Avançar para o conteúdo principal

Novamente a lei 77/2009: O PS conta com o bom senso da maioria

A famigerada lei 77/2009 regressou à ordem do dia. Com efeito, os professores que se enquadram nesta lei, datada e cujo prazo de validade se esgota com o pedido do último professor, viram os seus pedidos de aposentação serem recusados com base nas alterações promovidas pela Lei 11/2014, de cuja imperatividade não foi devidamente excecionada, como noutros casos, este leque ínfimo de docentes.
Bom, dispenso-me de aduzir muitos mais argumentos contra esta situação que não seja: será das maiores iniquidades alguma vez cometidas no regime de aposentações.
É que a única "transgressão" que estes professores cometeram foi a de terem concluído o seu curso com 17 anos de idade e portanto não caberem por esse facto em qualquer regime ordinário ou especial de aposentação, caso a lei 77 deixe de ser aplicada. Todos os seus colegas que concluíram o curso no mesmo dia e com a mesma nota, só que tendo 18 ou 19 anos, esses já estão todos aposentados.
Haja bom senso no seio da maioria, que se vislumbra, para a resolução deste problema que foi criado com a aprovação da lei 11/2014.
Da parte do PS, ontem (AQUI) como hoje, há toda a disponibilidade e abertura para a resolução alargada desta situação, nunca hipotecando, porém, a sua capacidade de iniciativa parlamentar nesta matéria.
Foram inúmeros os telefonemas, mensagens e mails que recebemos, não sendo possível corresponder com resposta a todas as situações. Porém isso não significou desatenção a este problema.
No dia 10 de julho, de manhã, recebemos no GPPS uma delegação de professores e, à tarde, foi a vez de na comissão de educação ser recebida, em audição conjunta com a comissão de orçamento e finanças, uma outra delegação de professores.
Portanto o assunto está identificado, aguardemos a resolução, que creio irá acontecer, fazendo boa fé nas palavras de deputados da maioria.

Mensagens populares deste blogue

Sermos David e Rafael, acalma-nos? Não, mas ampara-nos e torna-nos mais humanos!

  As palavras, essas, estão todas ditas. Todas. Mas continua a faltar-nos, a faltar-me, a compreensão. Uma explicação que seja. Só uma, para tão cruel desenlace. Da antiguidade até ao agora, o que é que ainda não foi dito? O que é que falta dizer? Nada e tudo. E aqui continuamos, longe, muito distantes, de encontrar a chave que nos abra a porta deste paradoxo. Bem sei que, quiçá, essa procura é uma impossibilidade. Que não existe qualquer via de acesso aos insondáveis desígnios. Da vida e da morte. Dos tempos de viver e de morrer. Não existe. E quando esses intentos acontecem em idades prematuras? Em idades temporãs? Tenras? Quando os olhos brilham? Quando os sonhos semeados estão a germinar? Aí, tudo colapsa. É a revolta. É o caos. Sermos David e Rafael, nestes tempos cruéis, não nos acalma. Sermos comunidade, não nos sossega. Partilharmos a dor da família, não nos apazigua. Sermos solidários, não nos aquieta. Bem sei que não. Mas, sejamos tudo isso, pois ainda é o q...

JANEIRA: A FAMA QUE VEM DE LONGE!

Agostinho Oliveira, António Oliveira, Agostinho Oliveira. Avô, filho, neto. Três gerações com um mesmo denominador: negócios, empreendedorismo. Avelal, esse, é o lugar da casa comum. O avô, Agostinho Oliveira, conheci-o há mais de meio século, início dos anos 70. Sempre bonacheirão e com uma palavra bem-disposta para todos quantos se lhe dirigiam. Clientes ou meros observadores. Fosse quem fosse. Até para os miúdos, como era o meu caso, ele tinha sempre uma graçola para dizer. Vendia sementes de nabo que levava em sacos de pano para a feira. Para os medir, utilizava umas pequenas caixas cúbicas de madeira. Fossem temporões ou serôdios, sementes de nabo era com ele! Na feira de Aguiar da Beira, montava a sua bancada, que não ocupava mais de um metro quadrado, mesmo ao lado dos relógios, anéis e cordões de ouro do senhor Pereirinha, e com o cruzeiro dos centenários à ilharga. O pai, António Oliveira, conheci-o mais tardiamente. Já nos meus tempos de adolescência, depois da revolu...

Ivon Défayes: partiu um bom gigante.

  Ivon Défayes: um bom gigante!  Conheci-o em finais dos anos oitenta. Alto e espadaúdo. Suíço de gema. Do cantão do Valais. De Leytron.  Professor de profissão, Ivon Défayes era meigo, afável e dado. Deixava sempre à entrada da porta qualquer laivo de superioridade ou de arrogância e gostava de interagir, de comunicar. Gostava de uma boa conversa sobre Portugal e sobre a terra que o recebeu de braços abertos, a pitoresca aldeia do Tojal, que ele adotara também como sua pela união com a Ana. Ivon Défayes era genuinamente bom, um verdadeiro cidadão do mundo, da globalidade, mas sempre um intransigente cultor do respeito pela biodiversidade, pelo ambiente, pelas idiossincrasias locais, que ele pensava e respeitava no seu mais ínfimo pormenor. Bem me lembro, aliás, das especificidades sobre os sons da noite que ele escrutinava, vindos da floresta, da mata dos Penedinhos Brancos – das aves, dos batráquios e dos insetos – em algumas noites de verão, junto ao rio Sátão. B...