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A coligação não mente por ignorância, a coligação mente por maldade!

Prevaleço-me aqui de uma recente expressão de Pacheco Pereira, “demasiado lampeiros para serem sérios”, num artigo de opinião, para me referir aos protagonistas da cimeira da coligação, PSD e CDS, que aconteceu recentemente em Viseu.
Por mais voltas que desse não encontraria, certamente, melhor expressão para os caracterizar. Lembro-me bem desta palavra, “lampeiro”, que era muito utilizada nos meus tempos de infância para classificar aqueles que pretendiam ganhar posições, vantagens, sem trabalho prévio, sem sustentação.
De facto, estiveram reunidos, em Viseu, membros do governo e os mais altos dirigentes partidários da coligação do distrito para nada dizerem aos viseenses e ao país que não fosse zurzir no PS, ao ponto de dizerem que o PS erra, “não por maldade mas por ser socialista”.
Uma frase lamentável e indigna do diálogo democrático. Porém esta frase é bem reveladora de um grande nervosismo por parte da coligação que pretende assim encobrir o incumprimento das promessas e o declínio do país, conforme o secretário-geral do PS, António Costa, tem vindo a afirmar reiteradamente.
Depois de quatro anos de públicas falácias com o corredor ferroviário Aveiro-Salamanca, com a ligação rodoviária a Coimbra, com a conclusão do IC12, com a ligação de Cinfães à A4, com a radioterapia em Viseu, com…, com…, vêm agora a Viseu, com pompa e circunstância, como se recém-chegados estivessem ao governo!
É preciso ter lata!
Será que os cidadãos do distrito de Viseu não teriam merecido um público pedido de desculpas pelo encerramento cego de tribunais e de serviços de saúde? Um pedido de desculpas pelo desinvestimento na educação e pelo despedimento na segurança social?
Era o mínimo que os responsáveis do governo e da coligação poderiam e deveriam ter feito, se estivessem despojados de hipocrisia.
Mas, os membros da coligação, também merecem saber, porque pelos vistos não sabem, que cada vez há mais desempregados sem subsídio de desemprego, que os portugueses estão partir para o estrangeiro ao ritmo de 100.000 por ano, que o desemprego jovem atinge níveis indecorosos, que os incentivos positivos para as empresas do interior acabaram por opção, errada, do atual governo, que temos 4.000 crianças e jovens que deixaram de receber abono de família, que 3.600 pessoas deixaram de receber o complemento social para idosos.
Afinal não foi só a mentira que se apoderou do governo, foi também a falta de vergonha política.
Ou seja, a coligação não mente por ignorância, a coligação mente por maldade!

Acácio Pinto
Diário de Viseu

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