Avançar para o conteúdo principal

Café Restaurante "Le Portugal": um magnífico refúgio com gastronomia portuguesa, em Bruxelas


Após vários dias a saborear a gastronomia belga, onde não faltaram as "moules" e as "frites", os chocolates e os "wafles", e muita e boa cerveja, nada melhor do que entrar no Café Restaurante Le Portugal e ser confrontado com uma feijoada à transmontana e com uma caldeirada de lulas, que eram os pratos bem portugueses daquele dia. Porém, a ementa portuguesa não se fica por aqui, passa, pelo bacalhau, pelos jaquinzinhos, pelas iscas de cebolada, pelo cozido à portuguesa, pela vitela no forno e por todas aquelas iguarias a que o nosso palato está amestrado, como sejam o presunto, os enchidos, o queijo e tantos outros petiscos de que fazemos gala.

Falamos de um café restaurante, localizado num bairro simpático, nas imediações do Parlamento Europeu. Pertence a Albano Figueiredo, que o fundou há 22 anos e onde trabalham várias pessoas, principalmente da sua família. É um restaurante com um espaço agradável e que serve com simpatia e mestria todos quantos ali se deslocam, sejam portugueses, sejam cidadãos de qualquer outra parte deste nosso planeta global. De Portugal por ali passaram já tantas pessoas da área dos negócios e da política, destacando-se, claro está, eurodeputados e membros do governo, como foi o caso há poucas semanas do próprio primeiro-ministro, António Costa, mas sobretudo ali encontram um refúgio bem português tantos e tantos dos nossos concidadãos que em solo belga labutam diariamente por um melhor devir.

Vem este post a propósito de uma incursão que andava para acontecer, há muitos anos, pela Bélgica e por este restaurante em particular, pertencente a um conterrâneo, de Sátão, e a um amigo, ao Albano Figueiredo.

E, como tarde é o que nunca acontece, neste início de outubro proporcionou-se uma deslocação a Bruxelas, a Brugge, a Gent e a Antuérpia, a um país com uma vastíssima diversidade cultural, a um país que foi centro de tantas convergências comerciais, ontem, a um território de tantas centralidades políticas, hoje.

É assim a Bélgica, um país de que se gosta, com uma magnífica rede de transportes e de onde nos é possível aceder, em poucas horas, de comboio, a tantos países e capitais europeias.

Finalmente, mais duas notas. A primeira para referir que, mesmo ao lado, o Albano Figueiredo abriu um take-away, que foi o seu principal negócio durante a pandemia; um excelente espaço com uma vasta lista de opções. A segunda para dizer que a Casa do Benfica, também por sua iniciativa, mora em espaço contíguo ao restaurante, local onde os benfiquistas costumam ir ver os jogos do seu clube.

As coordenadas do Café Restaurante Le Portugal são as seguintes: Google Maps

Mensagens populares deste blogue

Sermos David e Rafael, acalma-nos? Não, mas ampara-nos e torna-nos mais humanos!

  As palavras, essas, estão todas ditas. Todas. Mas continua a faltar-nos, a faltar-me, a compreensão. Uma explicação que seja. Só uma, para tão cruel desenlace. Da antiguidade até ao agora, o que é que ainda não foi dito? O que é que falta dizer? Nada e tudo. E aqui continuamos, longe, muito distantes, de encontrar a chave que nos abra a porta deste paradoxo. Bem sei que, quiçá, essa procura é uma impossibilidade. Que não existe qualquer via de acesso aos insondáveis desígnios. Da vida e da morte. Dos tempos de viver e de morrer. Não existe. E quando esses intentos acontecem em idades prematuras? Em idades temporãs? Tenras? Quando os olhos brilham? Quando os sonhos semeados estão a germinar? Aí, tudo colapsa. É a revolta. É o caos. Sermos David e Rafael, nestes tempos cruéis, não nos acalma. Sermos comunidade, não nos sossega. Partilharmos a dor da família, não nos apazigua. Sermos solidários, não nos aquieta. Bem sei que não. Mas, sejamos tudo isso, pois ainda é o q...

Frontal, genuíno, prestável: era assim o António Figueiredo Pina!

  Conheci-o no final dos anos 70. Trabalhava numa loja comercial, onde se vendia de tudo um pouco. Numa loja localizada na rua principal de Sátão, nas imediações do Foto Bela e do Café Sátão. Ali bem ao lado da barbearia, por Garret conhecida, e em frente da Papelaria Jota. Depois, ainda na rua principal, deslocou-se para o cruzamento de Rio de Moinhos, onde prosseguiu a sua atividade e onde se consolidou como comerciante de referência. Onde lançou e desenvolveu a marca que era conhecida em todo o concelho, a Casa Pina, recheando a sua loja de uma multiplicidade de ferramentas, tintas e artefactos. Sim, falo do António Figueiredo Pina. Do Pinita, como era tratado por tantos amigos e com quem estive, há cerca de um mês e meio, em sua casa. Conheceu-me e eu senti-me reconfortado, conforto que, naquele momento, creio que foi recíproco. - És o Acácio - disse, olhando-me nos olhos. Olhar que gravei e que guardo! Quem nunca entrou na sua loja para comprar fosse lá o que fosse? Naquel...

Ivon Défayes: partiu um bom gigante.

  Ivon Défayes: um bom gigante!  Conheci-o em finais dos anos oitenta. Alto e espadaúdo. Suíço de gema. Do cantão do Valais. De Leytron.  Professor de profissão, Ivon Défayes era meigo, afável e dado. Deixava sempre à entrada da porta qualquer laivo de superioridade ou de arrogância e gostava de interagir, de comunicar. Gostava de uma boa conversa sobre Portugal e sobre a terra que o recebeu de braços abertos, a pitoresca aldeia do Tojal, que ele adotara também como sua pela união com a Ana. Ivon Défayes era genuinamente bom, um verdadeiro cidadão do mundo, da globalidade, mas sempre um intransigente cultor do respeito pela biodiversidade, pelo ambiente, pelas idiossincrasias locais, que ele pensava e respeitava no seu mais ínfimo pormenor. Bem me lembro, aliás, das especificidades sobre os sons da noite que ele escrutinava, vindos da floresta, da mata dos Penedinhos Brancos – das aves, dos batráquios e dos insetos – em algumas noites de verão, junto ao rio Sátão. B...