1. Neste último fim de semana o PS reuniu-se em
congresso em Santa Maria da Feira. Foi um congresso de grande consenso, de
grande unidade, em torno de um grande objetivo: construir um novo rumo para
Portugal, ganhando para tal os próximos atos eleitorais em aliança e em
consenso com os portugueses.
Basta de austeridade estreme que nos está a
ser prescrita por esta governação de direita, insensível aos problemas sociais;
basta deste governo do PSD e do CDS cuja sensibilidade se esgota nos cortes ao
estado social, ao aumento de impostos e à destruição da economia.
Do congresso do PS saiu uma nova esperança
para Portugal protagonizada por António José Seguro.
2. Os números são como o algodão, não mentem. A
taxa de desemprego, em Portugal, em março, atingiu o valor de 17,5%, subindo
2,4 pontos percentuais face ao mês homólogo de 2012. A população desempregada está,
neste momento, estimada em 939 mil, representando mais 120 mil desempregados
(+14,7%) que no mesmo mês do ano passado.
Quer isto dizer que há mais 251 mil
desempregados do que em junho de 2011, quando este governo iniciou funções. Ou
seja, estamos a falar de um aumento de 36% de desempregados, mais 400 por dia
ou 17 por hora.
Se a comparação for com a UE, Portugal
apresenta a 3ª taxa de desemprego mais elevada dos 27 e o 4º maior crescimento
(homólogo).
3. Almeida Henriques, candidato do PSD à câmara
de Viseu, escreveu em dezembro de 2010, sobre o arquivo distrital de Viseu: “estamos a falar de uma obra que, se não se
realizar com fundos comunitários, jamais de realizará”.
Pois bem, esteve 22 meses no governo, com a
tutela dos fundos comunitários, do QREN, e o que é facto é que o secretário de
estado da cultura questionado sobre esta matéria, no dia 24 de abril, disse "eu espero que haja condições no quadro
comunitário 2014-2020 para avançarmos com o novo edificado”.
Isto quer dizer que esta obra, afinal, não é
uma prioridade para o governo e para o PSD.
4. Esta última semana foi de uma luta fratricida
dentro do governo. Estamos a assistir a uma guerra sem quartel no conselho de
ministros. Já não é entre o CDS e o PSD, há uma generalização dos combates
entre ministros e ministérios, estando-se a assistir a uma verdadeira guerra
civil.
Inimaginável.
E depois ainda vem o PR, o pai deste governo
em coma profundo, fazer aquele ataque ao PS no dia 25 de abril e dizer que não
podemos acrescentar crise política à crise económica! Mais um tiro no pé!
Acácio Pinto
in Diário de Viseu