Nota de imprensa emitida pelo GPPS relativamente à PACC:
«O despacho 9316-A/2014, assinado pelo ministro da educação e
ciência, Nuno Crato, a 16 de julho e publicado no diário da república de hoje
dia 17 de julho, sobre a prova de avaliação de conhecimentos e de capacidades
dos professores, é uma daquelas peças legislativas que irá perdurar no tempo
pelo ridículo daquilo que determina:
i) a marcação da componente comum da prova para 22 de julho,
para aqueles professores que a não puderam efetuar no dia 18 de dezembro;
ii) a avaliação, no corrente ano letivo, cinge-se à
componente comum.
Sobre esta prova em geral e todas as alterações que Nuno
Crato introduziu aos normativos anteriores, nomeadamente ao DL 75/2010, o GPPS sempre deixou bem clara a sua
posição contrária à realização da mesma nos atuais moldes, o que fez de
forma inequívoca aquando da sua realização no dia 18 de dezembro de 2013.
Sobre este despacho em concreto o GPPS manifesta a sua profunda perplexidade e deixa bem claro que não
pode aceitar esta saga persecutória e discricionária do ministro da educação e
ciência para com os professores contratados e estes avanços e recuos quanto ao
que se pretende avaliar.
Este despacho reflete um total
desrespeito para com milhares de professores contratados quando estamos num
período do ano em que está a decorrer uma nova fase de exames e em que os
professores estão envolvidos nesse serviço, prioritário, e na elaboração de
relatórios finais de ano.
Mas para além do desrespeito para com os docentes, esta situação, é também ela geradora de uma
grande instabilidade, mais uma, no sistema educativo, pois vai exigir dos
agrupamentos e das escolas nova distribuição de serviço a efetuar por outros docentes
com os consequentes efeitos negativos na época do ano mais sensível para o
sistema educativo, a dos exames nacionais e a da preparação do próximo ano
letivo.
O GPPS apela ao bom
senso de Nuno Crato e do governo no sentido de colocarem um ponto final nesta
inutilidade, devolvendo às escolas a respetiva avaliação dos docentes.
Finalmente, o GPPS entende que uma escola pública de qualidade carece, não destes iníquos "exames" dos professores, mas de políticas educativas de investimento, nomeadamente na formação e avaliação contínua de professores e na formação inicial, contrariando a prática deste governo que parte do falso pressuposto de que os professores não têm qualidade.
Finalmente, o GPPS entende que uma escola pública de qualidade carece, não destes iníquos "exames" dos professores, mas de políticas educativas de investimento, nomeadamente na formação e avaliação contínua de professores e na formação inicial, contrariando a prática deste governo que parte do falso pressuposto de que os professores não têm qualidade.
Grupo Parlamentar do PS»
(Fotos: sicnotícias / lusa)