Murganheira: O melhor espumante de Portugal!


Ficam no concelho de Tarouca, em Ucanha, a norte do distrito de Viseu, e são um mundo escondido sob aquela colina revestida pela vinha alinhada e bem verde, no verão, antes da colheita das uvas touriga, tinta roriz, gouveio, cerceal, chardonnay ou pinot.

Trata-se das Caves da Murganheira e ali estão há mais de 50 anos. Situadas num espaço magnífico de transição entre a Beira e o Douro, as Caves da Murganheira conjugam modernidade e tradição. A modernidade do edifício onde se comercializa e prova o segredo encerrado em cada garrafa de espumante e a tradição das galerias das caves "escavadas" a pólvora e dinamite naquele maciço de granito azul.

E se no edifício de prova - com um amplo salão, moderno e funcional, com uma ampla janela aberta sobre a magnífica paisagem vinhateira, que encantou os cistercienses - é necessário ar condicionado para manter uma temperatura, que contraste com o agreste calor estival, já nas galerias subterrâneas a temperatura não quer saber das estações do ano e decidiu fixar-se nos 12 graus Celsius, seja no janeiro geado seja no julho suado.

E esta é uma das uniformidades de que os três milhões de garrafas, ali em repouso, não transigem antes de serem o espumante, bruto, reserva ou super reserva, que os "maestros" decidirem que venha a ser, tendo em conta as características do mosto que lhes deu corpo.

Ali estão, impávidas. Serenas. Sempre húmidas, por uma ou outra pinga de água que sempre escorre pelas fissuras da rocha que lhes serve de teto. Ali estão silenciosas a evoluírem e a prepararem-se para a explosão nas mesas nacionais e internacionais. Para escorreram nas vitórias de tantos campeões, mas, sobretudo, para acompanharem tanta da boa gastronomia portuguesa. Sim, pode ser o leitão assado com batata cozida!

Ouça com atenção a menina que lhe franquia as portas. Ouça atentamente e questione, se as dúvidas o assaltarem, pois a Tânia, com exceção do segredo da permanente qualidade, não regateia explicações.

Nas galerias aprecie a textura uniforme e o equilíbrio de milhões de garrafas, mais de três milhões, umas tintas, outras brancas e aquelas rosés. É um quadro digno de se apreciar. Sobretudo de se fotografar.

Bom, depois é chegada a hora de sair e de gradualmente se readaptar a temperaturas mais altas enquanto contempla as cubas, as mais antigas, em cimento, e as modernas em inox. Espreite, igualmente, a linha de enchimento, mas a cereja em cima do bolo é o "dégorgement à la volée", processo manual de expulsão dos fermentos.

Chegado de novo ao salão de entrada, não precisa de pedir. A Tânia oferece-lhe um espumante para brindar a si, a nós, à Murganheira, ao Távora Varosa, aos vinhos de Portugal. E, está claro, não tendo que o fazer, creio que ninguém dali vai sair de mãos a abanar, sem comprar uma que seja. Ou uma garrafa, ou uma caixa, ou caixas, de acordo com as disponibilidades do seu orçamento. Encontrará espumantes e vinhos para todos os gostos e preços. E o risco mais comum é esbarrar num espumante premiado. Foram muitos e são muitos aqueles espumantes que anualmente têm sido medalhados com ouro ou prata nos inúmeros concurso nacionais e internacionais.

QUE ESPUMANTES PODE COMPRAR NAS CAVES DA MURGANHEIRA?

Quanto a espumantes as Caves da Murganheira dispõem dos especiais, dos clássicos e dos gastronómicos.

ESPECIAIS: Czar "Grand Cuvée" Rosé Bruto; Vintage Bruto; Extréme de "Pinot Blanc" Bruto; Único; Millésime Bruto; Chardonnay Bruto; Cuvée Especial Bruto; Grande Reserva Bruto; Touriga Nacional Bruto.

CLÁSSICOS: Velha Reserva Bruto; Velha Reserva; Super Reserva; Reserva Bruto; Reserva.

GASTRONÓMICOS: Malvasia Fina Bruto; Rosé Bruto; Tinto Bruto.

E VINHOS?

Também pode comprar vinhos, ou as seleções ou os habituais.

SELEÇÕES: Reserva Tinto Especial e Reserva Branco.

HABITUAIS: Murganheira Tinto; Murganheira Branco; Murganheira Rosé.

COMO CHEGAR ÀS CAVES DA MURGANHEIRA?

Para chegar às Caves pode sair no nó de Lamego da A24 e dirigir-se pela EN 226, passar o nó de acesso a Tarouca e logo a seguir à ponte sobre o rio Varosa virar à esquerda onde encontrará placas indicativas de Ucanha e Caves da Murganheira.

Se quiser passear e apreciar a paisagem e fazer um mais longo trajeto por estrada nacional pode sair na A25, em Celorico da Beira, no nó de acesso a Trancoso, seguir pela EN 226, passar por Trancoso, Ponte do Abade, Vila da Ponte, Moimenta da Beira, Mondim da Beira e antes da ponte sobre o Varosa virar à direita rumo às Caves.

Ainda uma outra alternativa a partir de Viseu e se não quiser pagar portagens, vá pela EN 229 até ao Sátão, saia no nó de Vila Nova de Paiva seguindo até esta vila. Aqui chegado faça a variante e siga para Tarouca, passando, antes de chegar à 226, pelo Touro, pela Serra da Nave e Leomil, pelo cruzamento de São João de Tarouca, Mondim da Beira onde, no cruzamento com a EN 226, vira à esquerda e já sabe, antes da ponte sobre o Varosa virar, agora, à direita rumo às Caves.

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