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Crédito Agrícola do Vale do Dão e Alto Vouga apresentou resultados líquidos de 743 mil euros em 2017


Com uma área de influência que se estende por quatro municípios (Mangualde, Penalva do Castelo, Sátão e Vila Nova de Paiva) a Caixa Agrícola do Vale do Dão e do Alto Vouga apresentou resultados líquidos de 743 mil euros no exercício de 2017.
Estes valores que são o resultado de uma gestão rigorosa e são tanto mais positivos se considerarmos o “contexto de quebra generalizada das margens na atividade do setor bancário em Portugal” defendeu Vítor Gomes, presidente do conselho de administração e administrador executivo, em conferência de imprensa que teve lugar esta quarta-feira, dia 18 de abril, na sede da instituição em Mangualde.
Segundo Vítor Gomes, que se encontrava acompanhado por João Coelho, também administrador executivo, o “estatuto de banco cooperativo local com uma composição de capital exclusivamente português, confere-lhe a autonomia suficiente e a particularidade de ser cada vez mais um banco de proximidade, vocacionado para o apoio e desenvolvimento da sua região e dos mercados locais”.
É por isso importante ter um “programa de ação assente na comercialização de produtos e serviços geradores de margem complementar que contribuam para colmatar a fraca procura de crédito”, como foi o caso do CA do Vale do Dão e do Alto Vouga, conforme explicitou Vítor Gomes.
De seguida o presidente do conselho de administração apresentou alguns dos principais indicadores da atividade de 2017, de que aqui ressaltamos alguns.
Os ativos totais eram de 172,6 milhões de euros, mais 11 milhões que no ano anterior; os capitais próprios eram de 20,5 milhões de euros, mais 2 milhões; o rácio de solvabilidade, Tier 1, situava-se no final de 2017 em 43,3%; o crédito concedido era de 56,5 milhões de euros; a aplicação de excedentes representava 113,8 milhões de euros, dos quais 5,2 milhões em dívida pública.
Para além disso, Vítor Gomes, deixou ainda uma palavra para o apoio que é prestado aos associados/clientes agricultores, aos melhores alunos das escolas da região, a iniciativas empresariais e a um proximidade que tem sido estabelecida com a comunidade de emigrantes a quem é prestado apoio através dos escritórios do CA de Paris, Genebra e Luxemburgo.
Finalmente, o presidente do conselho de administração, quis enfatizar o facto de o CA ter sido, pelo 4º ano consecutivo premiado com o título de “O melhor banco no serviço de atendimento ao cliente” e de ser, no relatório de supervisão comportamental do Banco de Portugal do 1º semestre de 2017, uma das instituições com menor número de reclamações registadas.

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