Ancorado numa aturada investigação histórica, neste romance, Haiti , João Pedro Marques conduz-nos até aos meandros da revolução dos escravos em finais do século XVIII, naquela colónia francesa do Caribe — a mais rica colónia do mundo, à época —, que antecedeu a sua independência, em 1804. É um romance de cariz tropical, com um excelente enquadramento socioeconómico e que sobretudo nos apresenta personagens, sucessivamente, algumas tão reais, que nos transportam para o pior e melhor da condição humana. E a intriga que o autor nos apresenta, embrenhando-nos nos excessos e desmandos revolucionários — na colónia e na metrópole —, é tão verosímil, quanto à crueldade, ao ódio, à vingança e, afinal, ao amor… àquela réstia de laços de sangue inquebrantáveis e que sempre surgem nos momentos limite e de fim de linha. Para quem gostar de uma viagem, quase imersiva, à escravidão, às plantações, às paisagens do Caribe, vale a pena acompanhar Honoré, Joséphine, Toussaint ou Adelaide e ...
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