álvaro Coutinho, esse “magriço”, beirão, de Penedono ou de Trancoso, português portanto, mas que pôs em sentido uma Europa inteira a defender damas feridas na sua honra.
Não haverá reis sol, napoleões ou platinis que lhes valha! Todo o mundo confirmará como os requintes da tecnologia dos tgv ou dos aviões supersónicos tombarão por inconseguimento ante dribles “nojentos” e passes “injustos” e “milagrosos”.
Sim, mesmo que pareça ter sido um milagre, o que vai ser facto é que tomaremos a Bastilha este domingo à noite.
E vamos tomá-la sem utilizar planos secretos! Sem enviar contraespiões ou mensagens falsas como em guerras passadas!
Faremos tudo às claras! Tão às claras que eu hoje estou já a avisá-los que a Bastilha, este domingo, será nossa.
E mais. Ficam já a saber que a tomaremos pelo ar. Enviaremos umas bolas rasteiras para disfarçar, mas o assalto principal será pelo ar. Será por aquele que, bem sabemos, embora com saltos “sem nível” e “sem a técnica”, vai lá acima e fica parado o tempo que for necessário até que a bola chegue à sua cabeça para sair como um míssil de uma catapulta CR e derrubar as defesas da porta de armas da “gendarmerie nationale française”.
Mas tranquilizem-se, só exigiremos mais uma coisa depois de derrubar a porta, é que a Eiffel, sim a torre, fique verde rubra. Não é necessário, Hollande, invocar o direito internacional para reclamar a devolução da Bastilha e expulsar os invasores. O general português, o engenheiro, já disse que regressa com os soldados no dia 11 de julho a Portugal e, portanto, no dia 14 os franceses poderão decorar a Bastilha a preceito para assinalar o seu 1789.
E mais, nós não incomodaremos nos próximos quatro anos!
Seremos campeões europeus e cumpriremos o défice!
Quanto ao mais, daqui a quatro anos, em 2020, lá voltaremos, capitaneados pelo “Coluna”, para trazermos de Londres a taça que nos “roubaram” em 1966.