Foi com gosto que me associei, como voluntário, à iniciativa de rearborização levada a cabo na Mata Nacional das Dunas de Quiaios que teve lugar nos dias 30 de novembro e 1 de dezembro.
Foi uma pequena areia na imensidão do trabalho que, enquanto
comunidade, temos pela frente. Porém, estas iniciativas, que parecerão de
somenos importância, são cruciais para o nosso devir coletivo, pelas mais
variadas razões: ambientais, sociais, económicas e de ordenamento territorial.
Como as opções políticas dos governos nem sempre (ou quase nunca) têm respostas ágeis para uma catástrofe que se adivinha na nossa costa — sobretudo nessa primeira linha da sua defesa, o cordão dunar, uma faixa territorial sempre muito instável — há que mobilizar as boas vontades para tais iniciativas.
É por isso que se impõe deixar aqui uma nota de apreço à PlantArbor,
que dinamizou esta iniciativa, e a todos os parceiros que se lhe juntaram, mas
também à Junta de Freguesia de Quiaios, que desde a primeira hora colaborou, e
bem, com os promotores.
Está claro que o ICNF, à guarda de quem estão estes espaços,
autorizou tais trabalhos (era o que faltava que o não fizesse!), mas não
estaria na hora de ser lançada, por este instituto público — melhor, pelo
Governo — uma ação de grande envergadura que rearborizasse estes tão frágeis
ecossistemas, que foram alvo dos incêndios florestais de 2017?
Nesta iniciativa, em que se envolveram 80 voluntários, foram
plantadas 1260 árvores (sobreiros, pinheiros mansos e ciprestes do Bussaco) que
se juntam às 820 plantadas no ano anterior.
Acácio Pinto, dezembro de 2025
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